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Resenha: Ushinawareta Mirai wo Motomete


    E esse é o primeiro anime que eu assisto que foi adaptado de uma Visual Novel, socorro, eu estou "emo cionadaaaaaaaaaaaa!!!!" 

   Ushinawareta Mirai wo Motomete, que tem como "nome alternativo" ou "sub-título" Á la recherche du futur perdu ("Na busca do futuro perdido", em francês), é um anime adaptado a partir de uma Visual Novel de mesmo nome que foi lançada para Windows em 2010. O título é derivado de "Em busca do tempo perdido", um romance de Proust.

    O enredo do anime, por assim dizer, é inicialmente (só inicialmente) simples; a história se passa na região de Uchihama. A Academia Uchihama está crescendo muito e, portanto, vai trocar de prédio. Porém, antes que o colégio todo seja transferido para o novo prédio, haverá um último festival cultural e todos os alunos estão determinados a torná-lo um sucesso. O Clube de Astronomia do colégio se torna encarregado de manter as coisas em ordem e acalmar a inquietação dos alunos; entretanto, começam a ocorrer relatos de aparições de fantasmas, doenças do sono e outros incidentes misteriosos. Quando Furukawa Yui aparece na escola tudo só se torna ainda mais misterioso.

    Olhando assim por cima parece meio simples né? Só mais um anime de vida escolar com algum mistério envolvido, porém, não é só isso não. É confuso, muito confuso. Isso torna tudo muito legal porque, às vezes, depois de assistir um episódio, você tem de voltar e assistir um episódio passado pra ver se você está entendo direitinho a história. Isso se você conseguir entender pra valer a história, porque ainda tem coisa que eu estou absorvendo.

    Eu adoraria poder fazer uma resenha traçando um paralelo entre a VN e o anime, mas eu não posso por motivos de: eu não jogo Visual Novel, gente, desculpa. Portanto, eu vou falar só do anime mesmo que é o que eu conheço através do que assisti; se vocês quiserem saber mais sobre a VN deem um Google. Parece ser bem legal e acho que se você jogar fica mais fácil de entender todo o enredo e tudo o que acontece durante a trama.

    Voltando ao que interessa, vamos falar um pouco sobre os personagens do anime. Os personagens mais importantes são os membros do Clube de Astronomia. O clube é formado por cinco pessoas: Akiyama So, Sasaki Kaori, Haseruka Airi, Hanamiya Nagisa e Osafune Keni;  posteriormente a Yui entra pro clube aumentando o número de cinco para seis membros. De todos os cinco membros iniciais, o So é o mais ligado em astronomia, ele gosta pra valer desse negócio de estrelas, planetas e corpos celestes em geral. E, como os pais dele são cientistas e vivem no exterior, ele mora na casa da amiga de infância. A amiga, por sua vez, é a Kaori. A Kaori é aquele personagem bem... como posso dizer? Waifu? Isso, ela é aquele personagem waifu! Ela é linda e fofa, boa na cozinha, toda boazinha, um amor. E ela é apaixonada pelo So. (Isso pode parecer um spoiler, mas não é, porque isso fica muito claro com cinco minutos de anime).

    Meio que em "oposição" ao jeito meigo da Kaori - eu coloquei o oposição entre aspas porque não é como se elas fossem inimigas ou algo assim, mas a personalidade delas me soa bem diferente - temos a Airi. Ela é a presidente do clube e tem um grande senso de liderança. Airi pratica aikido, é forte e bate nas pessoas. Ela é meio agressiva as vezes, e é engraçada. É uma das minhas personagens favoritas (tô começando a achar que gosto de personagens agressivos em demasia).

    Depois da Airi, temos a Nagisa; ela é do terceiro ano e é, tipo assim, podre de rica. Ela me soa um pouco assustadora às vezes, não sei ao certo o porquê. Ela também tem uma aparência bem séria e possui uma caixa preta que é parte fundamental pro entendimento do anime. Quando eu vi aquela caixa preta eu pensei: tem algo de muito errado com essa caixinha ae...

   O outro membro masculino do Clube de Astronomia é o Kenny; ele é um intercambista vindo dos EUA e não é o mais inteligente dos membros, mas ele é engraçado. Eu diria que ele é quase o escape cômico da história.

   Por último, temos a Yui. Ela aparece de um jeito muito estranho, ela meio que "brota" do nada em Uchihama e é a segunda personagem mais waifu do anime. Não tem muito o que falar sobre ela além do fato de que a Yui é outra fofa. Como o grande mistério está todo bem ligado a ela, qualquer coisa que eu fale vai ser um spoiler, então, só posso dizer que: a Yui aparece do nada e logo você sente que tem alguma coisa muito estranha envolvendo seu aparecimento e sua própria existência.

    O anime num todo foi bem legal. Eu destacaria a opening como algo bem positivo, a música foi meio chiclete pra mim, acho isso bom. É uma trama confusa, não é algo que você vá entender sem pensar, você vai ter de pensar pra compreender tudo o que aconteceu, mas é uma boa experiência. É uma coisa mais complexa do que eu estou acostumada, achei bom. É mais sério também, o clima, a trama, tudo bem mais sóbrio, mais sério... Eu podia arriscar e dizer mais adulto, até. Eu recomendaria, se alguém me pedisse pra indicar um anime que "dá nó" na cabeça eu recomendaria Ushinawareta Mirai wo Motomete, sem sombra de dúvidas. Não foi o anime que mais me chamou atenção nessa temporada, mas não deixou de ser um bom anime, não analisando enquanto mídia anime. Se foi bem adaptado é outra história, aí vocês teriam de perguntar pra alguém que jogou a VN... Mas, enquanto anime, achei bem bom.

   Reforçando: é confuso. Eu achei confuso, mas a graça toda é ser confuso, isso torna interessante você assistir o anime. Você precisa se concentrar, prestar atenção, um detalhe que você perde pode fazer diferença. Portanto, se vocês quiserem algo mais complexo para suas cabecinhas, assistam Ushinawareta Mirai wo Motomete. Assistam e venham conversar sobre ele comigo porque eu estou nos feels e não tem ninguém pra conversar sobre ele comigo. Se você já assistiu me diz aí: foi meio complexo pra você também? Assistam e percebam: as engrenagens do destino não param de girar!


    

Resenha: Hitsugi no Chaika: Avenging Battle


   E enfim a história da garota de cabelo branco com um caixão nas costas teve seu desfecho! (Pelo menos ao que diz respeito ao anime). Sim, eu estou falando de Hitsugi no Chaika, aquele anime da temporada de Abril pelo qual eu não dava nada, mas que no final acabou sendo bem surpreendente. Em junho eu fiz a resenha da primeira temporada do anime que pode ser conferida aqui. Quem leu a resenha talvez não se lembre, mas eu estava bastante empolgada quando a fiz por conta da promessa de uma continuação que chegaria na temporada de Outubro e bem, ela veio mesmo. 

    Hitsugi no Chaika: Avenging Battle é a segunda temporada de Hitsugi no Chaika e conta o desfecho de toda a "saga" de Chaika atrás dos restos mortais de seu pai, o Imperador Gaz. Foi emoção do início ao fim, ou quase isso. Os episódios, em geral, tiveram muita informação, sério. E o anime só contou com dez episódios. Pra ser sincera, no último episódio, eu achei que as coisas se desenrolaram rápido demais. Uma hora estava tudo perdido e do nada, BOOM, explosões e outras coisas e aí: pronto, final. Entretanto, acho que podemos olhar isso de uma forma positiva: não houve enrolação.


    Durante o Avenging Battle não houve aquela história de "vamos prolongar ao máximo as lutas e conflitos e ficar enrolando e enrolando até o espectador desmaiar de aflição"; não, tudo aconteceu no ritmo bem Hitsugi no Chaika mesmo, bem rápido e direto. E como aconteceram coisas! Meu Deus, foi fato que não acabava mais. Vários mistérios sendo revelados, enfim conhecemos qual o propósito de existência das Chaikas, que, ao meu ver, era um dos conflitos centrais da trama. Teve magia, teve luta, teve explosão, teve dragão e teve, é claro, fofura. Afinal, quem não estava com saudade da linda da Chaika branca e seu jargão inesquecível: kansha?

    Nesta segunda temporada mais Chaikas deram o ar de sua graça e pudemos perceber que nem todas são tão doces e maravilhosas quando a Trabant. Quanto ao Capitão Gillette, não vou contar o que aconteceu com ele, porém preciso dizer que: não tá fácil pra ele, gente, não tá fácil pra ele não!

    Num geral, não acho que o Avenging Battle tenha deixado a desejar, não. Essa segunda temporada teve uma pegada mais séria que a primeira, mas isso é um ponto positivo se levarmos em consideração a situação na qual a trama se encontrava. O circo tava pegando fogo no anime, mil tretas rolando, foi bonito de ver! Vários confrontos diferentes acontecendo, vários mistérios ficando mais evidentes, muitas respostas para serem encontradas... Pura emoção!

    Quanto ao final em si, digo, a cena final e tudo o mais... Complicado explicar. Foi um pouco triste; eu diria, até mesmo, que foi meio mancada com uma certa personagem, ao meu ver... Porém, foi bom! Foi um desfecho interessante. Quando eu percebi o que ia acontecer e como o anime ia terminar eu fiquei tipo: Não, não acredito que vai ser assim, não, é brincadeira! Não era, era sério, acabou mesmo daquele jeito. Mas não foi sem sentido, nem algo que clamasse por uma continuação impossível, foi bem digno. Eu achei digno. E a cena final é um amor, um amor total.


    Portanto, todos aqueles que assistiram a primeira temporada têm a obrigação de assistir a segunda (tem de descobrir como a história termina, né, gente?). Àqueles que nunca assistiram, deem uma chance à Chaika, não parece, mas a história é legal. Ah, lembrando que a primeira temporada conta com doze episódios, a segunda com dez episódios e existem planos para o lançamento de um OVA em Março de 2015, junto com o volume 12 da light novel. Então, é isso, assistam Hitsugi no Chaika e me digam o que acharam, okay?

Resenha: Lola e o Garoto da Casa ao Lado



   O ano está acabando, mas olha quem resolveu dar as caras... Senhoras e senhores, membros do júri (wtf?), olá para vocês. Neste maravilhoso final de ano, eu venho até aqui para resenhar um livro, mas não um livro qualquer, um livro que normalmente eu não leria... um livro de mulherzinha! E não, dessa vez eu não li porque alguém mandou, li de livre e espontânea vontade. Admito que só comecei a ler por conta da capa, que eu achei muito bonita, mas a experiência se revelou interessante. 

   Lola e o Garoto da Casa ao Lado é de autoria de Stephanie Perkins, a mesma autora de Anna e o Beijo Francês. O livro conta a história de Lola, uma garota de dezessete anos que adora se vestir de um jeito, assim, diferente. Ela não acredita em roupas, mas sim em figurinos, então, cada dia ela está com uma roupa diferente. Lola mora com seus dois pais, sim os pais de Lola são um casal homossexual e tem um namorado mais velho que é vocalista de uma banda de rock. Tudo estava indo muito bem na vida da garota até os gêmeos, Calliope e Cricket voltarem a morar em seu bairro.

    Bom, basicamente, é isso. Não posso dizer mais nada sem dar spoilers, desculpem. Pela sinopse já dá pra ver que a história é bem previsível, mas, o que me surpreendeu é que eu gostei do livro. Obviamente ele não está na lista dos meus favoritos, nem é um livro complexo e cheio de reflexões, mas é legal, sério. Ele é leve e divertido e foi bom ler algo com essa pegada, porque a faculdade tava me matando... Socorro. Quando você está enfurnada num mundo de xérox e livros acadêmicos, com análise literária pra fazer, um livro como esse se torna uma boa janela de escape. Achei Lola e o Garoto da Casa ao Lado bastante engraçado. Admito que eu esperei mais humor por conta da capa e tudo o mais, mas acho que foi bastante divertido.

    A primeira coisa que me chamou atenção no livro foi o fato dos pais da Lola serem um casal homossexual, eu achei isso muito legal, muito mesmo. Infelizmente, ainda não é tão comum vermos esse tipo de coisa na literatura, principalmente em algo mais voltando para o público adolescente. O fato de eu ter pego esse livro numa biblioteca de uma escola que atende alunos de 6 à 18 anos, tornou ainda mais legal a experiência. É bom saber que eu tenho 19 anos, mas que alunos de 15 se interessarão muito mais por esse livro e terão contanto com esse tipo de família, assim "diferente" de um jeito super normal. Até porque é normal, né, gente? Ou melhor, não é normal, porque família não é nunca normal, famílias são uma bagunça, veja bem... Enfim, voltando ao livro, eu achei isso um ponto muito positivo e um dado bem importante pro desenvolvimento da história. Os pais da Lola são uns fofos! Eles são incríveis e engraçados e super compreensivos... Caramba, é uma família muito legal, sério.

    Outra coisa legal da história é o nome da Lola, Dolores. É, Dolores como a Lolita! Na verdade, Lolita é até mesmo citado no livro, mas acalmem-se, não tem pedofilia no livro de Perkins, podem ficar tranquilos. Sobre os personagens, vejamos o que eu posso dizer... Ponto um: relação de amor e ódio com a Lola. Eu entendo e compreendo várias das atitudes dela, mas algumas... Percebam que eu sempre tenho relações de amor e ódio com os protagonistas...

    O grande destaque do livro, pra mim, é o Cricket, e não tô dizendo isso como uma adolescente que se apaixona por um personagem literário não, é que o cara é bacana mesmo. Sabem aquele típico bom moço porém sem ser sem graça? Então, é o Cricket! Ele é um amorzinho, gente, socorro. Acho que qualquer garota desse livro pode viver mil vidas que nunca vai merecer ele!

    Outra coisa importante e que me fez ficar bem mais à vontade para ler o livro: ele não é aquele tipo de livro que é feito pra você chorar. Geralmente, esses livros de romance adolescente são todos melodramáticos, ou com histórias tristes pra você ficar chorando e tudo o mais, mas o livro de Perkins não. De fato, ele se volta para o humor e isso torna tudo mais agradável, mais leve e você se sente bem melhor lendo o livro. Você sabe não vai se emocionar, você sabe que está lendo por diversão e você alcança exatamente isso, que é o que você deseja! Muito melhor do que ler um livro de mulherzinha que foi escrito pra te fazer chorar.

    Num todo, o livro é legal. Como eu já disse, não é nada espetacular e está longe de ir para o meu top favoritos, mas é um livro legal. É o tipo de livro pra você ler quando você não tem nada pra fazer, ou quando você está lendo dezenas de outras coisas super pesadas para o trabalho ou os estudos. E, apesar de ser um livro adolescente e tudo o mais, ele não é mal escrito não. É simples, sim, mas não de uma forma negativa. Eu diria que soa melhor do que certos livros adolescentes por aí que todo mundo fica endeusando... Resumindo, eu verdadeiramente não achei ruim.

    Portanto, se você gosta desses livros de romance adolescente, com várias reviravoltas, mas um final um tanto previsível, leia Lola e o Garoto da Casa ao Lado, você vai rir e se divertir bastante, eu garanto!

Resenha: Um Dia



   E eu resolvi dar as caras por aqui de novo \o/ Demorei, mas voltei e voltei pra resenhar um livro, coisa que faz tempo que não faço...  O livro da vez é.... Um Dia! 

    De autoria de David Nicholls, Um Dia conta a história de Emma e Dexter. Os dois se conhecem na festa de formatura, no dia 15 de Julho de 1988 e o livro todo narra a vida dos dois, exatamente, no dia 15 de Julho de cada ano. Basicamente, sem dar spoilers, é isso... Sei que ficou abstrato, mas faz parte do mistério.

   Voltando. É complicado falar sobre esse livro. Complicado, porque eu ainda não decidi exatamente o que pensar dele, sério. Eu tinha uma ideia sobre ele, e aí meu conceito mudou e ainda está mudando, aos poucos, portanto, vou tentar organizar minhas ideias o melhor possível. Por conta dessa grande confusão mental que Um Dia me causa, vou começar falando dos pontos positivos do livro.

    Num geral, o livro é legal. Ao meu ver, ele não é perfeito, ou incrível, ou meu favorito, mas é inegavelmente um bom livro. A ideia de narrar somente um dia de cada ano é muito, muito genial e criativa. Foi uma jogada e tanto do Nicholls, ele merecia um abraço só por isso. A história também tem uma reflexão bem legal sobre a vida. As coisas dão errado mesmo, porque a vida é uma merda mesmo, nem sempre a gente faz o que quer mesmo, é assim! Essa é uma coisa bem interessante da história, ter essa abordagem não pessimista, mas realista sobre a vida das pessoas. Mas, depois dessa história de só narrar o 15 de Julho, a coisa que eu mais gostei foi o final. É muito bom, mesmo! E a última cena é linda, praticamente chorável, mas eu não chorei porque... Não sei! Mas é, de fato, muito lindo. Eu pensei que fosse acontecer uma coisa, mas aí aconteceu outra e graças a Deus que aconteceu essa outra, se não ia ser uma palhaçada das grandes... Basicamente, esses são os pontos mais positivos do livro... Ah, mais uma coisa, as citações nas "divisões" de cada parte também é uma coisa muito boa, muito agradável e o fato da história se passar no Reino Unido torna tudo mais original e menos clichê, a meu ver.

    Quanto às coisas que eu meio que não gostei, preciso falar primeiro que o começo é muito chato. É dramático, o que deveria ser ótimo, mas achei parado de mais. Até metade da história o livro é meio parado, as coisas acontecem mas... sei lá... acontecem de um jeito que... Ai, não sei mesmo explicar, sério. Talvez eu devesse ser menos chata com isso, mas acho o livro meio parado mesmo. Claro que romance é sempre parado, mas não consegui me conectar de primeira com a história não. É romance romântico, então, talvez se deva a isso. Eu não gosto muito de romance romântico, não é o meu tipo de livro, então, talvez eu não tenha gostado muito do começo por conta disso.

   Sobre os personagens, não tenho muito a dizer a não ser: EU ODIEI DEXTER POR METADE DO LIVRO TODO!!! Sério, o Dexter era um completo panaca, meu Deus, não sei como a Emma aguentava, juro... Da Emma eu gostei, gostei mesmo. Apesar de não gostar nada da história dela não ter autoestima e odiar vê-la naquela situação de perdedora que ela fica durante um tempo, eu gostei dela. Talvez por conta do lado esquerdista dela... Toda essa história de querer protestar e mudar o mundo... Meio que me identifiquei.. Me identifiquei em muitos momentos, por isso essa relação de amor e ódio com ela.

    No fim de tudo, acabei gostando do Dexter, sério, fiquei até com dó dele.  Mas gostaria de deixar claro que isso só deve ao milagre operado por Emma Morley, certo?

   Falando sobre o livro novamente, como eu já disse, é um bom livro. Pra quem gosta de romance romântico eu super recomendo. Não é meloso, nem muito mulherzinha, embora ainda seja um pouco mulherzinha, desculpem. Nem sempre isso deve ser visto como algo negativo, veja bem, 500 Dias Com Ela é filme de mulherzinha e eu acho muito bom. Gostaria de ressaltar, mais uma vez, que o final de Um Dia também é muito bom. Não vai entrar na lista dos meus livros favoritos, mas isso é uma questão de empatia e gosto pessoal, mesmo. Demorou muito para o livro me "pegar de jeito", demorou pra eu me acostumar com ele e quando dei por mim já tinha achado defeito. Mas não é como se eu considerasse ele ruim. O escritor escreve bem, fazia tempo que eu não via um livro de romance romântico em que o escritor, de fato, escreve bem. Eu gostei do jeito que o Nicholls escreve, gostei mesmo.

   Então... acho que isso. Espero que os fãs do livro não me matem, por favor. Eu falei bem dele, vai, sejam bonzinhos. Se você já assistiu o filme, trate de ler o livro porque deve ser muito melhor. Você gosta desse tipo de romance leia e seja feliz. Se quiser ler por ler, faça isso também. Leia e me conte o que achou, é sempre bom debater com as pessoas sobre livros... Bom, é isso e até um dia! (Essa piada foi péssima. Mãe, tô voltando pro útero).

Resenha: Free! Eternal Summer



    O Não Me Calo retorna hoje à sua série de resenhas sobre os animes da temporada e que anime melhor pra falar do que Free! Eternal Summer? Um anime legal, divertido, interessante, cheiodecarasgatos, enfim, um anime tudo de bom! 

    Free! Eternal Summer, é a segunda temporada do anime Free!, que eu já resenhei e expressei meu amor aqui uma vez. Se alguém ainda não sabe, Free! conta a história de um clube de natação e os obstáculos e conflitos que envolvem esses nadadores. Na primeira temporada, o foco era Rin, um ex-colega de natação que retorna da Austrália totalmente mudado e competitivo. Traduzindo: ele vem como um chatolino bad boy. Já na segunda temporada, o tema é o futuro, mais precisamente os sonhos de cada um dos nadadores e seus planos para o futuro.

    Falando assim, por cima, parece chato e bobo, mas é bem legal. E não, eu não estou falando isso só porque os caras são bonitos, eu tô falando porque é verdade. Mais uma vez vou falar sobre como a opening é linda. Música boa, arte boa, personagens divando, tudo como tem que ser. O ending, assumo que preferia o da primeira temporada, mas o dessa foi tão divertido... Eu ficava rindo toda vez que assistia e sentia uma baita vergonha alheia.

    Nessa temporada ocorrem competições, tretas, cenas fofas, cenas engraçadas e claro, tem água e nadador pra tudo que é lado! O final é lindo de bonito, bem no estilo do final da primeira temporada. Me emocionei, sério. Os flashbacks dominam mais uma vez e, preciso dizer, ver os personagens pequenos é muito legal. O time Iwatobi continua o mesmo: Haruka, Makoto, Nagisa e Rei; agora, se o Rin ainda tá na Samezuka ou foi pra Iwatobi não vou contar. Só direi uma coisa: aparece um personagem novo chamado Sousuke e forninhos caem com sua presença. Ele vem pra causar um rebuliço e dar mais emoção à história.

    O final de Free! Eternal Summer excluí quase completamente a possibilidade de uma terceira temporada, meu coração dói com esse fato. Free! é um anime tão lindo, eu achei que ia ser idiota mas eu gostei tanto; paguei a língua pela primeira vez e não me importo com isso. O anime é sim voltado mais para o público feminino, mas você pode assistir se quiser, mesmo sendo menino. Menino hétero eu quero dizer... Antes que perguntem eu vou esclarecer: FREE! NÃO É YAOI, É BISHOUNEN!

    Pra todo mundo que assistiu a primeira temporada, a segunda temporada é obrigatória. Pra quem ainda não assistiu, corre assistir porque é muito legal e você vai dar altas risadas, podendo até se emocionar. Pros meninos de plantão, acalmem-se, existem mulheres na trama sim. Elas são só duas, mas elas existem. A linda da Gou e a Amakata-sensei. Não posso deixar de dizer, mais uma vez, que o Nagisa é um fofo e um amor!

    Portanto, meu povo e minha pova, assistam Free!, o verão é muito mais divertido ao lado do time de natação da Iwatobi!


    

Resenha: A Ordem Perdida


    Vamos dar uma pausa na série de resenhas dos animes da temporada e falar de livros? Sim, eu estou interrompendo o fluxo de resenhas sobre animes para vir aqui falar de um livro e não sei se fico feliz com isso não. Vocês devem estar acostumados a me ver falar sobre como eu amei este ou aquele livro, mas hoje a resenha não vai ser muito positiva e até me dói fazer isso. Acontece que eu comprei o livro, eu li e eu preciso falar sobre ele, então, vou resenha-lo embora eu não vá dizer coisas muito agradáveis. 

   O livro da vez é A Ordem Perdida, de autoria de Gabriel Schmidt; eu o comprei na Bienal e, bem, sinto dizer que não foi a melhor compra que eu fiz. O livro é da Novo Século, da série Novos Talentos da Literatura Brasileira (mesmo selo que publica a Renata Ventura), e tem como tema central a fantasia. Levando em consideração esses fatos, era-se de esperar que eu amasse o livro, mas não foi isso que aconteceu.

    A Ordem Perdida mistura várias mitologias, dentre elas a grega, e uma mitologia criada pelo próprio autor. O foco central são deuses e semideuses; a história se passa em São Paulo. O livro é narrado em primeira pessoa e não possuí um protagonista de fato; a ideia de fazer um livro assim é ótima, embora complicada. Teria sido uma jogada e tanto se não fosse pelo fato de quase todos os personagens terem a mesma voz. A Ordem Perdida, é o primeiro livro de uma série de sete, e narra as aventuras de semideuses, dentre eles jovens de treze anos que estudam numa escola só para mestiços. A ideia geral é boa, a maneira como ele justifica o nascimento das crianças, a mitologia que ele cria... Tudo podia ser muito legal se não fosse a maneira como o autor escreve.

   Céus, a narrativa me incomodou tanto! Quando eu comecei a ler, achei que só tinha me sentido incomodada porque havia acabado de terminar ACC e ainda estava na vibe da Renata Ventura; esperei alguns dias, recomecei a ler o livro, continuei incomodada, o problema não era comigo! Geralmente, eu não sou muito chata com narrativas; não gosto de coisas muito arcaicas, gosto de narrativas leves, tolero algumas coisas mais simples, entretanto... Gente, a narrativa é simples ao extremo, eu poderia dizer quase pobre. Como aspirante a autora eu tento não julgar escritores, porque eu sei como é difícil ter uma ideia e redigi-la, mas cara... Eu não sou muito exigente, vejam como eu escrevo aqui, totalmente informal; quando escrevo meus contos e afins a narrativa é diferente, claro, mas não sou nenhuma Clarice Lispector, Machado de Assis ou Joanne Rowling! Ainda assim, A Ordem Perdida me incomodou tanto.

    Toda vez que o narrador mudava eu ficava esperando uma nova voz, uma nova personalidade... Era um personagem diferente, então, é normal esperar essas coisas... Nada veio. A voz narrativa era a mesma. O jeito de pensar, de agir... Embora os personagens tomassem atitudes diferentes, a forma de narrar e como a cabeça deles funcionava era deveras semelhante. A redação era boa, mas tão simplória... Tudo tão seco, o tempo todo; sem sentimento, sem emoção... Me sinto mal de dizer isso, mas foi assim que me senti enquanto lia. Por mais que ache a temática interessante, a narração me impedia de me conectar com o universo e eu não tinha vontade de ler. Li forçando, cara, e o livro é tão pequeno! Com uma narrativa diferenciada eu poderia tê-lo lido em dois dias.

    Gostaria de levar em consideração que o autor é muito jovem, ele é um ano mais novo que eu! Obviamente, isso não é uma desculpa, mas podemos dar um desconto. Pode ser que a escrita dele amadureça nos outros livros e eu espero muito que isso aconteça. Talvez eu leia a continuação só parre se a escrita dele amadureceu. Ai, dói tanto falar “mal” de um livro.

    A história tem pontos positivos também; como eu disse, Gabriel é criativo, a ideia geral é boa, a maneira como ele pensa no enredo é boa, o problema é narração em si. Ele escreve certo, gramaticalmente falando, mas no âmbito literal me incomodou um pouco. Outra coisa que me deixou P foram os erros. Poxa, Novo Século, você fez AAE e ACC, dois livrões com pouquíssimos erros e foram comer bola logo em A Ordem Perdida que é um livro pequeno? Caramba, assim a beleza da capa não consegue compensar tudo!

    Tem um ponto positivo muito grande em A Ordem Perdida, o autor é muito simpático. Quando eu estava no estande da Novo Século na Bienal, esperando a Renata, ele e o pai vieram falar comigo. Foi por isso que comprei o livro, achei a ideia interessante e resolvi dar uma chance... Bom, não atingiu minhas expectativas. Enfim, me dói dizer, mas eu não recomendaria o livro. Se você gostar de deuses e quiser ler, leia, a ideia central é legal e talvez você consiga desvincular a narração do enredo. Eu, infelizmente, não consegui. Acho que a Letras tá me deixando muito chata com relação a isso, tenho de ser menos exigente...

    Houveram partes que me decepcionaram muito. Em vários momentos eu fiquei esperando emoções que não vieram; e, numa parte que poderia ter sido muito bem explorada, o autor fez tudo muito rápido. Tem um capítulo em que era para acontecer uma luta. O capítulo finaliza e no seguinte é mostrado outro plano narrativo. Até aí tudo bem, mas quando retornam ao plano narrativo anterior explicam a luta de qualquer jeito sem nem ao menos narrar. A batalha que poderia ter sido super bem explorada e aproveitada. Triste de mais!


    Saldo final: ideia boa, narração incomoda pra gente exigente; vale ler pelo enredo, não pela escrita. Me dói muito dizer isso mas A Ordem Perdida, ao meu ver, deixou muito a desejar!

Resenha: Re:Hamatora


   E o anime da vez é Re: Hamatora, e sobre ele uma coisa deve ser registrada: ele me enlouqueceu! O que posso dizer sobre esse anime que me fez entrar em contradição “pakas”? Pra quem não sabe, Re: Hamatora é a segunda temporada de Hamatora, um anime cuja história gira em torno dos minimum holders, pessoas dotadas de habilidades especiais. 

    Quando Re: Hamatora foi anunciado eu fiquei super animada, eu dei até cambalhota no quarto (figurativamente falando). Indo contra tudo e contra todos, eu havia gostado muito de Hamatora, então fiquei ansiosíssima para a segunda temporada; principalmente por conta da forma que a primeira temporada se encerrou. Admito, que o primeiro episódio de Re: Hamatora me deixou com o coração na mão. Por um momento eu achei que uma coisa muito chata tinha mesmo acontecido, mas no fim não aconteceu, então tudo bem.

    Ao longo da temporada, eu oscilei muito entre gostar ou não de Re:Hamatora. No início eu achei legal a ideia de transformar um dos mocinhos num vilão, mas, aos poucos aquilo foi me cansando um pouco. Acontece, que o atual vilão não era tão malsão quanto o anterior; e eu também não conseguia entender porque, logo aquele personagem, foi virar vilão! Eu gostava tanto dele.... Ele era tão legal... Por conta disso, eu achei umas coisas meio chatinhas nessa temporada. Entretanto, mais para o final, as coisas esquentaram. Fui surpreendida! Assumo. As coisas que aconteceram, os flashbacks, o porquê do mocinho ter virado vilão, as coisas que descobrimos sobre a Hajime... Enfim eu entendi o porquê dela ter um ending só dela!

   Basicamente, eu posso dizer que, pra mim, Re:Hamatora tem um começo legal, uns meados chatinhos e um final legal. O final é clichê sem ser realmente clichê e ainda deixa uma coisa te encucando. Não sei se eu recomendaria o anime pra alguém, acho que não. Se você não assistiu Hamatora, eu não mandaria você assistir por conta do Re: Hamatora. Mas, se você assistiu, vale a pena conferir a segunda temporada... O último episódio é bem foda, tenho de admitir!


   Acho que não tenho muito mais a dizer; de todos os animes que eu assisti essa temporada, Re: Hamatora foi o mais capenga e me dói dizer isso, pois eu gostei muito da primeira temporada. Tive de dar o braço a torcer aos meus amigos que criticavam o anime, pois é.... Enfim, não foi o melhor anime da temporada, não foi tudo o que eu esperava, mas no fim ele acabou superando minhas expectativas já murchas. Portanto, se você quiser assistir, é por sua conta e risco, okay? Se você já assistiu, me conta: tu gostou do fulaninho como vilão? Tu achou o final maneiro também? Ou tu achou capenguinha? Diz aí, afinal, quando na nova temporada um amigo vira inimigo tudo pode acontecer.

Resenha: Ao Haru Ride



   E hoje eu vim resenhar um anime que foi/é um amor. Sim, senhoras e senhores, eu estou falando de Ao Haru Ride, o shoujo mais lindo da temporada de Julho, quiçá de 2014! 

   Eu estava muito, muito ansiosa e empolgada para o anime de Ao Haru Ride, afinal, eu leio o mangá. Sim, dessa vez eu estou resenhando a adaptação de um mangá que eu leio, existe coisa mais linda que essa? Então, eu comecei a ler o mangá no início do ano e logo já fiquei sabendo sobre o projeto do anime. Se eu pirei? Claro!

   Também conhecido como Aoharaido, Ao Haru Ride, gira em torno de Yoshioka Futaba, uma garota que por ser muito delicada durante o ensino fundamental, acabou passando o ginásio inteiro sozinha. Agora, no ensino médio, Futaba resolve mudar seu jeito de ser para poder fazer amigas e não ser excluída pelas garotas de seu ano. Tudo estava dando certo até que ela encontra Tanaka Kou, o garoto por quem ela era apaixonada no fundamental. Acontece que Kou não é mais a mesma pessoa; ele trocou de nome, agora atende por Mabuchi, e sua personalidade também está completamente diferente. Frente à isso, Futaba se vê às voltas com esse novo Kou que ela quer e precisa compreender e conhecer, ao mesmo tempo, ela tem de aprender a conhecer e compreender a si mesma.

    Nem preciso dizer que o anime é lindo não é mesmo? Mas vou dizer mesmo assim: O anime é lindo! Talvez, lendo a sinopse você não espere muito da história, mas acredite, vale dar uma chance. Ao Haru Ride é simplesmente lindo e perfeito. O anime foi super fiel ao mangá, pelo menos eu achei tudo muito parecido; os traços foram bem bonitos, bem semelhantes ao mangá mesmo; a opening é incrível e caiu como uma luva para o anime. A tradução da música da OP é tão Futaba e Kou que quase me faz chorar! E o ending também não ficou atrás. Tudo muito condizente com o enredo do anime/mangá.

   Esteticamente falando, as cores foram muito bem utilizadas. A OP é bem “menininha”, mas acho que ficou bom e combinou com um dos lados da Futaba. Futaba tem vários lados e é quase uma contradição às vezes. Amo a Futaba gente, até me identifico em algumas ocasiões.

   Quanto ao Kou, minha relação de amor e ódio com ele é a melhor coisa de Aoharaido pra mim! Ou uma das melhores coisas pelo menos. Eu adoro como ele é grosseiro e finge não se importar, tentando esconder sem parar seu lado gentil... Ele é um fofo, meu Deus! Ai, meus feels vão lá em cima com em shipper conhecido como FutabaxKou!

     Eu esperei muito para fazer essa resenha, então, preciso falar de outros personagens também, além dos protagonistas. Tirando a Futaba e o Kou, existem mais quatro personagens bem importantes na parte que o anime adaptou. A Makita Yuuri, que é super fofa e delicada, tipo a Futaba no fundamental; a Murao, que é muito fechada e vive com uma cara de “as pessoas da minha sala me enojam, me deixem sozinha por favor!”; o Kominato, o cara mais animado e brincalhão da turma toda, deveras barulhento; e o Tanaka-sensei, o melhor professor que aquela escola de ensino médio já viu! As histórias desses personagens se entrelaçam com a de Futaba e Kou, tornando tudo mais divertido, interessante, instigante e, por vezes, complicado e tenso. Amei ver todos esses personagens em movimento; afinal, se no mangá já era super incrível, no anime ficou uma lindeza. A única coisa que me incomodou levemente no começo foi o fato da Makita ter ficado “fofa demais”. Obviamente, ela é uma personagem super delicada, menininha, fofinha, amorzinho e tudo o mais, porém, sei lá, foi estranho ver tudo isso a cores e com som. Levou um tempo pra me acostumar à voz aguda e melosa dela, mas tudo bem, valeu a pena.

   O anime acabou quase que no meio de um arco do mangá; então, pra quem só assistiu o anime, saiba que tem muita água pra rolar embaixo daquela ponte e muitos problemas pro nosso shipp enfrentar. Queria dizer que entendo muito bem a agonia de vocês quando parecia que ia rolar beijo e não rolava, mas calmem, no mangá tem ainda mais momentos assim para sofrermos.

    Eu tô muito cheia de feels por Ao Haru Ride, foi tudo tão bonitinho! O Kou, a Futaba, os demais personagens... Tudo tão nhonho... Ai gente, já tô com saudade das minhas segundas-feiras ao lado deles! O mangá ainda tá rolando, mas é tão legal ver tudo em movimento! E o mangá tá tão crítico que eu tô enlouquecendo e não sei mais o que fazer... O anime tava tão calmo... Ai, ai, viu...

    Enfim, se você gosta de shoujo você têm de assistir Ao Haru Ride, mais que isso, você tem de ler o mangá também! Leia sem medo de sofrer, chorar e ser feliz... Ah, detalhe importante, eu só chorei em um episódio do anime, embora tenha chorando o mangá quase todo, haha. Meu caso de amor com Aoharaido é tão sério, que eu fiz questão de viciar uma amiga no mangá e no anime, agora ela sofre comigo e eu não sinto um pingo de remorso por isso. Portanto, já deu pra perceber que o saldo final foi mais que positivo, certo? Certo! Então, para todos os amantes de shoujos, ou aqueles que tem curiosidade sobre o gênero, assistam Aoharaido. O anime é menininha na medida certa, sem muitos excessos e com uma boa dose de humor! Os personagens são uns lindos, portanto, assistam e façam como a Futaba: tentem entender o Kou!

Resenha: Zankyou no Terror



   E o anime da vez é Zankyou no Terror! Gente, eu ainda to tão cheia de feels por esse anime, meu Deus... Foi o melhor da temporada, pelo menos pra mim, sério. 

    Zankyou no Terror gira em torno de Nine e Twelve, dois jovens com um passado conturbado e misterioso, que se tornam uma dupla de terroristas denominados, Sphinx.

    Quando eu vi a sinopse e o "trailer" de Zankyou no Terror eu resolvi que ia dar uma chance pro anime e não me arrependo nem um pouco disso. Eu assumo, que um dos motivos pra eu ter resolvido assistir foi a arte. Achei o traço super legal, o jeito que os personagens são desenhados me agradou bastante. Parece bobagem, eu sei, mas eu me importo com isso. Outra coisa que me interessou foi o fato de a trilha sonora ser composta pela Yoko Kanno, que também fez a trilha sonora de Sakamichi no Apollon. Eu nunca terminei Sakamichi, por motivos que agora não vêm ao caso, mas eu amava a trilha sonora e fazia força pra assistir só por conta disso.

    Voltando a Zankyou no Terror, um conjunto de coisas me fez assistir o anime e agora eu to aqui cheia de feels. Foi muito bom, sério. Não vou dizer que foi perfeito, até porque nada é perfeito e não tenho um nível de fangirl tão alto por Zankyou no Terror, mas achei muito bom. A história evoluí bastante, os episódios são sempre muito legais, porque sempre acontece alguma coisa inesperada. A maneira como a trama se desdobra é muito boa e o final é bem poético. Eu não usaria outra palavra para expressar meu sentimento com relação ao encerramento de Zankyou. A maneira como tudo acontece é bem poética.

   Falando um pouco sobre os personagens, eu nunca amei tanto dois terroristas como nesse anime. É quase engraçado, porque eu início eu tinha um receio com relação ao enredo; eu ficava me perguntando se não seria uma história sobre psicopatas malucos que explodem pessoas, e não, não é nada disso. Nos primeiro episódios, eu fui me afeiçoando muito rápido ao Nine e ao Twelve e eu queria muito, muito descobrir por qual motivo eles estavam implantando bombas por Tóquio; não parecia o tipo de coisa que eles fariam por maldade ou só porque estavam entediados... E tem um motivo! Um motivo muito grande e muito forte.

   Além dos protagonistas, existem mais dois personagens muito importantes para a trama: o investigador Shibazaki e a Lisa. O Shibazaki é o investigador mais foda do anime todo. Ele compreende os Sphinx, sabe como eles pensam e age com uma calma fantástica. Ele também tem uma cara de tédio genial. Já a Lisa, é a cúmplice; ela conhece o Nine e o Twelve e acaba se aproximando cada vez mais deles, por conta de uma determinada sequência de fatos. A Lisa é meio, assim, inútil... Eu vi algumas pessoas falando que a tarefa dela seria humanizar o Nine e o Twelve, mas com um passado como o deles, tá na cara que eles são mais que humanizados. Logo no primeiro episódio dá pra perceber que aconteceram algumas coisas muito trashs com eles na infância, eles sofreram, então eles não são só dois malucos! Entretanto, apesar da Lisa meio que só atrapalhar o anime todo, no último episódio você meio que entende o porquê da existência dela. A tarefa da Lisa não era humanizar os Sphinx, era outra; talvez olhar pra eles de uma forma que ninguém nunca olhou antes, ou algo assim. Não dá pra explicar muito bem sem dar spoiler, desculpa.

   Com relação a opening e ao ending, ambos são muito bonitos. Eu já disse que um dos motivos pra ter começado a assistir foi a trilha sonora não é? Então...  Ah, uma coisa que me agradou muito no enredo foram as constantes menções a Édipo Rei; elas foram usadas de forma muito inteligente e casaram super bem com a história dos Sphinx e as coisas que estavam acontecendo, genial.

    Em suma, apesar de, aparentemente, Zankyou no Terror ser só mais um anime cujo um dos protagonistas parece um fanart do James Potter (desculpa dizer, mas que parece, parece. O Nine parece um fanart do James, porissomesmoqueleleélindo), ele é muito mais do que isso. É uma narrativa super boa, que evoluí de uma maneira muito interessante e tem um final satisfatório. Se eu olhar para o último episódio somente com meus olhos de fangirl, talvez eu não goste do que aconteceu, mas uma vez que eu o encare criticamente, percebo que foi uma jogada e tanto aquele final. Um pouco triste, mas muito digno.

   Então, se você não tiver nada para fazer com o seu tempo livre, gaste-o assistindo Zankyou no Terror. São onze episódios incríveis e você não vai se arrepender!

Resenha: Tokyo Ghoul


   E o anime da vez é Tokyo Ghoul!!! Um dos animes mais comentados da temporada, Tokyo Ghoul causou rebuliço por onde passou e, assumo, isso é mais do que justo. Quando eu fui fazer minha “lista” de animes da temporada de julho, este foi o primeiro que eu escolhi para ver e não me arrependo nem um pouco da decisão. 

    Tokyo Ghoul se passa em uma realidade onde ghouls habitam a capital japonesa e há um grande conflito entre eles e os humanos. O protagonista da história é Kaneki, um universitário que, graças a um terrível incidente, torna-se meio-ghoul. A partir daí vários “paranaues” acontecem e o enredo vai se desenrolando.

   Para resumir tudo numa palavra só, eu achei o anime muito foda. O segundo melhor dessa temporada, de longe! Entretanto, eu vi umas reclamações por parte das pessoas que leem o mangá; pelo que eu entendi, o anime “correu” muito com a história do mangá, pulando umas partes, resumindo outras... aí teve gente reclamando por conta disso. Como eu não leio o mangá, para mim não fez diferença, embora eu prefira uma adaptação mais fiel à obra original.

   Uma coisa que eu gostei muito e me chamou a atenção foi, como sempre, a opening e o ending. As artes eram muito boas e as músicas também. Desde o primeiro segundo, quando soou a primeira nota da opening e eu vi o Kaneki sentado na cadeira de cabeça baixa eu pensei: “Meu Deus, que anime destruidor! ” Aí, quando o primeiro episódio acabou e começou a tocar o ending eu constatei que o anime era incrível mesmo.

    Eu tinha ouvido falar de Tokyo Ghoul em uma página de No Game No Life, as expectativas eram que ele “abafasse” os demais animes da temporada... Não sei dizer se isso aconteceu de verdade. Eu acho que Zankyou no Terror acabou por roubar mais a cena do Tokyo Ghoul, mas isso é conversa para outra resenha.

   Quando eu fui escolher animes da temporada de julho, eu tinha em mente duas coisas: primeiro, eu queria assistir as novas temporadas dos animes que eu já conhecia; segundo, eu queria assistir uns animes com uma temática mais dark, puxado para o horror, para a aventura.... Acabei não me atendo muito a essa resolução, mas acompanhei Tokyo Ghoul que, ao meu ver, pode ser enquadrado nesses gêneros também.

   Apesar dos pesares, consegui gostar bastante do protagonista. Geralmente, nesses animes, onde o personagem principal é metade alguma coisa, ele tende a ser meio passivo. No caso do Kaneki, ele é metade ghoul, ou seja, ele tem um lado humano e um lado assassino; obviamente, o lado humano do Kaneki é muito passivo e gentil, como era de se esperar. Nesses casos, eu costumo não gostar do protagonista por julgá-lo mole de mais, mas eu gostei do Kaneki. Talvez, porque ele não seja molenga por ser molenga, mas sim porque ele é uma pessoa gentil. Ele era humano e num piscar de olhos se transforma numa criatura que come carne humana; Kaneki precisa aprender a controlar esse novo lado, mudar seus hábitos alimentares, entender a essência e a alma de um ghoul... Ele precisa aprender a ser alguém diferente, alguém que não é normal! Geralmente, espera-se que você seja ou humano ou ghoul, nunca as duas coisas ao mesmo tempo. Kaneki tem de enfrentar essa barra, simpatizei com ele por conta disso.

   O que mais me agradou em Tokyo Ghoul, ao meu ver, foi a exploração do lado “humano” dos ghouls. Conforme a história vai se desenrolando, você vai percebendo que ghouls e humanos não são tão diferentes assim. Eles possuem os mesmos sentimentos, os mesmos medos.... Assim como os humanos, os ghouls só querem o direito à vida, se para isso eles têm de comer carne humana, eles comerão! Eles não têm muita escolha, diga-se de passagem.

   Com relação aos outros personagens, eu preciso destacar a Touka. Ela trabalha num café e é, simplesmente, um amor de personagem. Por incrível que pareça, ela não demonstra ser um amor de pessoa. Ela é pavio curto; séria, mas muito dedicada e tem um lado muito gentil. Já deu para perceber que eu adoro personagens gentis, certo? Haha.

   Quanto a evolução do enredo, embora, segundo alguns comentários, tudo tenha acontecido muito rápido, achei muito bom. É verdade que acontecem várias coisas, talvez até coisas de mais, porém tudo é compensado no último episódio. A evolução do Kaneki é assustadora! Fiquei muito dividida entre gostar, ou não, do que aconteceu no fim. Um lado meu achou tudo super foda e maravilhoso, outro lado vai sentir falta da calmaria e dos cabelos negros de um determinado personagem. Mas, em todo caso, foi muito legal! E também foi muito bonito; a trilha sonora casou perfeitamente bem com as cenas finais do último episódio, eu fiquei de queixo caído, embora já suspeitasse que esse tipo de coisa fosse acontecer. É impossível não receber spoilers através do tumblr, twitter, facebook e afins.


   Saldo final: apesar de ter visto algumas reclamações, achei Tokyo Ghoul um anime muito destruidor. Estou muito curiosa para saber o que aconteceu dali, da parte em que o anime se encerrou, para a frente. Vou tentar tomar coragem e ler o mangá.... Vai ser um anime que eu vou ficar almejando segunda temporada? Vai! Se meu desejo vai se realizar ou se ele plausível já é outra história. Se eu recomendo? Muito! Então, se você se essa resenha fez você se interessar por Tokyo Ghoul, assista e me conte o que achou; se você já assistiu me conte o que achou também, certo? Vamos todos conhecer a história do meio-ghoul de um olho só!

Resenha: Sete Desafios Para Ser Rei



    E hoje eu vim falar de um livro que eu nunca teria lido se não fosse pela minha amiga! Sim, eu saí do meu cronograma de leitura, eu deixei livros pra trás, mas eu li. E posso dizer que não me arrependo. 

    De autoria de Jan Terlouw, Sete Desafios Para Ser Rei gira em torno de Stach e do país Katoren. Stach é um jovem de dezessete anos que nasceu no mesmo dia em que o rei de Katoren morreu. Desde esse dia, o país encontra-se sem um rei, sendo governado por sete ministros. Stach, decide se tornar rei e pede aos sete ministros, sete tarefas para poder ser considerado digno do cargo. A partir daí a história vai se desenrolando.

   Não foi o melhor livro que eu li na vida, mas também não foi ruim. A narrativa é leve, por vezes divertida e pode ser o gancho certo para adaptar um não-leitor ao hábito da leitura. As coisas acontecem muito rápido, o que não me agradou muito em alguns níveis, mas também não é como se o autor corresse com o livro. Sete Desafios Para Ser Rei é um bom livro de aventura para um fim de tarde ou simplesmente para passar um tempo. Por conta disso, eu gostaria de agradecer minha amiga por tê-lo me indicado. Como eu disse, não me arrependo de ter lido, embora ele não vá entrar na minha lista de favoritos. Uma coisa interessante, é que eu teria gostado muito mais dele aos meus nove anos do que agora. Naquela época eu estava bem na vibe de aventura e afins, mas atualmente eu ando meio chata para livros. Triste, eu sei.

    Portanto, apesar de não se tratar de uma história super complexa e filosófica, ou um livro com super reviravoltas, pode ser uma boa pedida. Como eu já disse, é bem legal para se matar o tempo. Um livro perfeito para um dia sem energia elétrica ou sem internet. Então, se um dia você não tiver nada pra fazer, dê uma chance às aventuras do jovem Stach, você pode achá-las instigantes e, quiçá, emocionantes!

Resenha: Kuroshitsuji: Book of Circus



    E está aberta a temporada de resenhas sobre animes no Não Meu Calo! E o anime da vez é Kuroshistuji: Book of Circus. Quem leu minhas resenhas sobre as temporadas anteriores do anime, já deve ter percebido que eu gosto um pouco, talvez muito dele, então vamos lá! 

    Kuroshitsuji: Book of Circus é, por assim dizer, a terceira temporada de Kuroshitsuji; Book of Circus "cobre" o Arco do Circo do mangá. O enredo é basicamente o seguinte: várias crianças têm desaparecido pela Inglaterra. Poderiam ser casos totalmente desconexos, se não fosse pelo seguinte fato: as crianças somem, exatamente, quando um determinado circo chega ás suas cidades. Obviamente, o sumiço das crianças é algo que perturba a Rainha e Ciel, como cão-de-guarda da soberana, se torna responsável pela investigação dos sumiços e, por consequência, do circo também. Então, o Conde e seu fiel mordomo, Sebastian, se infiltram no circo para recolher informações.

    Nem preciso dizer que foi memorável ver o Sebastian fazendo altas "estripulias" no circo! E foi ainda mais legal ouvir, novamente, esse mordomo dizendo seu caraterístico: Yes, my lord! Porém não são esses os focos centrais da resenha, desculpem. Voltado ao que interessa: eu achei tudo tão bonito. Sério, esteticamente, acho que essa foi a melhor das três temporadas. Talvez por conta do circo e dos personagens que trabalham nele, não sei ao certo, mas foi tudo tão bonito!

    Uma coisa que eu gostei muito, muito mesmo, foi que Book of Circus me fez lembrar de coisas das quais eu havia me esquecido, coisas em relação ao Ciel e sua personalidade. E nos últimos três episódios acontecem uns fatos que... Olha... Ciel, não sei se te abraço e te conforto ou se te bato!

    Quanto aos integrantes do circo, devo dizer que não sei muito bem o que pensar deles, mas acho que gostei de todo mundo, ou quase. Entretanto, meu grande amorzinho do circo foi  a Doll, uma garota que anda na corda bamba. Ela é tão fofa e tem tantas coisas mais sobre ela, impossível não amar! Infelizmente, um personagem que eu sou apaixonada acabou por não aparecer muito. Sim, eu estou falando da minha diva, maravilhosa, transformista, travesti: Grell Sutcliff. Senti falta dele, porém, quem decide quem aparece ou não é o mangaká e não eu, então...

    Não sei dizer até que ponto Book of Circus foi fiel ao arco do mangá; eu não leio Kuroshitsuji e não vi muitos comentários sobre isso por parte das pessoas que lêem. Mais uma vez, a trilha sonora foi linda. A opening, o endingi, tudo lindo como sempre. Kuroshitsuji, a meu ver, nunca deixou a desejar nesse aspecto. São sempre openings e endings com ótimas músicas e uma arte muito legal com o Sebastian e o Ciel divando.

    Os servos das Mansão Phantomhive também têm seu momento de "glória" no anime, mas não vou contar quando é pra não estragar a surpresa. Talvez alguém que leia o mangá encontre algo para reclamar, mas eu, na condição de quem assistiu somente o anime, achei tudo muito digno. Assumo, tenho um carinho e um amor especial por Kuroshitsuji. Toda essa história de uma garoto de doze anos sofrer loucamente e fazer um acordo com um demônio é algo que me cativa e interessa bastante. Isso sem contar o fato de que o Sebastian é incrível; sou apaixonada pela relação que ele mantém com o Ciel, acho tudo muito interessante...

    Ah, tem uns toques de humor bem legais protagonizados pelo Sebastian; o momento em que ele se dá conta de que ser um mordomo não refere-se somente a seguir ordens é genial. E sim, isso foi um "spoiler", sorry. Kuroshitsuji: Book of Circus finalizou-se com dez episódios, portanto, ninguém pode dar a desculpa de que não vai assistir porque é um anime grande. Foi o primeiro anime da temporada a se encerrar, então estou um pouco, muito, atrasada com essa resenha. Eu queria muito poder ficar discorrendo sobre como o anime foi legal, mas aí eu daria muitos spoilers e não quero fazer isso. Só gostaria de registrar que o Ciel sabe ser maldosinho quando quer e eu entendo perfeitamente isso!

   Bom, acho que não tenho muito mais a dizer, apenas: se você assistiu as duas primeiras temporadas de Kuroshitsuji, você tem de assistir Book of Circus. Assistam, reclamem, me digam o que acharam (com educação, por favor) e matem as saudades do mordomo demônio mais querido que já existiu!


    

Resenha: A Comissão Chapeleira



    E o livro da vez é: A Comissão Chapeleira! Pra quem não sabe, ele é a "continuação" de A Arma Escarlate, aquele livro que eu resenhei toda animada não faz muito tempo. Por esse motivo, a resenha de hoje é especial, afinal, A Comissão Chapeleira, assim como seu predecessor, é um livro muito especial. 

    De autoria de Renata Ventura, A Comissão Chapeleira, livro 2 de A Arma Escarlate, narra o segundo ano de Hugo, o protagonista, na Korkovado. Em seu segundo ano de estudos mágicos o garoto só quer esquecer os problemas e erros do ano anterior, ansiando por se tornar uma pessoa melhor. Entretanto, em 1998, o país está às voltas com uma eleição e o resultado dela pode e vai influenciar muito na vida dos estudantes da escola de magia do Rio. Uma comissão é mandada ao colégio para "por os alunos na linha", regras são implantadas, tudo tem de estar em ordem, nenhum segredo deve existir... Infelizmente, Hugo tem algumas coisas a esconder. Para agravar ainda mais a situação, o líder da Comissão é um homem ardiloso, inteligente e intocável, capaz de seduzir, coagir e envolver! O panorama geral do início do livro é esse, não posso dizer mais nada se não vou acabar dando spoiler, desculpem.

    Falando do livro como um todo, ele é muito bom. Verdadeiramente muito bom e isso começa com a própria capa. Ela não é só visualmente bonita, é misteriosa e instigante, o tipo de capa que faz você querer ler o livro para poder compreende-la amplamente. Se a "embalagem" já é boa, o conteúdo então... A Arma Escarlate é um livro e tanto, derramei lágrimas só com a dedicatória e se vocês acham que A Comissão Chapeleira deixou a desejar, estão muito enganados. O segundo livro é ainda melhor que o primeiro; embora no começo ele seja um pouco mais "calmo", todos os acontecimentos seguintes são de tirar o folego. Quando eu comecei a ler eu ficava esperando acontecer algo muito grandioso, eu queria chegar logo nas partes com maior ação; então, quando elas chegaram eu entendi o porque de, inicialmente, as coisas estarem levemente controladas. Aquilo era um descanso. Hugo precisava disso, nós precisávamos disso; Renata estava nos dando tempo, tempo para nos recompormos de A Arma Escarlate e nos prepararmos para o que viria em A Comissão Chapeleira... E não foi pouca coisa.

    O segundo livro é um pouco mais "adulto" que o outro. Agora eu entendo o que o Potterish quis dizer com a frase que aparece na contracapa. Essa é mais uma coisa legal de ACC: eu achei que morria e não via uma resenha de um fã-site de Harry Potter ser levada para a capa de um livro. Já posso morrer feliz, gente... Ou quase! Voltando ao que interessa, A Comissão Chapeleira é um livro forte. Em diversas partes você fica com raiva, muita raiva... De muitos, de vários personagens. Outras partes fazem você refletir sobre esta ou aquela questão política nacional. Essas são algumas das partes que eu mais gosto. O fato de Renata mesclar a fantasia com questões tão importantes e visíveis em nosso país e no mundo foi exatamente o que me conquistou em A Arma Escarlate e o que continuou me cativando em A Comissão Chapeleira. Porém, nem só de política e ação vivem os livros de Renata, eles também precisam de humor... E que coisa melhor para se usar como humor e relaxar os leitores do que uma boa e velha menção a Harry Potter? E dessa vez Renata se superou, sério! Na verdade, não foi uma ligação só, claro... Foram várias. Mas teve uma em especial... Ai, meu Merlim, como proceder? Eu não sabia se eu ria ou se eu chorava de emoção. Foi muito incrível! Foi divertida, inteligente, super de bom tom... Eu, como potterhead, fico emocionada só de lembrar... Não vou dizer o que é, nem qual é, vocês vão ter de ler pra descobrir.

    Quanto as partes de mais ação e seriedade do livro, bem, a autora se superou novamente. Renata foi cruel, muito cruel, ela é um monstro! E sim, isso é um elogio. Mortes, tortura, colapsos mentais... E, é claro, por que não atingir o meu personagem favorito, não é mesmo? Por que não fazer uma grande maldade e crueldade com o melhor personagem do livro? A função desses personagens é essa mesmo não é? O personagem perfeito só existe pra uma única finalidade: sofrer. Rowling fazia esse tipo de coisa, Tolkien fazia esse tipo de coisa, Lewis fazia esse tipo de coisa... Renata Ventura não fica atrás, vai lá e faz também. E faz bem feito! Faz o personagem sofrer e o leitor sofrer junto com ele. Ainda estou me perguntando: Por que ele, Renata? Por que? Por que eu amava ele, é isso? Por que ele era legal? Provavelmente, sim. Senhoras, senhores, preparem os lencinhos e os nervos, A Comissão Chapeleira irá divertir, instigar, entreter, torturar e destruir vocês!

    Nossa, mas só  tortura, sofrimento e coisas legais compõem A Comissão Chaleira? Não! Pra coroar, pra fechar com chave de ouro, o final do livro é... Lindo! É maravilhoso. É um final complicado, mas é bom, muito bom. Digamos que ele terminou de um jeito bem digno e eu não imagino uma outra forma pro livro acabar. É uma coisa que eu não pensei que fosse acontecer, mas acontece... Hugo Escarlate se superando também, pois é... Quase chorei, sério.  Na verdade, eu chorei bem pouco com A Comissão Chapeleira, eu estava muito ocupada chocada e querendo cortar em pedacinhos este ou aquele personagem em especial.

    Resumindo tudo: todo mundo deveria ler A Comissão Chapeleira. Todo mundo deveria se permitir a experiência de sofrer com esse livro porque vale a pena. Eu estou completa e totalmente maluca pelo próximo livro. Eu preciso, eu necessito dele agora, nesse instante, eu preciso por minhas mãos nele se não eu vou enlouquecer!!! Porém eu vou ter de esperar, então, se eu não aparecer mais é que eu estou maluca por conta disso e fui internada, okay? Mas eu não vou querer ficar lá no hospício sozinha, eu quero companhia, certo? Portanto, leiam todos A Comissão Chapeleira, assim poderemos matar o tempo comentando sobre o livro enquanto esperamos o próximo. Leia A Comissão Chapeleira, "você vai sofrer, mas vai ficar feliz por isso!"