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Resenha: Denpa Kyoushi


E o anime da vez é: Denpa Kyoushi! Com estreia em Abril de 2015, o anime foi 2-cour e contou com 24 episódios. A história gira em torno de Kagami Junichirou, um otaku que vive um estilo de vida denominado por ele mesmo de “QF”, ele só “faz o que quer”. Entretanto, sua irmã mais nova, cansada de vê-lo trancado em casa e de sustentar seus vícios o obriga a aceitar um emprego como professor do ensino médio. A partir daí Kagami interage com seus alunos enquanto descobre o verdadeiro significado de ser um professor.


Denpa Kyoushi é um anime do qual eu tenho uma certa dificuldade de falar. No começo eu gostava bastante, porém, meio que na metade eu comecei a ficar meio entediada, só que o final eu acabei gostando. Acho que foi um anime bom. Ele não é tão engraçado quanto parece, mas é um humor aceitável. Dá pra se divertir. É o tipo de anime pra assistir sem se preocupar, sem pensar muito... Embora, eu arriscaria dizer que, baseado em algumas cenas, através dele dá pra se pensar um pouco no modelo educacional das nossas escolas. E quando eu digo nossas não tô falando só daqui, tô falando do modelo de educação mundial mesmo.

Quanto aos personagens, acho que eles eram bem legais. Na verdade, eles eram meio caricatos, mas tiveram sacadas muito boas. Uma coisa que é bem legal na construção da história e tudo o mais é que o Kagami sempre dá um apelido pras pessoas que aparecem na vida dele. E o apelido sempre remete à alguma coisa do universo da cultura pop japonesa. Mas uma coisa que eu achei bacana mesmo, foi a existência de um personagem trans, por assim dizer. Eu nunca tinha lido nem assistido nada que tivesse um personagem assim nem que tratasse do tema nem mesmo na esfera mais básica, então achei bem legal a existência dessa personagem.

Outro ponto positivo do anime é a construção e evolução do Kagami. Ele é um cara muito legal. O Kagami é aquele protagonista bem boa praça, mas ao mesmo tempo ele é engraçado e meio louco. E a maneira como ele meio que se inspira nos mangás e nos animes que assiste pra dar lições aos seus alunos e coisas do tipo é bem legal. Ele verdadeiramente tira algo daquilo tudo! Isso é bem louco, muitas vezes a gente deixa muita coisa passar. Também é muito bom como, aos poucos, ele vai descobrindo afinal o que é e quem é “Kagami Junichirou, o professor”. E o discurso dele no último episódio é algo a ser discutido e analisado. Mas não vou falar pra não dar spoiler.


Em questão de animação não foi nada muito espetacular. Trilha sonora também não me tocou muito não. Porém, não tem ecchi nem fanservice exagerados, e não é harém, é humor mesmo! Resumindo: Denpa Kyoushi é um anime divertido e engraçado. Não foi o melhor anime da temporada passada, nem dessa que acabou, mas foi uma experiência legal. Pra quem gosta de animes de humor sem todo aquele ecchi e harém é uma boa pedida. 

Resenha: Charlotte


   Produzido pelos estúdios P.A. Works e Aniplex, Charlotte é mais uma série da autoria de Jun Maeda. A história se passa em uma realidade alternativa onde uma pequena porcentagem de crianças, ao atingir a puberdade, começam a manifestar estranhos poderes. O enredo gira em torno dos membros do conselho estudantil da Academia Hoshinoumi, encarregados de encontrar os adolescentes que, assim como eles, despertaram poderes. Otosaka Yuu utiliza seu poder em seu quotidiano vivendo normalmente até conhecer Tomori Nao. Agora, o destino dos usuários de poderes será exposto. 

    Quando eu li a sinopse de Charlotte eu fiquei muito em dúvida se acompanharia ou não. Eu achei o visual da obra, os desenhos em si, muito bonito e como era algo do Maeda, mesmo autor de Angel Beats, resolvi dar uma chance. Durante toda a temporada, oscilei bastante em minha opinião sobre Charlotte, assim como, acredito eu, muita gente. No começo eu me lembro de grande parte das pessoas dizerem que ia ser "igual Angel Beats". Depois começaram a falar que seria "pior que Angel Beats". Mas então, aconteceram algumas coisas e todo mundo ficou num baita hype clamando que seria "melhor que Angel Beats". Porém, aconteceram mais outras coisas e todo mundo decretou "vai ser pior que Angel Beats". Eu não sei quanto a Angel Beats, porque tenho um carinho muito grande por essa série por motivos bem pessoais, mas Charlotte podia ter sido melhor. Não foi ruim, mas podia ter sido mais legal.

    Falando sério, a obra tinha muito potencial. Charlotte podia ter sido desenvolvido de uma maneira bem diferente e mais completa. Teve muita "enrolação" durante a primeira metade do anime, então, na segunda metade as coisas meio que aconteceram rápido demais. Ouvi algumas pessoas dizendo que o mesmo ocorre com Angel Beats (e de fato tem alguns episódios com um desenrolar meio confuso), mas em Charlotte eu senti mesmo isso. O último episódio da série poderia ter se desenrolado em outros episódios. Se os fatos que aconteceram nos dois últimos episódios tivessem ocorrido um pouco antes, poderiam ter sido trabalhadas muitas situações. O último episódio acabou ficando bem corrido.... Porém, vou me confessar: a Tomori me ganhou no episódio e eu chorei.

    Mais uma vez, queria deixar claro que eu não acho que Charlotte foi ruim, ele foi mediano, mas eu queria que ele tivesse sido mais legal. Até o episódio 10 ou 11, Charlotte era meu anime favorito da temporada. Mas aí ele deu umas deslizadas e isso me entristeceu um pouco. Obviamente, nem tudo são só críticas, o visual e a trilha sonora foram bem feitos. Na verdade, eu diria que a trilha sonora é muito boa. A abertura tem um clima muito legal e abanda fictícia Zhiend deu um super up na obra. Eu assumo que fiquei ouvindo a trilha sonora de Charlotte por horas a fio. Eu gostei de assistir a série, mas o enredo podia ter sido trabalhado de uma forma um pouco mais satisfatória.

    Com relação aos personagens, acho que não tenho do que reclamar. Mais uma vez eu fui totalmente convencida e ganha pelos protagonistas. A Tomori me conquistou com facilidade e, ao longo do desenrolar dos fatos, o Yuu ganhou meu coração também. A Yusarin e o Takajou foram dois escapes cômicos muito bons. A irmãzinha do Yuu, Ayumi é uma coisa absurdamente fofa, e irritante, e fofa.... Não consigo decidir se quero morde-la ou mandá-la calar a boca, porém aposto mais na primeira opção.


   Enfim, num saldo total: Charlotte tinha um visual bonito, personagens legais e uma trilha sonora boa. A premissa era bem interessante, porém o desenrolar do enredo deixou um pouco a desejar. Ainda assim eu gostei de assistir e teve um final bonitinho. Foi um anime mediano, embora tivesse potencial para ser um pouco mais. "Charlottão" não foi tudo que eu esperava, mas ficou uma trilha sonora bem bonitinha para a gente ouvir e se encher de feels.

Resenha: Kyoukai no Rinne


   Tendo estreado na temporada de abril de 2015, Kyoukai no Rinne, é uma adaptação do mangá de mesmo nome de autoria de Rumiko Takahashi. A história gira em torno de Mamiya Sakura, uma garota que após um incidente na infância tornou-se capaz de ver espíritos e seu colega de classe, Rokudou Rinne, metade humano e metade shinigami que têm como tarefa ajudar os espíritos a encontrarem o caminho para a roda de samsara e assim, renascerem. O anime é 2-cour e conta com 25 episódios. 

    Só para começar, o negócio é da Rumiko Takahashi, mesma autora de InuYasha e Ranma 1/2, ou seja, já dá para esperar boa coisa de Rinne. Apesar de ter visto algumas pessoas reclamando, o anime não me decepcionou em nada. É engraçado, divertido, leve.... Tem aquele clima, aquela assinatura da Rumiko sabe? Aquela coisa de ter comédia, romance e coisas meio wtfs, tudo combinado.

    Os personagens, como sempre, são muito engraçados e carismáticos. Uma coisa que eu gosto bastante em Rinne é que, por ele ser mais comédia, até mesmo os vilões são cômicos. Na prévia você o cara todo sério e tudo o mais e aí você pensa "Nossa, agora vai dar ruim", mas no episódio seguinte você acaba sentado rindo.  A comicidade da coisa parte dos protagonistas e vai se alastrando para todo mundo...

    A Sakura, ela é incrível. Sabe aquelas pessoas que são duzentos por certo nem aí para um monte de coisa? A Sakura é assim. Ela, na maioria das vezes, não está irritada, com raiva, com ciúmes.... Ela só está lá com aquela cara dela.... Aquela cara de nada. É muito bom! E é muito legal ela ser assim, ela tem tantas expressões quanto a garota do Crepúsculo!

    O Rinne... O Rinne é pobre, ele não tem dinheiro para nada, ele chora sangue para comprar um refrigerante na lojinha da esquina... E, a condição financeira dele é muito legal para a construção de um determinado detalhe do enredo.

    Como coadjuvantes mais frequentes, temos o Tsubasa, a Ageha e o Rokumon. O primeiro é um garoto filho de "exorcistas", que taca cinza benta em todo espírito maligno que vê. A segunda, uma shinigami bem escandalosa. E o terceiro um gato. Como sempre, um personagem que deveria ser "só um mascote" marca presença na história.

    Uma coisa que eu achei muito interessante e muito legal foram os itens shinigamis. As ferramentas que os shinigamis usam para purificar e derrotar os espíritos são sempre compradas ou alugadas e a forma que isso é apresentado é muito engraçada. Isso sem contar que, como o Rinne é pobre, ele chora sangue toda vez que precisa adquirir um item novo. E eu não estou brincando, ele chora sangue mesmo!


    Enfim, Kyoukai no Rinne foi um anime muito divertido. A animação pode não ter sido cem por cento, mas a trilha sonora estava boa. Pelo menos a primeira abertura, embora eu tenha um tombo e tanto pelo segundo encerramento. E, pausa dramática, já tem segunda temporada confirmada para o ano que vem. Então, pode vir 2016, que eu quero mais Sakura, mais Rinne e mais risadas, por favor!

Mulheres se odeiam, certo?!

E o Filosofando Nada está de volta. Como sempre, o texto a seguir não tem nenhum objetivo concreto e são apenas pensamentos e questões que perpassaram minha mente. Antes de mais nada gostaria de dizer que nesse texto não vou me aprofundar em questões sobre feminismo e suas correntes nem nada do tipo porque acho que ainda preciso estudar muito sobre o assunto antes de falar profundamente dele, o que eu quero tratar é um assunto mais abrangente do que a conotação negativa ou positiva que a palavra “feminismo” é capaz de acarretar. Porém, antes que alguém me pergunte, sim, eu posso dizer que me considero feminista. Se alguém quiser saber o porquê têm uma explicação bem rápida nesse vídeo da Gabbie Fadel e nesse da Lully, acho que elas explicam a ideia geral que eu sempre concebi de feminismo de uma maneira bem didática.

O que eu queria mesmo falar hoje é sobre uma coisa que já venho reparando a um tempo, mas que recentemente acabou saltando aos meus olhos. Percebi, e isso me deixou bem triste, que, infelizmente, as mulheres têm uma capacidade muito grande de “odiarem” ou “desgostarem” uma das outras muito mais do que os homens. Isso pode parecer mentira, mas não é, querem ver só?

Quando, num relacionamento heterossexual e monogâmico, a mulher é traída a culpa é sempre da amante, que é taxada de vadia, ou da própria mulher traída, mas nem sempre atribuem a devida culpa ao homem. Okay, você pode dizer que hoje em dia não é mais tão assim. Verdade, graças a Deus hoje em dia vivemos num mundo que homem não tá liberado pra trair a esposa ou namorada, amém, porém em algumas situações, vindo de algumas pessoas mais conservadoras, não acho a culpa tão bem distribuída assim. Não quero entrar no assunto traição porque isso geraria um outro texto e tudo mais, porém, numa situação dessas, o homem e a amante têm EXATAMENTE, A MESMA QUANTIDADE, de culpa. Não têm colher de chá pra nenhum dos dois lados não. Não importa quem deu o primeiro passo pro troço acontecer, a culpa é dos dois, tão errados os dois. A mina tá errada em sair com homem comprometido, o cara tá errado em ser comprometido e sair com outra mina, e a mulher que foi traída não tem culpa nenhuma porque nada justifica, fim. Graças a Madoka faz muito tempo que eu não ouço o famoso “ele traiu porque a esposa não soube segurar o marido”, porque, francamente, sei que ainda rola uns pensamentos desses e cruzes! Porém, eu NUNCA vi, ninguém falar que “ELA traiu porque o MARIDO não soube segurar a ESPOSA”, nunca. Se uma mulher traí ela é a errada da história e fim. E o louco é que O amante nem sempre é colocado na roleta da culpa embora ele esteja errado também.

Tá, tudo bem, você pode me dizer assim: mas, Andreza, o exemplo que você usou aí em cima, hoje em dia, é um caso raro. Hoje todo mundo culpa a pessoa que traiu independente do sexo. Sim, argumento válido, o caso que eu citei é exceção sim, mas o caso que eu vou falar agora não é exceção!

Todo mundo, alguma vez na vida, sofreu o famoso amor não correspondido que, atualmente, se tornou a famosa “friendzone”. Seja homem, seja mulher, todo mundo já passou ou vai passar por uma dessas, sério. Porém, uma coisa que sempre aconteceu, e isso desde os meus tempo de colégio, é o seguinte: a fulana gosta do fulano; o fulano não gosta da fulana (ele pode ser um babaca que dá em cima pra causar discórdia ou pode ser um cara legal, tanto faz); então, o fulano é amigo de uma cicrana ou começa a namorar com uma beltrana; a cicrana ou beltrana da situação não é amiga da fulana, não sabe que a fulana gosta do fulano, em suma, ela não tem culpa da fulana gostar do fulano e o fulano não corresponder, mas, ela vai ser odiada! E eu não tô falando de sentir ciúmes, porque isso é normal, é perfeitamente aceitável, mas ela vai ser chamada de quenga, vadia e escambau!  


















    MAS MANO, ELA NÃO TEM CULPA DO BOY NÃO TE DAR VALOR, MIGA, SÉRIO. Eu achava que isso não acontecia sempre, MAS ACONTECE! E sabe como eu percebi que acontece? LITERATURA, BITCHES! Vocês já repararam como TODO MUNDO odeia a Cho Chang? Mas, a maioria das pessoas que não gostam dela, não deixam de gostar dela pela personalidade da personagem (embora ela seja bem sem sal) mas sim PORQUE ELA TIROU O BV DO HARRY! Aí todo mundo chama ela de puta e de vadia e tal. E eu não vou nem entrar no assunto de chamarem a Gina de quenga porque ela teve dois, fucking, namorados antes do Harry... Voltando. Vamos relembrar a historinha de amor romântico que percorre Harry Potter? Vamos! A Cho não conhecia a Gina, ela não falava com a Gina, ela não era amiga da Gina, ela não tava furando os olhos da Gina, o Harry que gostava dela desde HP3 então, porque cargas d’água, A CHINESA É CHAMADA DE QUENGA ASIÁTICA MESMO? Ah, porque ela teve um pseudo-namoro com aquele retardado, magricela, ocludo do Harry Potter que demorou seis, fucking, livros pra notar a existência da Gina! A mesma coisa acontece com a Lilá. Todo mundo odeia ela porque ela namorou o Rony, mas, gente, o menino era livre e desimpedido, ela também, qual é o problema? E O RONY AINDA SACANEOU ELA NO FINAL! Nunca vou engolir a covardia dele de não ter terminado com ela devidamente, sério. Tudo bem que ela era melosa e grudenta, mas a Lilá merecia mais consideração, sério.

Mas, aí você diz: poxa, Andreza, tu já leu HP faz tempo, tem de levantar essa questão agora? Tem! Tem porque eu (MOMENTO CONFISSÃO) escrevi uma fanfic nas férias. Era hinny shipper, era clichê e bobinha, no final foi bem ruim, mas me diverti. Enfim, nessa história eu inseri uma personagem que eu mesma criei, ela chamava Mari. O protagonista da fanfic teve uma crush na Mari, a Mari correspondeu a crush dele, E GERAL DAS LEITORAS CHAMARAM ELA DE VADIA POR ISSO! Porém, a Mari não era uma vilã. Ela não era egoísta, soberba, não maltratava a mocinha, não armava pra separar o casal, ela nem sabia que a mocinha existia e ela foi odiada e xingada SÓ porque O protagonista tinha uma crush nela. Se, ao invés do protagonista ter uma crush nela, ela fosse outra personagem secundária aleatória, ninguém ia ter nada contra. Vocês percebem como isso é insano ou só eu?

A partir disso eu comecei a pensar que talvez, só talvez, nós mulheres sejamos induzidas a nos odiarmos. A sociedade, a mídia, a família tradicional brasileira (oi?), whatever, joga, constantemente, uma mulher contra a outra. A gente tem de se arrumar pra ficar MAIS BONITA PRA OUTRA TER INVEJA, e não PRA EU ME OLHAR NO ESPELHO E ME ACHAR MAIS BONITA! As divas pop são sempre colocadas umas contra as outras: quem tem a melhor voz, o melhor cabelo, a mais bonita, o melhor peito, a melhor bunda... A quantidade de votações online pra decidir isso é imensa, mas eu quase nunca vejo fazerem isso com relação aos homens. A quantidade de intrigas que os tabloides criam entre nomes como Taylor Swift e Ariana Grande é muito maior do que entre Justine Bieber e Joe Jonas. É como se houvesse uma pressão para que as mulheres competisse por tudo: roupa, cabelo, maquiagem, beleza e HOMEM! Já ouvi várias vezes pessoas dizendo que as mulheres, em suma, se odeiam. Eu já morei numa casa com mais um bando de mulher e sempre que nós dizíamos o quanto nos amávamos e nos dávamos bem ninguém acreditava. "Sério que vocês se dão bem? Sério que vocês não se odeiam? Vocês não se mataram ainda? Como?", era esse o tipo de coisa que eu costumava ouvir. 

Mas tem de ser assim? É assim? A gente acha mesmo essas coisas todas, essas competições todas, tão importantes? Em contrapartida, sinto que os homens são mais induzidos a serem companheiros uns dos outros. ELES SÃO INDUZIDOS ATÉ A ACOBERTAREM AS COISAS ERRADAS QUE UM E OUTRO FAZEM! Tá, tudo bem, isso não é regra, nenhum dos casos acima citados são regra, e as coisas estão mesmo mudando, espero, mas... Vocês entendem como é assustador o fato? Como nós somos induzidas a isso?

Se o seu namorado te traiu, a culpa não só da outra mina que “é uma vadia”, é dele também. É delE e é delA. Se o cara que você gosta arranjou uma namorada, que não era sua amiga e tá te dando facada nas costas, ela não é puta, nem tem culpa de nada. O cara simplesmente não gosta de você, assim você também não gosta de outros caras. Tudo bem sentir ciúmes, sério, qualquer um sentiria, mas você não precisa odiar a garota assim, de graça. E não tá liberado odiar as personagens da literatura ou dos animus pelo mesmo motivo. Enfim, não vale a pena odiar ninguém gratuitamente. Também não tá liberado odiar o OUTRO CARA só porque A MINA QUE TU GOSTA não tá nem aí pra você e GOSTA dele. Nem sempre ele é um babaca, okay? (Achei importante acrescentar essa última frase).

Em suma, nós, mulheres, não devíamos nos odiar gratuitamente por nenhuma espécie de conceito, imposição, ou construção social ou cultural. A gente não precisa competir o tempo todo, muito pelo contrário, nós devíamos nos unir, certo? E os homens também não devem odiar uns aos outros. Nem os homens e as mulheres deveriam se odiar mutuamente. Ninguém deveria se odiar de graça. Tem tanto amor por aí, o que tá faltando mesmo (e não é de hoje não) é amar!