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Resenha: Blood Lad




   E depois de muito enrolar, enfim eu venci a preguiça e vim aqui hoje falar do anime Blood Lad! Se você ainda não ouviu falar, ou não tem ideia da temática do anime se acalme, eu vou explicar. Vamos começar do começo (não, Andreza, vamos começar do fim). Blood Lad é um mangá seinen desenhado por Kodama Yuuki. Desde, mais ou menos, o meio do ano ele têm sido produzido em anime, e o último episódio foi ao ar a umas duas semanas atrás. 

   O anime conta a história de Staz, um vampiro do mundo demônio, e Fuyumi, uma garota humana que vai parar no mundo demônio. Staz é chefe de um território do mundo demônio e vejam só, ele é um otaku, doidinho por tudo que envolve mangás, animes, games e outras coisas humanas e japonesas. Quando a Fuyumi vai pro mundo demônio ela acaba chegando exatamente no território que Staz toma conta,entretanto, a garota morre e se torna um fantasma. A partir daí, Staz decide que vai reviver ela de todo e qualquer jeito.

   Até então Blood Lad tem 10 episódios. O mangá continua sendo produzido, porém o anime acabou. Pra quem já assistiu, o jeito é rezar pra que o anime faça sucesso no Japão e lucre bastante, assim pode ser que tenhamos uma segunda temporada no ano que vem.

   Blood Lad foi o primeiro seinen da minha vida (teve K-ON, mas pra mim esse anime é shoujo porque não posso ver em que um anime com a temática dele interesse a homens) e a experiência foi maravilhosa. O anime é engraçado, não tão retardado quanto os shounens, porém bem engraçado. Tem ecchi, as vezes é uma quantidade até um pouquinho alta, mas é um ecchi que vai mais pro lado cômico do que sexual, então você fica muito ocupado rindo pra se envergonhar com a cena.

   O Staz é uma figura, sério. Ele é gokuísta sabem? Ele é louco pelo Goku e não permite que ninguém fale mal do herói de Dragon Ball Z, então você acaba meio que se identificando com ele nessas partes. O cara é meio frio e grosso, mas ele se torna estranho com relação à Fuyumi, porque nem ele mesmo sabe o que sente por ela, e o porquê exato de querer revivê-la, o que faz com que você fique apostando os motivos e criando suas próprias certezas e teses óbvias.

   É um anime mais pro público masculino, por isso quando você é uma garota e começa a assisti-lo pode ser que você se assuste um pouquinho, mas ele é tão engraçado que com o tempo você se acostuma e para de se importar com as coisas masculinas presentes na trama. Têm alguns personagens fofos, que eu não vou dizer quem são para não dar spoiler.

   Blood Lad é um anime da temporada que merece ser anime da temporada que vêm. Pros meninos eu super recomendo, pras meninas que adoram rir e não se importam em ver um anime mais masculino, eu recomendo também. 10 episódios, dá pra ver rapidinho, em uma semana você assiste, ri e se junta a mim na espera e torcida de uma segunda temporada. Blood Lad, porque quando um vampiro resolve reviver uma humana, nada normal pode acontecer!

Resenha: Ao no Exorcist



   E o anime da vez é Ao no Exorcist! Ao no Exorcist (ou Blue Exorcist no mangá versão ocidental) conta a história de Okumura Rin, um filho de Satã. Não vocês não leram errado o menino é mesmo filho do Capiroto, do Tinhoso, do Coisa Ruim, do Demo. Mas acalmem-se, o Rin não é um louco sanguinário, talvez ele seja um adolescente um tanto problemático mas ele tem um bom coração, embora aparente ser um delinquente juvenil em sua primeira aparição no anime. 

   Rin e sue irmão gêmeo não idêntico, Yukio, foram criados por um padre, um padre exorcista e é ai que tudo começa a ficar legal. Os demônios resolvem que chegou a hora de ir atrás do Rin, que herdou os poderes de Satã, e ai acontece um pandemônio no local onde o Rin mora e a ação enfim toma conta do anime.

   O gênero da história é shounen, então podem esperar lutas, batalhas, fagulhas e muito humor. Tem uns personagens meio retardados, na verdade o Rin é um dos mais retardados e ocorrem umas reviravoltas na história também, tanto que no fim teve uma hora que eu quase senti dó de Satã, mas foram por poucos minutos eu juro.

   O anime é bem viciante, principalmente na reta final e ele não é muito longo, só tem 27 episódios, então você assiste bem rapidinho. O jeito que ele acaba, a cena final, é assim muito legal sabe? Dá uma sensação de "a vida continua" ou algo assim. Não vou falar mais nada se não dou spoiler. Em resumo, o anime é tudo o que falam dele, eu sempre ouvi falar muito bem e não me decepcionei nem um pouco. Te dá uma baita vontade de ser exorcista e sair por ai caçando demônios, então preparem suas cruzes, água benta e versos bíblicos e junte-se a Rin e aos outros para destruir os demônios que assolam nosso mundo!

Resenha: Vidas Secas



   E enfim eu tomei vergonha na cara e vim resenhar Vidas Secas. Eu terminei o livro no fim de semana passado e era pra eu ter feito a resenha um dia depois da resenha de K-On, mas eu fiquei enrolando e fiquei com preguiça e acabei não fazendo nada. Então, eu tomei vergonha e vim resenhar, mas eu tô morrendo de sono, morrendo mesmo, só que se eu não resenhar agora não resenho nunca mais, então me perdoem se eu disser alguma bobagem muito grande. 

   Pra começar Vidas Secas é de autoria de Graciliano Ramos e é um dos livros que está na lista de leitura do vestibular Fuvest e Unicamp, motivo pelo qual eu li o livro. O livro conta a história de uma família de retirantes nordestinos e basicamente é bem isso mesmo. Não tem muito o que dizer sobre a sinopse do livro, porque, ele é exatamente isso a história de uma família de retirantes nordestinos que, que sofrem com a seca e têm uma cachorra chamada Baleia.

   Vidas Secas é um livro muito surpreendente, digo, pelo menos a mim ele surpreendeu bastante. A começar pela capa da edição que eu li (a que está na imagem ai de cima). A ilustração retrata a Baleia, a cachorra da família e, a arte já é legal porque mostra meio que um aspecto do livro, uma coisa bem irônica ao meu ver. Uma cachorra chamada Baleia que de baleia não tem nada, afinal ela é super magrela. Quanto a narração o livro também surpreendeu bastante. Por tratar da seca e tudo o mais, eu achei que a linguagem ia ser bem mais maçante e complicada, a julgar por outros livros que tratam de aspectos semelhantes, mas não é nada disso. A narrativa é bem simples e fácil de compreender. Tem um ou outro termo mais complicadinho, mas nada que uma boa olhada com atenção não resolva.

   Um aspecto importante da obra é a maneira como os personagens não só são retratados, como também a maneira que eles mesmo se veem. O Fabiano, o chefe da família, repete em várias partes do livro que ele é um bicho, e isso é uma coisa muito interessante. Ele não se vê como um ser humano, ele é só um nordestino fugindo da seca, vivendo pra servir o patrão, ele não tem estudo e ele nem precisa de leituras ou coisas do gênero. Isso é meio triste assim, mas é um retrato que meio que mexe com você, então é legal. Outra coisa muito importante é que a Baleia, a cachorra, é a mais humana do grupo. O modo como ela é retratada, as ações e sentimentos dela são todos muitos mas profundos do que o de qualquer membro da família.

   Não é um livro difícil, acho que é um dos mais fáceis da lista de leitura do vestibular, e mesmo você pensando que ele vai ser uma merda, ele não é uma merda, ele é legal, não é grande e vale a pena ler. Geralmente livro de vestibular é sempre um horror assim, poucos se salvam, e Vidas Secas está no meio daqueles que se salvam.

   A narrativa é parada e mortinha, mas não é muito cansativa, você consegue ler ela até que bem rapidamente, coisa que geralmente não rola com livros muito antigos, então só por causa disso ele já merece uma estrelinha bem brilhante. Pra quem gosta dessa temática de seca, nordeste e afins é uma ótima pedida e pra quem vai prestar vestibular, para logo de enrolar e lê que você vai se surpreender mesmo.

   Basicamente eu acho que é isso, não tem muito o que falar sobre ele, porque eu gostei, mas não é aquele livro que você fica: nossa que perfeito! Então, é bem isso mesmo. Pra confortar quem tem de ler, digamos que não dói ler ele, você nem sente e termina super rápido, então, vale mesmo a pena ler porque você via se surpreender também, sério.