
A história gira em torno de Saikawa Souhei, que vai para uma ilha junto
com o seu grupo de pesquisa e Nishinosono Moe, filha de seu mentor. Lá eles
encontram um cadáver e trabalham juntos para resolver o mistério. Olhando assim
o enredo parece bem simples, porém, para falar sobre todas as minhas impressões
do anime vou ter de revelar algumas coisas sobre a trama.
Inicialmente, assistir Subete ga F ni Naru me pareceu uma boa ideia. A
sinopse me chamou a atenção por ser um mistério. Eu costumo gostar de mistérios.
Porém, depois de onze episódios, ainda estou pesando a quão satisfeita estou.
A série possuí personagens interessantes. O Saiwaka é um personagem
interessante, a Nishinosono é alguém importante e Magata é o grande mistério. A
Magata não é só parte importante da trama por ser ela o corpo a ser encontrado
por Saikawa e Moe. Na verdade, "ser encontrado" não define muito bem
o que aconteceu. O corpo de Magata foi meio que exposto. Ele aparece sem os
membros, num vestido de noiva, em cima de um carrinho. E, logo em seguida, o
tio de Magata que havia acabado de chegar à ilha trazendo a irmã mais nova da
cientista, também é assassinado.
O mistério poderia ter se desenvolvido de uma forma muito boa. A ideia
geral é muito interessante. Magata vivia trancada em seu quarto há quinze anos.
A porta só abria por dentro. Ninguém havia entrado nem saído do quarto. Nenhum
assassino era encontrado. Então, quem tinha matado Magata? Quem tinha matado
seu tio? E como essa pessoa tinha conseguido driblar toda a segurança? A ideia
é boa. O mistério é bom. Porém ele não se desenvolveu tão bem quanto podia, ou
talvez eu só esteja absorvendo tudo o que aconteceu ainda.
O que aconteceu, é uma coisa que ocorre com várias outras histórias,
demoraram demais para desenrolar o mistério. Tudo, bem talvez isso não seja um
ponto tão negativo assim. Poder-se-ia alegar que o ritmo é lento porque visa
muito mais o desenvolvimento do psicológico dos personagens, do que, de fato,
do "mistério central" em si.
Ainda assim, nos primeiros episódios quase nada acontece. Embora, a
ambientação seja algo bem positivo. O clima dos episódios é bom. O clima da
história em si é bom. Porém, mesmo
durante a resolução do enredo não acontece muita coisa, o ritmo, o desenrolar
da história é lento. Embora, como eu disse, isso não seja cem por cento
negativo. Afinal, temos os flashs sobre
a vida de Magata antes de se tornar reclusa na ilha e isso sim é algo
interessante. A construção da Magata é algo interessante. Ela é, de longe, a
personagem mais interessante para mim. Mesmo assim, em alguns momentos, eu
senti que um mistério que dava para ser legal, ficou meio chato. Porque você
não sentia nada ser resolvido, nada de concreto. Claro, que juntar as peças
sobre o passado de Magata era algo interessante, claro que saber mais sobre os
motivos que levaram ela a ser quem é e tentar compreende-la era algo legal. Mas
essa era a parte que eu mais gostava mesmo. Tudo bem, tudo bem, compreender o
passado de Magata era importante para a resolução do mistério todo, mas eu
senti um pouco falta de pistas mais concretas ali, na própria cena do crime.
Okay, eu também poderia dizer que não deixar rastros é bom, porque isso mostra
o quão competente é o assassino. Mas eu não consegui me conectar muito. Na
verdade, eu me conectava e desconectava com a resolução do caso central o tempo
todo. Aparecia a Magata, então, aquele ar dela, aquela ambientação, a tensão no
ar me deixava empolgada. Mas, então, voltávamos para a linha temporal comum da
história e eu meio que dava uma desconectada. Eu me sentia burra, o que era
bom, num mistério, como eu disse, eu quero me sentir burra mesmo. Eu quero
quebrar a cabeça para tentar resolvê-lo. Porém, eu não tinha nada a me apegar.
Eu sentia que nem mesmo personagens tinham ao que se apegar. É como se, nas
investigações, as coisas não acontecessem muito. Então, nos últimos três episódios tudo é
resolvido, as partes se encaixam todas com uma rapidez e você tem a resolução
do caso. É a resolução é boa? Até que é algo plausível e talvez criativo. Acho
que eu gostei. É, eu gostei. Me pareceu meio surreal no começo, foi quase
difícil de aceitar. Mas eu acho que gostei do desfecho das coisas. É inesperada? Pode-se dizer que sim, porque
eu não pensaria naquilo. Sério, eu não pensaria mesmo naquilo. Eu podia pensar
em qualquer coisa, até num espírito assassino. Naquilo não. É emocionante? Não, muito. Até porque no episódio
dez, que é onde as pontas se encaixam mais corretamente, as coisas são bem
enrolativas. Para ser sincera, apesar do fato ocorrido ser algo interessante e
uma resolução criativa, fica um pouco um sentimento de pontas soltas. Fica um
pouco o sentimento de que, em alguns momentos, nada aconteceu. O desfecho é
meio WHA THE FUCK! Mesmo.
Entretanto, apesar desse meu sentimento de dualidade, eu não diria que o
negócio é de todo ruim. Eu não diria que ele é, exatamente, ruim. Não de
verdade. Mas eu fiquei chateada com o
andar das coisas, porque era uma série para qual eu tinha boas expectativas,
embora eu tenha oscilado entre o andar de um episódio e outro. Era uma série da qual eu gostava do visual
dos personagens, uma série com uma trilha sonora boa, uma série cujo título de
todos os capítulos têm relação com cores. Era para ser um quadro pintado aos
pouquinhos. Mas eu não senti muito isso acontecer.
Os personagens também não são nada ruins, sério. A Magata é uma
personagem meio louca, com uns pensamentos meio doidos, ela é um gênio e têm
suas próprias concepções de vida. Na verdade, ela é uma personagem incrível ao
meu ver. Ela é meio insana, yandere, enlouquecida, psicopata.... Acho que eu
poderia fazer um post falando só dela. E outro falando só da oposição entre ela
e a Moe. Porém, apesar disso, eu não me senti tão empolgada para resolver o
mistério com Saikawa e Nishinosono, embora, eu ficasse inegavelmente curiosa.
Afinal, o quarto estava trancado, ele só abria por dentro, não tinha como
alguém entrar lá. Pelo menos a premissa inicial é inegavelmente interessante.
No começo, eu fiquei bem animada, mas depois eu comecei a oscilar as vezes,
mais para o final isso meio que tinha se esvaído. Não por completo, claro, mas
um pouco sim.
Como eu disse, eu não diria que o anime é ruim, gosto do visual dos
personagens, gosto da trilha sonora, gosto da Magata. Só que essas coisas não
foram suficientes para salvar totalmente a série para mim. Depois de tudo ainda
sinto como se faltasse algo. Mesmo com aquele desfecho que me deixou bem
descrente no início. Eu poderia mesmo classificá-lo como original,
surpreendente e criativo, mas o desenvolvimento anterior conseguiu tirar um
pouco do brilho da série para mim.
Em suma, se alguém me perguntasse se Subete ga F ni Naru é legal eu
diria sim é legal. Dá para assistir ele e curtir, sim. Tem uma premissa
interessante, um clima de mistério gostoso, uma personagem muito chamativa, uma
trilha sonora boa, um encerramento e uma abertura que eu considero muito bons.
Enfim, é uma série legal. O lance é que eu sinto que não podia dizer muito mais
que isso. Não foi espetacular, não foi
incrível, não alcançou as expectativas, faltou alguma coisa, creio. Entretanto, pra quem gosta de mistério talvez
seja interessante dar uma conferida só pela Magata e a resolução final mesmo.
Que são de fato interessantes. Algumas pessoas disseram que o título do anime
devia dizer Subete ga N ni Naru, porque tudo se torna NADA. Olhando pelo lado
do ritmo lento de desenvolvimento de algumas coisas, eu concordo. Vendo de
outra forma, poderíamos dizer que tudo se torna WHAT THE FUCK, MAGATA?! Enfim,
resumindo. A série foi legal, ao mesmo tempo que um lado meu gostou de certas
coisas, outro ficou meio insatisfeito com outras. Acho que esse é o saldo final
mesmo, para mim, tudo se tornou esse sentimento de dualidade.
Depois que li sua resenha, fui correndo (literalmente) ver Subete Ga F ni Naru, e não me arrependi de ter visto. Ele tem uma pitada gostosa de mistério e te prende a história.
ResponderExcluirAgradeço a você, estava tão entediada em casa até ler sua resenha e assistir o anime ♥
Abs! *-*
http://reticencias-infinitas.blogspot.com.br/
Hey, hã, é... Obrigada (?). Nunca pensei que alguém fosse assistir Subete por causa de uma resenha minha, já que eu acho que falei meio mal dele. Mas, enfim, obrigada.
ExcluirResenha detestante, deveria assistir novamente o anime e usar isso que você chama de massa encefálica para entender de fato o contexto filosófico do anime e todo o processo no decorrer.
ResponderExcluirMano na boa ela não tem culpa se tu assistiu ergo proxy varias vezes e veio ler oq ela disse..... KKKKKKK
ExcluirObieniXtremme-Mobile Michelle King https://wakelet.com/wake/DJAcfsD1nfkLGsTbc6RFs
ResponderExcluirdespdifnela
Wcambalsumha_Pittsburgh Jayson Sandell Speedify
ResponderExcluirCamtasia Studio
Reg Organizer
fthehmuncakal
Resenha interessante, realmente achei muito bom, assisti antes de ler a sua resenha e o que vc descreveu foi algo que eu senti tbm, é bom, legal, interessante, mas nada surpreendente, ainda fiquei com algumas duvidas, mas foi satisfatório .
ResponderExcluir