Menu

Resenha: Free! Eternal Summer



    O Não Me Calo retorna hoje à sua série de resenhas sobre os animes da temporada e que anime melhor pra falar do que Free! Eternal Summer? Um anime legal, divertido, interessante, cheiodecarasgatos, enfim, um anime tudo de bom! 

    Free! Eternal Summer, é a segunda temporada do anime Free!, que eu já resenhei e expressei meu amor aqui uma vez. Se alguém ainda não sabe, Free! conta a história de um clube de natação e os obstáculos e conflitos que envolvem esses nadadores. Na primeira temporada, o foco era Rin, um ex-colega de natação que retorna da Austrália totalmente mudado e competitivo. Traduzindo: ele vem como um chatolino bad boy. Já na segunda temporada, o tema é o futuro, mais precisamente os sonhos de cada um dos nadadores e seus planos para o futuro.

    Falando assim, por cima, parece chato e bobo, mas é bem legal. E não, eu não estou falando isso só porque os caras são bonitos, eu tô falando porque é verdade. Mais uma vez vou falar sobre como a opening é linda. Música boa, arte boa, personagens divando, tudo como tem que ser. O ending, assumo que preferia o da primeira temporada, mas o dessa foi tão divertido... Eu ficava rindo toda vez que assistia e sentia uma baita vergonha alheia.

    Nessa temporada ocorrem competições, tretas, cenas fofas, cenas engraçadas e claro, tem água e nadador pra tudo que é lado! O final é lindo de bonito, bem no estilo do final da primeira temporada. Me emocionei, sério. Os flashbacks dominam mais uma vez e, preciso dizer, ver os personagens pequenos é muito legal. O time Iwatobi continua o mesmo: Haruka, Makoto, Nagisa e Rei; agora, se o Rin ainda tá na Samezuka ou foi pra Iwatobi não vou contar. Só direi uma coisa: aparece um personagem novo chamado Sousuke e forninhos caem com sua presença. Ele vem pra causar um rebuliço e dar mais emoção à história.

    O final de Free! Eternal Summer excluí quase completamente a possibilidade de uma terceira temporada, meu coração dói com esse fato. Free! é um anime tão lindo, eu achei que ia ser idiota mas eu gostei tanto; paguei a língua pela primeira vez e não me importo com isso. O anime é sim voltado mais para o público feminino, mas você pode assistir se quiser, mesmo sendo menino. Menino hétero eu quero dizer... Antes que perguntem eu vou esclarecer: FREE! NÃO É YAOI, É BISHOUNEN!

    Pra todo mundo que assistiu a primeira temporada, a segunda temporada é obrigatória. Pra quem ainda não assistiu, corre assistir porque é muito legal e você vai dar altas risadas, podendo até se emocionar. Pros meninos de plantão, acalmem-se, existem mulheres na trama sim. Elas são só duas, mas elas existem. A linda da Gou e a Amakata-sensei. Não posso deixar de dizer, mais uma vez, que o Nagisa é um fofo e um amor!

    Portanto, meu povo e minha pova, assistam Free!, o verão é muito mais divertido ao lado do time de natação da Iwatobi!


    

Resenha: A Ordem Perdida


    Vamos dar uma pausa na série de resenhas dos animes da temporada e falar de livros? Sim, eu estou interrompendo o fluxo de resenhas sobre animes para vir aqui falar de um livro e não sei se fico feliz com isso não. Vocês devem estar acostumados a me ver falar sobre como eu amei este ou aquele livro, mas hoje a resenha não vai ser muito positiva e até me dói fazer isso. Acontece que eu comprei o livro, eu li e eu preciso falar sobre ele, então, vou resenha-lo embora eu não vá dizer coisas muito agradáveis. 

   O livro da vez é A Ordem Perdida, de autoria de Gabriel Schmidt; eu o comprei na Bienal e, bem, sinto dizer que não foi a melhor compra que eu fiz. O livro é da Novo Século, da série Novos Talentos da Literatura Brasileira (mesmo selo que publica a Renata Ventura), e tem como tema central a fantasia. Levando em consideração esses fatos, era-se de esperar que eu amasse o livro, mas não foi isso que aconteceu.

    A Ordem Perdida mistura várias mitologias, dentre elas a grega, e uma mitologia criada pelo próprio autor. O foco central são deuses e semideuses; a história se passa em São Paulo. O livro é narrado em primeira pessoa e não possuí um protagonista de fato; a ideia de fazer um livro assim é ótima, embora complicada. Teria sido uma jogada e tanto se não fosse pelo fato de quase todos os personagens terem a mesma voz. A Ordem Perdida, é o primeiro livro de uma série de sete, e narra as aventuras de semideuses, dentre eles jovens de treze anos que estudam numa escola só para mestiços. A ideia geral é boa, a maneira como ele justifica o nascimento das crianças, a mitologia que ele cria... Tudo podia ser muito legal se não fosse a maneira como o autor escreve.

   Céus, a narrativa me incomodou tanto! Quando eu comecei a ler, achei que só tinha me sentido incomodada porque havia acabado de terminar ACC e ainda estava na vibe da Renata Ventura; esperei alguns dias, recomecei a ler o livro, continuei incomodada, o problema não era comigo! Geralmente, eu não sou muito chata com narrativas; não gosto de coisas muito arcaicas, gosto de narrativas leves, tolero algumas coisas mais simples, entretanto... Gente, a narrativa é simples ao extremo, eu poderia dizer quase pobre. Como aspirante a autora eu tento não julgar escritores, porque eu sei como é difícil ter uma ideia e redigi-la, mas cara... Eu não sou muito exigente, vejam como eu escrevo aqui, totalmente informal; quando escrevo meus contos e afins a narrativa é diferente, claro, mas não sou nenhuma Clarice Lispector, Machado de Assis ou Joanne Rowling! Ainda assim, A Ordem Perdida me incomodou tanto.

    Toda vez que o narrador mudava eu ficava esperando uma nova voz, uma nova personalidade... Era um personagem diferente, então, é normal esperar essas coisas... Nada veio. A voz narrativa era a mesma. O jeito de pensar, de agir... Embora os personagens tomassem atitudes diferentes, a forma de narrar e como a cabeça deles funcionava era deveras semelhante. A redação era boa, mas tão simplória... Tudo tão seco, o tempo todo; sem sentimento, sem emoção... Me sinto mal de dizer isso, mas foi assim que me senti enquanto lia. Por mais que ache a temática interessante, a narração me impedia de me conectar com o universo e eu não tinha vontade de ler. Li forçando, cara, e o livro é tão pequeno! Com uma narrativa diferenciada eu poderia tê-lo lido em dois dias.

    Gostaria de levar em consideração que o autor é muito jovem, ele é um ano mais novo que eu! Obviamente, isso não é uma desculpa, mas podemos dar um desconto. Pode ser que a escrita dele amadureça nos outros livros e eu espero muito que isso aconteça. Talvez eu leia a continuação só parre se a escrita dele amadureceu. Ai, dói tanto falar “mal” de um livro.

    A história tem pontos positivos também; como eu disse, Gabriel é criativo, a ideia geral é boa, a maneira como ele pensa no enredo é boa, o problema é narração em si. Ele escreve certo, gramaticalmente falando, mas no âmbito literal me incomodou um pouco. Outra coisa que me deixou P foram os erros. Poxa, Novo Século, você fez AAE e ACC, dois livrões com pouquíssimos erros e foram comer bola logo em A Ordem Perdida que é um livro pequeno? Caramba, assim a beleza da capa não consegue compensar tudo!

    Tem um ponto positivo muito grande em A Ordem Perdida, o autor é muito simpático. Quando eu estava no estande da Novo Século na Bienal, esperando a Renata, ele e o pai vieram falar comigo. Foi por isso que comprei o livro, achei a ideia interessante e resolvi dar uma chance... Bom, não atingiu minhas expectativas. Enfim, me dói dizer, mas eu não recomendaria o livro. Se você gostar de deuses e quiser ler, leia, a ideia central é legal e talvez você consiga desvincular a narração do enredo. Eu, infelizmente, não consegui. Acho que a Letras tá me deixando muito chata com relação a isso, tenho de ser menos exigente...

    Houveram partes que me decepcionaram muito. Em vários momentos eu fiquei esperando emoções que não vieram; e, numa parte que poderia ter sido muito bem explorada, o autor fez tudo muito rápido. Tem um capítulo em que era para acontecer uma luta. O capítulo finaliza e no seguinte é mostrado outro plano narrativo. Até aí tudo bem, mas quando retornam ao plano narrativo anterior explicam a luta de qualquer jeito sem nem ao menos narrar. A batalha que poderia ter sido super bem explorada e aproveitada. Triste de mais!


    Saldo final: ideia boa, narração incomoda pra gente exigente; vale ler pelo enredo, não pela escrita. Me dói muito dizer isso mas A Ordem Perdida, ao meu ver, deixou muito a desejar!