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Resenha: O Dia do Curinga


   E o livro da vez é, O Dia do Curinga! Eu sei, eu sei, fazia tempo que eu não vinha resenhar um livro, mas a espera acabou. Eu, verdadeiramente, ando sendo uma péssima leitora e lendo bem pouco, ou lendo livros que eu não tenho vontade de resenhar, mas esse livro, eu não podia deixar de falar dele. O Dia do Curinga é um daqueles livros meio especiais. Quando eu estava na oitava série, meu professor de Matemática, cujo nome não me recordo, mas sei que o apelido era Perdigão, mandou eu ler esse livro. Só que eu nunca tinha encontrado o livro, até o final do ano passado.... Portanto, vamos falar de O Dia do Curinga?! 

   De autoria de Jostein Gaarder, O Dia do Curinga conta a história de Hans-Thomas, um garoto de doze anos, e seu pai, um filósofo meio beberrão. Eles estão em uma viagem a caminho de Atenas para trazer de volta, Anita, mãe de Hans, que os deixou a oito anos. Entretanto, paralela à viagem e à história deles outra história se desdobra, uma história contida em um misterioso livro que vai parar na mão de Hans-Thomas de um jeito inusitado e curioso. Nas páginas do livro desdobram-se mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida, transformando a viagem de Hans-Thomas em uma iniciação à busca do conhecimento.

   O Dia do Curinga é um livro, um tanto, complexo e quase confuso, porém muito fascinante. Durante todo o livro você se vê diante de questionamentos filosóficos, conversas extremamente inteligentes e curiosas, Filosofia é uma coisa que não falta no livro. Inicialmente, ele é meio parado, mas assim que o livro misterioso entra na história tudo muda. A narrativa paralela que se desdobra e a maneira como ela vai se encaixando aos poucos com a história do próprio Hans-Thomas torna tudo muito instigante. Você quer ler mais e mais e mais, você precisa entender qual a relação existente entre as duas narrativas. Você precisa saber o que está acontecendo nas páginas do livrinho misterioso, mas para isso você precisa de Hans-Thomas.

   Ler O Dia do Curinga foi como retornar às minhas aulas de Filosofia do colegial, talvez mais, talvez eu tenha experimentado algo novo, algo que eu nunca experimentei antes. Ao final do livro você entende o valor de um Curinga, o que é um Curinga.... Você quer ser também um Curinga! Na verdade, toda a abordagem das cartas de baralho é genial. Todas as sacadas que envolvem as cartas de baralho são muito boas. Um baralho é algo verdadeiramente comum. Todo mundo já viu um, todo mundo já utilizou um. Todo mundo sabe que o baralho contém 52 cartas divididas em quatro naipes diferentes, mas ninguém dá atenção para o que você pode pensar a partir disso. E então, junto a essas 52 cartas nós temos o Curinga e em nenhum momento eu tinha percebido o quão importante pode ser um Curinga. O Curinga não é de Ouros, nem de Copas, nem de Paus, nem de Espadas; ele não é Ás, não é Rei, Valete ou Dama; um Curinga não tem nenhuma relação ou parentesco com nenhuma das outras 52 cartas, ele é completamente diferente, e ainda assim ele está lá, no mesmo baralho, junto com as outras. E muitas vezes, um Curinga é, exatamente, o que precisamos! Me digam se não é genial? Como ninguém nunca tinha pensado nisso antes?!

   É muito difícil falar sobre O Dia do Curinga, porque para explicar sobre o livro é necessário falar muitos spoilers, se não nada faz sentido, de fato. Eu ainda estou absorvendo tudo o que eu li, acreditem. Basicamente, em O Dia do Curinga se desenrolam duas narrativas paralelas e a segunda narrativa serve para iniciar Hans-Thomas na arte de filosofar. As coisas que ele lê no livrinho vão entrando na cabeça do menino e ele não consegue não pensar sobre elas. Ao mesmo tempo, você, enquanto leitor, não consegue não pensar na história contida no livrinho e nem na própria história de Hans-Thomas. Confuso, complexo, inexplicável, mas instigante.


   Enfim, depois de ler O Dia do Curinga eu fiquei com ainda mais vontade de ler O Mundo de Sofia, pois ambos são do mesmo autor. Isso sem contar o fato de que eu nunca mais vou olhar para um baralho normalmente de novo. Depois de O Dia do Curinga um baralho nunca mais será apenas um baralho. Para quem gosta de livros fáceis de ler, porém que façam pensar é uma ótima pedida. Para quem tem mania de filosofar e adora uns bons questionamentos aleatórios é super recomendável. Sendo sincera, todo mundo devia ler O Dia do Curinga, pois só lendo você vai conseguir entender um pouco o que eu estou tentando falar aqui. São muitos questionamentos, são tantas coisas nas quais pensar... Só lendo para saber, mesmo. Portanto, leiam O Dia do Curinga. Há cada ano que passa ocorre um Dia do Curinga e nesse dia coisas inimagináveis acontecem!

Resenha: Sukitte Ii Na Yo



   E eu assisti mais um shoujo alguém me segura, please!!!! As férias estão dando adeus, então, eu resolvi aproveitar e assistir tudo que tenha menos de 14 episódios e me der na telha. O escolhido da vez foi Sukitte Ii Na Yo, um shoujo, pois é. 

   De autoria de Kanae Hazuki, Sukitte Ii Na Yo é um mangá shoujo; o anime foi adaptado a partir do mangá e conta com 13 episódios e um OVA. O anime é da temporada de outubro de 2012. Sukitte Ii Na Yo conta a história de Tachibanada Mei, uma garota de 16 anos que, graças a um incidente na infância, não tem nenhum amigo. Tudo muda quando ela conhece Kurosawa Yamato, um garoto super popular que têm grande interesse em Mei. A partir do contato com ele a garota começa a confiar mais nas pessoas.

    Eu gostei desse shoujo. Uma coisa que eu vejo como um grande ponto positivo é que ele é menos "enrolativo" que os outros shoujos. Quero dizer, todo mundo sabe que shoujos costumam se pautar na enrolação. É uma demora para o casal se acertar, uma demora maior ainda para rolar beijo e fica naquele lenga lenga. Em Sukitte Ii Na Yo, não, o casal se acerta até que bem rápido. Na verdade, pelo o que eu vi no anime, Sukitte Ii Na Yo é mais a jornada de ambos como casal do que a jornada para que eles se tornem um casal, entendem?

   Outra coisa engraçada é como uma das personagens que eu achei que seria a maior "bitche" de todas acaba se tornando uma das mais legais. Eu detestei ela no começo e pensei: "Cara, essa menina vai ser a vilã mal-amada que vai tentar separar o casal a todo custo". Mas eu dei com a cara na porta e ela se tornou uma personagem bem legal ao meu ver. Pois é, vivendo e aprendendo.

    E já que eu estou falando dessa personagem em especial, vou falar um pouquinho de todos os personagens que mais aparecem, por assim dizer. Alguns eu não vou falar para deixar aquele gostinho de descoberta porque sim. Então, primeiro de tudo, temos a Mei. Ela é muito tímida, muito quieta e quando eu a vi pela primeira vez eu pensei: "Mano, que protagonista feia e sem graça!" MAS A MEI É LEGAL, GENTE! Conforme a história vai evoluindo você vai aprendendo a gostar dela. Ela é um pouco forte e esforçada, justa e honesta. Ela é uma personagem legal.

   O outro protagonista é o Yamato e ele é.... Como eu posso dizer? Bonito?! Essa é uma boa. O Yamato é bonito e popular, mas ele também é gentil e se preocupa com as pessoas. Geralmente, eu fujo de história de romance nas quais o protagonista é um cara bonito e popular, mas eu deixei uma chance a Sukitte Ii Na Yo. Talvez pelo fato do Yamato não ser um babaca, ou pelo fato que ele aborda a Mei, não sei dizer ao certo, mas que consigo gostar dele. Ele é meio fofo. E é o primeiro protagonista de shoujo, dos que eu assisto/leio, a não ter grandes problemas familiares e de relacionamento com as pessoas. Obviamente ele tem as cicatrizes dele e tudo o mais, mas nada que se compare aos problemas que os outros garotos dos shoujos que eu gosto têm. O Yamato é meio que a alma do casal, eu gosto disso, gosto de como ele é paciente e se esforça.

   A primeira personagem secundária a aparecer é a Asami. Ela é uma garota toda fofinha, delicada, gente fina e.... peituda. Só que a coitada sofre muito por ser peituda, porque aquelas magrelas invejosas do colégio dela ficam fazendo ela se sentir mal por ser sido agraciada pela biologia. A Asami é um amorzinho e é toda complexada com a aparência dela por conta das magrelas invejosas, pois é.

   Então temos o segundo secundário, o Nakanishi. Ele é engraçado, idiota, um pouco tarado e o motivo pelo qual a Mei conhece o Yamato. Ele é amigo do Yamato é apaixonado pela Asami. Eu o considero uma pessoa um tanto, ousada, num sentido não muito bom da palavra, mas ele é legal também.

   A terceira menina a aparecer na história é a Aiko. Ela é a garota que no começo eu achei que ia ser a super vilã, mas no fim, acaba virando uma das personagens mais legais. A Aiko tem um passado meio trash com os ex-namorados dela, a coitada sofreu pra caramba. Por conta disso, quando ela aparece, as intenções dela não são das melhores, mas com o tempo ela passa para o lado certo da força. Eu gosto do jeito meio combativo dela, ela é meio agressiva as vezes, mas por bons motivos e com quem merece. Por último, vou falar sobre o Taxiava que é.... o namorado da Aiko.

   Panorama geral de Sukitte Ii Na Yo: é um shoujo legal. Ele é menos enrolado no quesito "fazer o casal aceitar que se gosta e que deve ficar junto", mas vários pequenos obstáculos vão surgindo depois. É mais "parado" do que os outros shoujos que eu estou acostumada e menos engraçado também. Foca mais no romance do que na comédia, mas até que não é muito meloso não. Pela primeira vez eu assisti um shoujo sem derramar uma única lágrima. (Pausa para pensar se eu derramei alguma lágrima em Ookami Shoujo to Kuro Ouji.... Não, impossível). É, acho que foi o único shoujo que não me fez chorar, mesmo. Mas, como eu disse, é legal e meio fofinho.

    No quesito abertura e encerramento eu diria que ambos são okay. Só okay mesmo. Se bem que a música do encerramento é animadinha e meio legal. Entretanto, ambos combinam bastante com o clima do anime, é que não mexeram com o meu coração, apenas. Por assim dizer.

   Portanto, se você gosta de shoujo, assista Sukitte Ii Na Yo. Se você estiver curioso assista também. Se você não tiver nada para fazer assista só para poder dizer que já assistiu um shoujo na vida e.... Okay, sério. Para quem gosta de shoujo eu recomendo, para quem não curte muito o estilo se quiser matar a curiosidade fique à vontade.

Resenha: Ano Hana



   E eu resolvi despedaçar meu coração de vez! Às vezes, por algum motivo aleatório você decide que está na hora de despedaçar seu coração, aí o que você faz? Isso mesmo, você vai lá e assisti Ano Hana.

   Ano Hi Mita Hana no Namae wo Bokutachi wa Mada Shiranai (Nós ainda não sabemos o nome da flor que vimos naquele dia), mais conhecido como Ano Hana, é um anime da temporada abril de 2011 famoso por despedaçar corações. Ano Hana conta a história de um grupo de amigos de infância que cresceu e se afastou. Um deles é Jintan que, agora no colegial, é um hikikomori (um cara que só fica recluso em casa e não faz nada da vida). Durante o verão, Menma, um membro do grupo de amigos, aparece na vida de Jintan dizendo ter um desejo. Para realizar o desejo de Menma, Jintan tem de reencontrar e reunir seus velhos amigos.

   O panorama geral da história, sem spoiler, é isso. Eu podia contar só mais uma coisinha, algo bem básico mesmo, mas eu achei tão legal ir deduzindo aos poucos ao longo do primeiro episódio, que vou deixar isso em off.

   Ano Hana, ai gente, Ano Hana quebrou meu coração. Eu estou até agora despedaçada por esse anime. Ele é lindo, não tem outra palavra para expressar, é lindo. Se eu achei Angel Beats destruidor, saibam que Ano Hana é morte certa! Todo mundo diz chorar com Ano Hana e, de fato, eu comecei a chorar logo que vi o ending pela primeira vez. Você tem de ser muito coração de pedra, ou muito forte, para não chorar com Ano Hana. Para vocês terem uma noção, no último episódio eu estava chorando tão alto, mas tão alto, que minha mãe veio ver se tinha acontecido alguma coisa comigo. Ando assistindo muito anime de fazer chorar né? Mas, vejam, eu sou muito mole, então talvez uma pessoa mais normal e controlada aguente o tranco.... Talvez.... Porque é difícil... Mas é lindo, muito lindo! É tão lindo que você chora pela beleza do anime.

   O grupo de amigos que eu falei é composto por seis pessoas: três meninos e três meninas. Eu vou falar um pouco deles agora porque acho importante. Certo, vamos lá. Primeiramente, nós temos o Jintan (Yadomi Jinta), ele é um hikikomori, então ele só vive trancado em casa, não vai escola, enfim, ele não faz nada da vida. Mas tem um motivo para isso, um bom motivo. Quando criança ele era o líder do grupo de amigos e é ele quem decide conceder o desejo de Menma, o que acaba acarretando a reaproximação dos Super Protetores da Paz. Sim, esse era o nome do grupo de amigos deles.

    Então, temos a Menma (Honma Meiko), que é uma linda, uma fofa, uma maravilhosa.... Ela é sempre animada, feliz, é bagunceira... A Menma é uma criança ainda, pois é. Ela se preocupa muito com os outros, ela é muito gentil, mesmo. E quando alguém que ela gosta se fere, de qualquer maneira que seja, ela chora. Eu amo muito, muito, muito a Menma, mesmo. Ela é uma fofa e é a grande chave do enredo do anime.

   A segunda da garota do grupo é a Anaru (Anjou Naruko), ela é muito linda. Acho que essa foi a primeira coisa que reparei nela, ela é linda. Ela estuda na mesma escola que o Jintan e ela é bem fria com ele, principalmente perto das amigas atuais dela; porém, ela ainda se preocupa com o antigo amigo. As meninas que a Anaru anda são um problema, elas não passavam na minha garganta nem um pouco. A Anaru tem uma coleção gigante de mangás e video-games. Ela também tem invejinha e ciuminho da Menma por conta do Jintan.

   O outro menino do grupo é o Yukiatsu (Matsuyuki Atsumu), ele estuda numa escola super fodona que prepara os alunos para o vestibular. É totalmente indiferente ao Jintan no presente. Atualmente ele é bonito, inteligente e popular, tradução, as meninas da escola dele ficam todas suspirando por ele, mas ele não dá bola para nenhuma. O Yukiatsu é muito atormentado pelo passado, é um dos casos mais críticos de todos os seis amigos, creio.

   A terceira garota do grupo é a Tsuruko (Tsurumi Chiriko), ela estuda na mesma escola que o Yukiatsu e é bem séria. Ela está sempre observando as coisas e é bem lógica. É a única a manter contato direto com alguém do antigo grupo de amigos, ela ainda é próxima do Yukiatsu. A Tsuruko é.... eu não sei, eu só gosto dela.

   O último membro dos Super Protetores da Paz é o Poppo (Hisakawa Tetsudo), ele é o mais animado e divertido de todos. Na infância é o mais baixinho, mas agora ele é bem alto. O Poppo não frequenta nenhum colégio, ele viaja pelo mundo com o dinheiro que junta trabalhando. Na infância ele admirava muito o Jintan e se diz grato aos amigos por o terem aceitado no grupo.

   Sobre os seis personagens eu só digo uma coisa: não se enganem, todos eles são sofredores no fim das contas. Mas no fim de tudo as coisas melhoram, e aí você chora, pois é. Com relação a opening e ao ending eu preciso elogiar muito, muito mesmo. Principalmente o ending. Ele é um daqueles endings que só de ouvir a música você já lembra do anime, ele é muito marcante, é muito bonito.  É tudo muito bonito em Ano Hana.

   O saldo final de Ano Hana foi: muitas lágrimas, muitas risadas, muito sofrimento, mais risadas e, por fim, mais lágrimas. Mas eu recomendaria super, para qualquer um. Ano Hana é um daqueles animes que você precisa assistir antes de morrer, tudo que falam dele é verdade. É muito bom mesmo. E só tem onze episódios! Portanto, nesse finalzinho de férias, tire um ou dois dias e assista Ano Hana. Você vai rir, chorar, se emocionar, mas, no fim de tudo, vai valer muito a pena, mesmo. Eu enxergo uns valores legais em Ano Hana, acho importante ressaltar isso. Acho que ele te faz pensar um pouco que perdoar é importante, mas se perdoar é tão importante quanto perdoar o outro. Então, assistam Ano Hana e chorem comigo. Afinal, Ano Hana é um daqueles animes lindamente insuperáveis!  

Resenha: Angel Beats


   E eu assisti Angel Beats, caramba! Okay, isso deve ter soado muito aleatório, mas na minha cabeça estava muito melhor, acreditem. Angel Beats é um anime que eu queria assistir desde o início de 2014, mas eu sempre inventava que estava sem tempo e não assistia, porém, como agora eu estou de férias, tomei vergonha na cara e assisti. O que eu posso dizer sobre isso? Vou usar palavras não minhas: "Angel Beats é amor e dor!" 

   Da temporada de abril de 2010, Angel Beats se passa em uma escola de "vida após a morte". Situado em algum lugar entre o Céu e a Terra, o local serve para que as almas aprendam a abandonar as suas tristezas e arrependimentos antes de desaparecer e reencarnar em uma nova vida. Acontece, que quando o aluno desaparece, ninguém sabe, exatamente, para onde ele vai. Por conta disso, alguns alunos "se rebelam" formando um grupo de rebeldes. Yuri, a líder do grupo, luta contra um Deus que a destinou a ter uma vida sem propósito. Do outro lado, temos a presidente do conselho estudantil, lutando contra o batalhão dos rebeldes. É nesse cenário que Otonashi, um jovem sem memória, se vê ao acordar no colégio.

    Resumindo, tudo bem resumido, é isso. Basicamente, o Otonashi acorda no colégio e a Yuri já manda a real para ele: "A gente luta contra o Anjo!" Após 13 episódios disso, eu chorei igual a uma criança. Eu sei que eu sou uma pessoa de coração mole, eu sei que eu choro com tudo mesmo, mas Angel Beats, cara.... Você tem de ser muito forte ou muito coração de pedra para não chorar com Angel Beats. Cada personagem tem uma história diferente, uma mais triste do que a outra, é, verdadeiramente, amor e dor! Vou repetir isso para sempre, porque é a única coisa capaz de exemplificar as sensações que perpassam o seu ser após assistir esse anime.

   Angel Beats tem uma gama de personagens bem grande; como tem o grupo dos rebeldes, é meio complicado falar de um por um, então, eu vou falar só dos três "principais", por assim dizer. Eles são responsáveis por quebrar seu coração em mil pedacinhos, embora a menina Yui também tenha me destruído totalmente.

   Primeiro, temos o Otonashi. Otonashi é o protagonista, ele acorda no colégio, do nada. Ele mal consegue lembrar o próprio nome, portanto, ele não sabe de nada do que aconteceu com ele quando ainda estava vivo. O Otonashi é um amor de pessoa, ele é muito gentil e se preocupa com as pessoas. Inicialmente, ele fica bem perdido, porque ele não consegue entender o motivo pelo qual os rebeldes têm de lutar contra o Anjo. Mas faz sentido ele não entender, porque, de fato, é complexo.

   Depois, temos a Yuri, a líder do esquadrão dos rebeldes. A Yuri é uma líder e tanto. Ela é determinada, é inteligente e muito dedicada ao seu esquadrão. A Yuri tem muitos problemas com Deus, ela quer lutar contra o próprio Deus, ela quer confrontá-lo. A vida dela não foi nada fácil, e ela ainda é bem apegada a esse fato. Yuri sofreu, aquela menina, aí como sofreu.... Dá para entender bastante esse lado mais revoltado dela. Mas ela é uma boa pessoa, e tudo se deve exatamente a esse fato, a Yuri é ótima pessoa.

   Por último, eu vou falar da Kanade. A Kanade é o Tenshi (o Anjo), que luta contra os rebeldes. Isso vai soar estranho nesse instante, mas ela é uma fofa. Ela é um amor. A Tenshi tem uma coisa meio fria, meio distante, mas ao mesmo tempo ela é gentil. É o dever dela, como presidente do conselho estudantil, assegurar a paz no colégio e ir contra as "arruaças" que os rebeldes causam. Mas ela é tão linda!

   Como eu já disse, tem vários outros personagens, alguns bem engraçados, como o Hinata. Sim, ele é menino, mas ele chama Hinata; sim, quando eu ouvi o nome dele eu pensei automaticamente na Hinata do Naruto; não, não consegui desassociar isso até agora; sim, ainda acho que ele tem nome de mulher! Porém, como eu também já disse, são muitos personagens e se eu começar a falar de cada um deles não vou terminar essa resenha nunca mais, portanto, fiquem com esses aí que eu citei.

   Uma coisa que merece destaque em Angel Beats, além do enredo destruidor de corações, é a opening e o endind, que são muito bons, ambos. A opening é linda, sério. É uma coisa maravilhosa, ela sozinha já é bem chorável. E o ending... não fica atrás. Basicamente, eu sinto que quando criaram Angel Beats, resolveram acabar com a nossa vida em todos os níveis possíveis. Então, a história é chorável, os personagens são apaixonantes, a opening e o ending são choráveis.... Tudo nesse anime é feito para fazer você sofrer. Vou repetir pela terceira vez: é amor e dor!

   Eu acho que tem uma coisa muito legal em Angel Beats que é a questão de fazer você pensar na sua própria vida. Como são vários personagens diferentes, e todos estão mortos, e eles têm seus arrependimentos e tudo o mais, isso faz com que você pense e analise a sua própria vida. Em vários momentos eu me peguei pensando: "Cara, a minha vida é boa pra caramba, eu reclamo de barriga cheia!" Porque, apesar de ser só uma história, os acontecimentos na vida dos personagens são bem plausíveis no mundo real. É coisa que você sabe que pode acontecer de verdade e que acontece, com algumas pessoas acontece. E pensar nisso... Cara, pensar nisso é importante, porém destruidor.

   Quando eu fui assistir Angel Beats, eu já fui pronta para chorar. A pessoa que me indicou me disse: "Assiste, você vai gostar. Você vai chorar pra caramba também, mas você vai gostar!" Por conta disso, quando eu comecei o primeiro episódio eu já estava naquela agonia de querer entender porque eu ia chorar, conforme eu fui assistindo o anime eu fui entendendo o motivo. Eu verdadeiramente entendo porque todo mundo diz que você chora com Angel Beats.... É porquê... Ai, cara, é porque Angel Beats é Angel Beats mano! Porque está todo mundo morto, aí você vai pensar na sua vida, e na sua morte e em outras coisas aleatórias.... Vou falar pela quarta vez: É amor e dor!


   Okay, chega de chororo. O que importa é o seguinte: o anime é lindo, o enredo é lindo, a arte é linda, a trilha sonora é ótima. É tudo muito maravilhoso e eu indicaria Angel Beats para qualquer pessoa que me perguntasse sobre um anime legal. São 13 episódios, eu assisti tudo em um dia, então, dá super para assistir nesse finalzinho de férias. Além do anime, existem duas séries em mangá e uma light novel, sobre os quais eu não posso dar mais informações do que sua própria existência. Portanto, nesse finalzinho de férias, para fechar tudo com chave de ouro e começar o ritmo acelerado de 2015 para valer, assistam Angel Beats e sejam felizes. Você chora, mas você fica feliz com isso, sério!

Resenha: Hyouka


   E as férias chegaram, amiguinhos, vamos comemorar! Okay, okay, as férias chegaram já faz um tempo, elas estão é indo embora agora, não é mesmo? Porém, nessas férias eu resolvi tomar vergonha na cara e assistir alguns animes que eu estava com vontade de assistir já fazia tempos. Um deles era Hyouka, que eu sempre via gifs no tumblr e ficava enlouquecida para saber mais sobre a história. Eu relutei muito sobre resenhar ou não Hyouka, mas decidi dividir a experiência com vocês. 

   Da temporada de abril de 2012, com 22 episódios ao todo, Hyouka é adaptação de quatro, dos cinco volumes da série de light novel Clube de Literatura Clássica (Koten-bu). A light novel é de autoria de Honobu Yonezawa; uma adaptação em mangá foi feita por Task Ohna. A história de Hyouka começa quando Oreki Hotaro se junta ao Clube de Literatura Clássica, a pedido de sua irmã mais velha, para impedi-lo de ser fechado. Junto com Chitanda Eru, Fukube Satoshi e Ibara Mayaka, os demais membros do clube, Oreki começa a investigar um caso que ocorreu a 45 anos envolvendo o tio de Chitanda. As pistas do mistério encontram-se em uma antologia chamada Hyouka criada pelos antigos membros do Clube de Literatura Clássica. A partir de então os quatro membros começam a resolver casos que ocorrem dentro e fora da escola.

   Quando eu vi que Hyouka era um anime de mistério, sem ler a sinopse, eu juro que pensei em uma coisa mais Another. Depois que eu li a sinopse eu pensei: okay, casos a serem resolvidos, okay. Entretanto, depois de assistir, eu só posso dizer que é bem mais do que isso. Existe um outro panorama geral por trás de toda a história e é isso que torna tudo tão interessante. Eu admito que até o episódio três o anime é meio paradinho, mas depois ele vai ficando muito viciante. A evolução da narrativa e dos personagens é algo muito legal de se ver. Hyouka é.... ai, gente, Hyouka é amor!

   Eu preciso falar sobre o quanto Hyouka me fez relembrar Sherlock Holmes, mas para fazer isso eu preciso falar sobre os personagens. Então vamos lá. O Clube de Literatura Clássica é composto por quatro membros: Oreki, Chitanda, Fukube e Ibara. O primeiro deles, Oreki, é um típico preguiçoso. Mas não aqueles preguiçosos vagabundos, aqueles preguiçosos super inteligentes que só não fazem as coisas porque acham que elas dão trabalho. Resumindo: o Oreki é tipo o Shikamaru. A primeira impressão que eu tive do Oreki foi: "Ai meu Desu, Shikamaru é você? Alguém traz o shogi, por favor?!" O lema da vida do Oreki é o seguinte "Só faço o que tenho de fazer, e o que tenho de fazer faço rápido!" Oreki é o típico personagem que não gasta energia desnecessária, se ele pode evitar fazer alguma coisa ele evita, simples. Um preguiçoso de marca maior, sim, mas um preguiçoso genial. Senhoras, senhores, Oreki Hentaro é Sherlock Holmes! Okay, okay, ele não é exatamente Sherlock, mas ele me lembra o Sherlock as vezes. Quando Oreki coloca sua mente para funcionar coisas extraordinárias acontecem. Ele percebe coisas que nenhuma outra pessoa é capaz de perceber, deduz coisas que nenhuma outra pessoa é capaz de deduzir e todos, todos ficam abismados com essa capacidade. Oreki insiste que é só sorte, mas não é sorte não, é talento mesmo. Oreki é investigador nato. E em alguns momentos ele até me lembra o Sherlock, o da série da BBC, sabem? Até que é um pouco semelhante. Bem, existe outra coisa sobre o Oreki, ele é incapaz de ignorar um pedido e, mais precisamente, a curiosidade de Chitanda Eru. Para ele, ela é uma pessoa que não pode ser ignorada, nunca. Sempre que Chitanda fica curiosa sobre algo ele se vê numa quase obrigação de descobrir o mistério.

   E por falar em Chitanda Eru, a presidente do Clube de Literatura Clássica é uma fofa. Herdeira de uma das famílias mais famosas e ricas da cidade, Chitanda é uma das melhores alunas do colégio. Ela se sai muito bem nos exames. Entretanto, quando o assunto são os mistérios ela depende da capacidade de raciocínio de Oreki. Eru é muito curiosa e quando ela fica curiosa os olhos dela ficam maiores e mais brilhantes e ela diz a clássica frase: "Não consigo parar de pensar nisso!" Ao proferir tais palavras Chitanda ganha Oreki fácil, fácil. Ela é uma linda, sério, uma fofa. Dizem que ela é meio irritante, mas eu não acho; a Chitanda é um amor, gente.

   O terceiro membro do Clube de Literatura Clássica é Fukube Satoshi. Inicialmente ele é o primeiro e único amigo de Oreki. Satoshi tem uma memória impressionante e se refere a ela como "Banco de Dados". Ele gosta dos livros de Sherlock Holmes e têm uma certa inveja de Oreki por conta de sua capacidade de raciocínio. Satoshi é o mais engraçado dos quatro, ele verdadeiramente parece ser uma pessoa bem leve, embora, conforme o anime vai se desenrolando se perceba que Satoshi não é tão leve assim. Fukube se obceca com facilidade pelas coisas, pois é. Fukube tem uma admiradora nada secreta, Ibara Mayaka.

   Ibara é o quarto e último membro do Clube de Literatura. Ela é apaixonada por Satoshi desde o fundamental e, inicialmente, não se dá muito bem com Oreki. Entretanto, conforme ambos vão se aproximando de Chitanda o relacionamento entre eles melhora bastante. Ibara gosta de desenhar mangás e por conta disso é membro do Clube de Mangá do colégio.

   Voltando a um panorama mais geral do anime, eu posso dizer que gostei bastante, mesmo. Principalmente nas partes em que citavam as obras do Holmes, sério. É que eu ando lendo Holmes então estou meio in love com ele e tudo o mais. Olhando o anime de uma perspectiva mais "técnica" preciso ressaltar as openings e os endings. As duas openings são muito boas, a segunda é perfeita e exemplifica muito bem a relação do Oreki com a Chitanda e a mudança que se opera nele por conta dessa relação. Quanto aos endings, o primeiro é meio "vamos fazer fanservice" e o segundo é bem "okay, vamos fazer algo engraçadinho e bonitinho". O segundo ending é uma graça, com mais relações a Holmes e aos clássicos livros e filmes de mistério, um amor só.


   Eu gostei muito mais de Hyouka do eu pensei que fosse gostar. O anime me surpreendeu e me surpreendeu para melhor. Eu nunca tinha assistido um anime de mistério com essa pegada; não um anime de mistério e vida escolar. Eu já tinha assistido outros animes de detetives, ou animes de mistério que acabavam se somando a elementos do horror, mas mistério, assim, de Holmes foi a primeira vez. Portanto, se as suas férias ainda estão em voga, deem uma conferidinha em Hyouka, pode ser uma experiência bem interessante. Afinal, quando o assunto é animes de mistério é sempre impossível parar de pensar neles!

Resenha: Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de


   E eu assisti mais um anime de nome grande e difícil de decorar a um primeiro olhar!  O anime da vez é Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de um slice of life com harém que me divertiu bastante nas terças-feiras. 

   Adaptado a partir de uma light novel de mesmo nome, Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de conta a história de um clube de literatura que, de uma hora para outra, desperta poderes extraordinários. Entretanto, apesar de possuírem tais poderes, os membros não são jogados em nenhum novo mundo, nem incluídos em um jogo de sobrevivência... a vida deles continua, exatamente, igual.

    Quando eu vi essa sinopse, a única coisa que passou pela minha cabeça foi: preciso, muito, assistir esse anime! E eu não me arrependo nenhum pouco de ter entrando nessa. Inou Battle é hilário, mas as vezes sério, Inou Battle é tão... Inou Battle! Os membros de um clube de literatura, do nada, ganham poderes místicos sem terem a menor ideia do porquê, mas eles continuam indo para a escola e se preocupando com coisas comuns enquanto esperam o dia em que terão de utilizar seus poderes... basicamente, é a vida que eu desejava quando estava no colegial! Foi uma empatia, assim, direta. E depois de assistir acho que estou um pouco apaixonada. Sério, essa parte do enredo é tipo a materialização do sonho mais surreal da minha vida!

   Quando falamos de Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de, não podemos deixar de falar dos cinco membros do clube de literatura. O primeiro, mais importante e mais apaixonante membro do clube é Andou Jurai; único garoto do clube de literatura, Andou é um típico chuunibyou. Apesar de estar no colegial, o garoto não abandonou sua síndrome da oitava série e, acho que essa é a coisa mais atraente nele como personagem. Andou não tem vergonha de ser quem é, ou gostar das coisas que gosta, isso sem contar que ele é um fofo e o mais animado de todos por ter recebido seu poder, o incrível, Dark and Dark. Andou é quem cria os nomes dos poderes de todos os outros membros e sua seriedade ao entrar no que poderíamos chamar de "modo chuunibyou", é fantástica. Não sei se já perceberam, mas o Andou é o meu favorito, estou muito apaixonada por ele, desculpem!

    Além de Andou, temos, então, Kanzaki Tomoyo, uma garota ruiva e meio estressada que vive em pé de guerra com Andou. Ela faz Andou sair do "modo chuunibyou" da melhor maneira possível, na porrada! Eu acho que ela tem umas características de tsundere, porque ela consegue ser bem fofa quando quer.... Muita gente reclamou da Tomoyo dizendo que ela era chata, irritante ou folgada, mas eu acho ela bem legal. A Tomoyo é bem importante, digamos.

   Se Tomoyo tem uma personalidade, digamos, explosiva, Kushikawa Hatoko, é a pureza e fofura em pessoa. Amiga de infância de Andou, Hatoko é aquela personagem linda, fofa, maravilhosa e quase lerdinha em alguns pontos. Eu digo que ela é lerdinha em alguns pontos, porque a Hatoko não é burra, na verdade ela é bem inteligente, ela só não entende muito sobre as coisas chuuni que o Jurai costumava falar. Hatoko é aquela personagem maravilhosa que cozinha como ninguém. Ela me ganhou, a Hatoko; no começo eu não estava nem aí para ela, mas ela me ganhou de verdade!

   O quarto membro do clube de literatura é Takanashi Sayumi. Presidente do clube e muito exigente consigo mesma, Sayumi é o modelo de seriedade do clube. De todos os cinco, Sayumi é a única que pensa e pondera as coisas, de fato, embora ela seja um pouco mais "apagadinha" que os outros. A Sayumi é.... bem perfeita, eu diria. Inteligente, séria, adulta, boa aluna.... É, bem perfeita mesmo.

   Por último, temos o quinto membro, o melhor de todos, o mais fofo, o mais fantástico.... Nem só de estudantes do colegial é feito o clube de literatura, afinal, não podemos nunca nos esquecer de Himeki Chifuyu, uma garotinha do fundamental. Sim, a Chifuyu deve ter uns sete ou oito anos, eu não lembro o número exato, e é sobrinha de uma das professoras que trabalham no colégio. Por conta disso, ela costumava ir brincar no clube de literatura, acabando por se tornar um membro do clube. Bom, dizer que ela foi lá para brincar seria mentira, afinal, Chifuyu é uma criança muito séria e inteligente e.... fofa! Deus, como ela é fofa, incrivelmente fofa, maravilhosamente fofa... Chifuyu é a fofura em pessoa! Dá tanta vontade de apertar...

   Como sempre, não vou falar dos outros personagens porque eles vão aparecendo ao longo da trama e se eu falar vou dar spoiler.... Voltando, vocês devem estar se perguntando cadê o harém do anime, certo? Então, aqui vai uma coisa óbvia que demora alguns episódios para se ter a confirmação: everybody loves Andou! Sim, senhoras e senhores, todos os membros do clube de literatura são apaixonadas por Andou Jurai, e sim, isso incluí a Chifuyu. Entretanto, apesar de ser harém, não é aqueles forçados cheios de ecchi em todos os episódios que dá raiva em todo mundo.... É uma coisa mais focada nos sentimentos em si; é até que bonitinho e meio triste quase, pois é....

   Enfim, o saldo final de Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de é.... não tenho palavras para descrever. Foi um dos meus favoritos dessa temporada, acho, por incrível que pareça. Eu gosto bastante de animes de vida escolar, embora as vezes eles destruam meu coração. A proposta de uma história onde os personagens após receberem poderes continuam vivendo vidas comuns é algo muito fantástico. Se eu encontrasse o criador da light novel eu o abraçaria, porque a ideia dele é muito boa. Portanto, para todos aqueles que possuem um lado quase chuuni ou para aqueles que só querem dar umas boas risadas e conferir uma narrativa um tanto diferente, assistam Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de. Aos que já assistiram me digam: o que acharam? Tão torcendo para quem? E os shippers, muito confusos? Inou Battle wa Nichijou-kei no Naka de, afinal, não é só porque você ganhou poderes que sua vida vai mudar drasticamente, né?