Depois de um
leve sumiço, enfim eu retorno a esse blog (nossa quanto drama,Andreza). Dessa
vez o assunto é ninguém mais ninguém menos que o livro Viagens na Minha Terra
do Almeida Gerrett.
Não, vocês
não leram errado, eu estou falando do Viagens na Minha Terra, aquele livro que
vai cair no vestibular, ele mesmo, e é exatamente sobre ele que eu vou
resenhar. Ok vamos lá.
De autoria de
Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra é um livro pertencente ao romantismo
que fala, bom, é meio difícil dizer ao certo sobre o que ele fala, basicamente,
é sobre a guerra civil de Portugal, aquela que acontece depois que D.Pedro I
volta pra sua saudosa terrinha.
Inicialmente
o livro é bem chato, um porre pra falar a verdade. Ele fala sim sobre a guerra
civil, mas ele não conta as história que acontecem no meio da guerra, e sim uma
visão de fora e é uma enrolação. O primeiro capítulo custa a ser lido, e olha,
já vou avisando, a menos que você saiba ao menos um tiquinho sobre a guerra
civil de Portugal ou leia verdadeiramente com muita atenção, você não entenderá
nada dos primeiros dez capítulos do livro.
Eu comecei a
ler o livro uma vez e abandonei, era chato, monótono, eu não entendia lhufas do
que estava escrito e as divagações do autor, tão presentes na obra, em nada
ajudavam. Por fim, como ia ter aula livro sobre a obra no cursinho que eu faço,
voltei a ler o livro, prestei mais atenção e consegui entender mais ou menos o
contexto do livro.
Uma vez que
você se habitua à narrativa do Almeida Garrett fica bem mais fácil de você
compreender a história, e você até acaba gostando de algumas partes dela, ao
menos comigo foi assim. Conforme você vai lendo, vai percebendo que é comum o
autor dar umas "brisadas" no meio do livro e se acostuma a ler um
punhado de palavras, ou até mesmo um capítulo inteiro, que no fim das contas,
não avançou nem dois passos da narrativa.
A parte
gloriosa do livro, a parte que interessa, a verdadeira história, o verdadeiro
romance, aparece mais ou menos na metade do livro e conta a história de
Joaninha, uma menina jovem e pura que mora com a avó cega. Essa é a parte da
história que você vai ler mais rápido e entender melhor, sendo também a parte
que você lerá mais rápido.
A obra em si
é cheia de críticas sejam elas sociais, filosóficas, literárias ou qualquer
coisa do gênero. Na verdade, grande parte das divagações do autor são a
expressão dessas críticas, são essas as partes que as vezes faz com que você
não entenda nada, mas que quando você entende, você pensa: puxa, não é que ele
pode estar certo?
O saldo total
a respeito do livro é o seguinte: é complicado ler ele, mas depois que você
acostuma com a narrativa não dói e nem arranca pedaço. Se você vai prestar os
vestibulares, USP ou Unicamp, já sabe que têm de lê-lo, então, pare de enrolar
e leia! Preste atenção no que está lendo, seja mais forte do que o sono,
respire fundo e relaxe, não odeie o livro, ele não fez nada de mau à você,
exceto, talvez impedir que você leia um outro livro mais legal... Enfim tente
se lembrar da guerra civil portuguesa, leia um pouco sobre o assunto, tome
força, folego, coragem e leia. Não vai doer, não muito, e bom, o que a gente
não faz pelo vestibular não é mesmo?
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