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Resenha: Ushinawareta Mirai wo Motomete


    E esse é o primeiro anime que eu assisto que foi adaptado de uma Visual Novel, socorro, eu estou "emo cionadaaaaaaaaaaaa!!!!" 

   Ushinawareta Mirai wo Motomete, que tem como "nome alternativo" ou "sub-título" Á la recherche du futur perdu ("Na busca do futuro perdido", em francês), é um anime adaptado a partir de uma Visual Novel de mesmo nome que foi lançada para Windows em 2010. O título é derivado de "Em busca do tempo perdido", um romance de Proust.

    O enredo do anime, por assim dizer, é inicialmente (só inicialmente) simples; a história se passa na região de Uchihama. A Academia Uchihama está crescendo muito e, portanto, vai trocar de prédio. Porém, antes que o colégio todo seja transferido para o novo prédio, haverá um último festival cultural e todos os alunos estão determinados a torná-lo um sucesso. O Clube de Astronomia do colégio se torna encarregado de manter as coisas em ordem e acalmar a inquietação dos alunos; entretanto, começam a ocorrer relatos de aparições de fantasmas, doenças do sono e outros incidentes misteriosos. Quando Furukawa Yui aparece na escola tudo só se torna ainda mais misterioso.

    Olhando assim por cima parece meio simples né? Só mais um anime de vida escolar com algum mistério envolvido, porém, não é só isso não. É confuso, muito confuso. Isso torna tudo muito legal porque, às vezes, depois de assistir um episódio, você tem de voltar e assistir um episódio passado pra ver se você está entendo direitinho a história. Isso se você conseguir entender pra valer a história, porque ainda tem coisa que eu estou absorvendo.

    Eu adoraria poder fazer uma resenha traçando um paralelo entre a VN e o anime, mas eu não posso por motivos de: eu não jogo Visual Novel, gente, desculpa. Portanto, eu vou falar só do anime mesmo que é o que eu conheço através do que assisti; se vocês quiserem saber mais sobre a VN deem um Google. Parece ser bem legal e acho que se você jogar fica mais fácil de entender todo o enredo e tudo o que acontece durante a trama.

    Voltando ao que interessa, vamos falar um pouco sobre os personagens do anime. Os personagens mais importantes são os membros do Clube de Astronomia. O clube é formado por cinco pessoas: Akiyama So, Sasaki Kaori, Haseruka Airi, Hanamiya Nagisa e Osafune Keni;  posteriormente a Yui entra pro clube aumentando o número de cinco para seis membros. De todos os cinco membros iniciais, o So é o mais ligado em astronomia, ele gosta pra valer desse negócio de estrelas, planetas e corpos celestes em geral. E, como os pais dele são cientistas e vivem no exterior, ele mora na casa da amiga de infância. A amiga, por sua vez, é a Kaori. A Kaori é aquele personagem bem... como posso dizer? Waifu? Isso, ela é aquele personagem waifu! Ela é linda e fofa, boa na cozinha, toda boazinha, um amor. E ela é apaixonada pelo So. (Isso pode parecer um spoiler, mas não é, porque isso fica muito claro com cinco minutos de anime).

    Meio que em "oposição" ao jeito meigo da Kaori - eu coloquei o oposição entre aspas porque não é como se elas fossem inimigas ou algo assim, mas a personalidade delas me soa bem diferente - temos a Airi. Ela é a presidente do clube e tem um grande senso de liderança. Airi pratica aikido, é forte e bate nas pessoas. Ela é meio agressiva as vezes, e é engraçada. É uma das minhas personagens favoritas (tô começando a achar que gosto de personagens agressivos em demasia).

    Depois da Airi, temos a Nagisa; ela é do terceiro ano e é, tipo assim, podre de rica. Ela me soa um pouco assustadora às vezes, não sei ao certo o porquê. Ela também tem uma aparência bem séria e possui uma caixa preta que é parte fundamental pro entendimento do anime. Quando eu vi aquela caixa preta eu pensei: tem algo de muito errado com essa caixinha ae...

   O outro membro masculino do Clube de Astronomia é o Kenny; ele é um intercambista vindo dos EUA e não é o mais inteligente dos membros, mas ele é engraçado. Eu diria que ele é quase o escape cômico da história.

   Por último, temos a Yui. Ela aparece de um jeito muito estranho, ela meio que "brota" do nada em Uchihama e é a segunda personagem mais waifu do anime. Não tem muito o que falar sobre ela além do fato de que a Yui é outra fofa. Como o grande mistério está todo bem ligado a ela, qualquer coisa que eu fale vai ser um spoiler, então, só posso dizer que: a Yui aparece do nada e logo você sente que tem alguma coisa muito estranha envolvendo seu aparecimento e sua própria existência.

    O anime num todo foi bem legal. Eu destacaria a opening como algo bem positivo, a música foi meio chiclete pra mim, acho isso bom. É uma trama confusa, não é algo que você vá entender sem pensar, você vai ter de pensar pra compreender tudo o que aconteceu, mas é uma boa experiência. É uma coisa mais complexa do que eu estou acostumada, achei bom. É mais sério também, o clima, a trama, tudo bem mais sóbrio, mais sério... Eu podia arriscar e dizer mais adulto, até. Eu recomendaria, se alguém me pedisse pra indicar um anime que "dá nó" na cabeça eu recomendaria Ushinawareta Mirai wo Motomete, sem sombra de dúvidas. Não foi o anime que mais me chamou atenção nessa temporada, mas não deixou de ser um bom anime, não analisando enquanto mídia anime. Se foi bem adaptado é outra história, aí vocês teriam de perguntar pra alguém que jogou a VN... Mas, enquanto anime, achei bem bom.

   Reforçando: é confuso. Eu achei confuso, mas a graça toda é ser confuso, isso torna interessante você assistir o anime. Você precisa se concentrar, prestar atenção, um detalhe que você perde pode fazer diferença. Portanto, se vocês quiserem algo mais complexo para suas cabecinhas, assistam Ushinawareta Mirai wo Motomete. Assistam e venham conversar sobre ele comigo porque eu estou nos feels e não tem ninguém pra conversar sobre ele comigo. Se você já assistiu me diz aí: foi meio complexo pra você também? Assistam e percebam: as engrenagens do destino não param de girar!


    

Resenha: Hitsugi no Chaika: Avenging Battle


   E enfim a história da garota de cabelo branco com um caixão nas costas teve seu desfecho! (Pelo menos ao que diz respeito ao anime). Sim, eu estou falando de Hitsugi no Chaika, aquele anime da temporada de Abril pelo qual eu não dava nada, mas que no final acabou sendo bem surpreendente. Em junho eu fiz a resenha da primeira temporada do anime que pode ser conferida aqui. Quem leu a resenha talvez não se lembre, mas eu estava bastante empolgada quando a fiz por conta da promessa de uma continuação que chegaria na temporada de Outubro e bem, ela veio mesmo. 

    Hitsugi no Chaika: Avenging Battle é a segunda temporada de Hitsugi no Chaika e conta o desfecho de toda a "saga" de Chaika atrás dos restos mortais de seu pai, o Imperador Gaz. Foi emoção do início ao fim, ou quase isso. Os episódios, em geral, tiveram muita informação, sério. E o anime só contou com dez episódios. Pra ser sincera, no último episódio, eu achei que as coisas se desenrolaram rápido demais. Uma hora estava tudo perdido e do nada, BOOM, explosões e outras coisas e aí: pronto, final. Entretanto, acho que podemos olhar isso de uma forma positiva: não houve enrolação.


    Durante o Avenging Battle não houve aquela história de "vamos prolongar ao máximo as lutas e conflitos e ficar enrolando e enrolando até o espectador desmaiar de aflição"; não, tudo aconteceu no ritmo bem Hitsugi no Chaika mesmo, bem rápido e direto. E como aconteceram coisas! Meu Deus, foi fato que não acabava mais. Vários mistérios sendo revelados, enfim conhecemos qual o propósito de existência das Chaikas, que, ao meu ver, era um dos conflitos centrais da trama. Teve magia, teve luta, teve explosão, teve dragão e teve, é claro, fofura. Afinal, quem não estava com saudade da linda da Chaika branca e seu jargão inesquecível: kansha?

    Nesta segunda temporada mais Chaikas deram o ar de sua graça e pudemos perceber que nem todas são tão doces e maravilhosas quando a Trabant. Quanto ao Capitão Gillette, não vou contar o que aconteceu com ele, porém preciso dizer que: não tá fácil pra ele, gente, não tá fácil pra ele não!

    Num geral, não acho que o Avenging Battle tenha deixado a desejar, não. Essa segunda temporada teve uma pegada mais séria que a primeira, mas isso é um ponto positivo se levarmos em consideração a situação na qual a trama se encontrava. O circo tava pegando fogo no anime, mil tretas rolando, foi bonito de ver! Vários confrontos diferentes acontecendo, vários mistérios ficando mais evidentes, muitas respostas para serem encontradas... Pura emoção!

    Quanto ao final em si, digo, a cena final e tudo o mais... Complicado explicar. Foi um pouco triste; eu diria, até mesmo, que foi meio mancada com uma certa personagem, ao meu ver... Porém, foi bom! Foi um desfecho interessante. Quando eu percebi o que ia acontecer e como o anime ia terminar eu fiquei tipo: Não, não acredito que vai ser assim, não, é brincadeira! Não era, era sério, acabou mesmo daquele jeito. Mas não foi sem sentido, nem algo que clamasse por uma continuação impossível, foi bem digno. Eu achei digno. E a cena final é um amor, um amor total.


    Portanto, todos aqueles que assistiram a primeira temporada têm a obrigação de assistir a segunda (tem de descobrir como a história termina, né, gente?). Àqueles que nunca assistiram, deem uma chance à Chaika, não parece, mas a história é legal. Ah, lembrando que a primeira temporada conta com doze episódios, a segunda com dez episódios e existem planos para o lançamento de um OVA em Março de 2015, junto com o volume 12 da light novel. Então, é isso, assistam Hitsugi no Chaika e me digam o que acharam, okay?

Resenha: Lola e o Garoto da Casa ao Lado



   O ano está acabando, mas olha quem resolveu dar as caras... Senhoras e senhores, membros do júri (wtf?), olá para vocês. Neste maravilhoso final de ano, eu venho até aqui para resenhar um livro, mas não um livro qualquer, um livro que normalmente eu não leria... um livro de mulherzinha! E não, dessa vez eu não li porque alguém mandou, li de livre e espontânea vontade. Admito que só comecei a ler por conta da capa, que eu achei muito bonita, mas a experiência se revelou interessante. 

   Lola e o Garoto da Casa ao Lado é de autoria de Stephanie Perkins, a mesma autora de Anna e o Beijo Francês. O livro conta a história de Lola, uma garota de dezessete anos que adora se vestir de um jeito, assim, diferente. Ela não acredita em roupas, mas sim em figurinos, então, cada dia ela está com uma roupa diferente. Lola mora com seus dois pais, sim os pais de Lola são um casal homossexual e tem um namorado mais velho que é vocalista de uma banda de rock. Tudo estava indo muito bem na vida da garota até os gêmeos, Calliope e Cricket voltarem a morar em seu bairro.

    Bom, basicamente, é isso. Não posso dizer mais nada sem dar spoilers, desculpem. Pela sinopse já dá pra ver que a história é bem previsível, mas, o que me surpreendeu é que eu gostei do livro. Obviamente ele não está na lista dos meus favoritos, nem é um livro complexo e cheio de reflexões, mas é legal, sério. Ele é leve e divertido e foi bom ler algo com essa pegada, porque a faculdade tava me matando... Socorro. Quando você está enfurnada num mundo de xérox e livros acadêmicos, com análise literária pra fazer, um livro como esse se torna uma boa janela de escape. Achei Lola e o Garoto da Casa ao Lado bastante engraçado. Admito que eu esperei mais humor por conta da capa e tudo o mais, mas acho que foi bastante divertido.

    A primeira coisa que me chamou atenção no livro foi o fato dos pais da Lola serem um casal homossexual, eu achei isso muito legal, muito mesmo. Infelizmente, ainda não é tão comum vermos esse tipo de coisa na literatura, principalmente em algo mais voltando para o público adolescente. O fato de eu ter pego esse livro numa biblioteca de uma escola que atende alunos de 6 à 18 anos, tornou ainda mais legal a experiência. É bom saber que eu tenho 19 anos, mas que alunos de 15 se interessarão muito mais por esse livro e terão contanto com esse tipo de família, assim "diferente" de um jeito super normal. Até porque é normal, né, gente? Ou melhor, não é normal, porque família não é nunca normal, famílias são uma bagunça, veja bem... Enfim, voltando ao livro, eu achei isso um ponto muito positivo e um dado bem importante pro desenvolvimento da história. Os pais da Lola são uns fofos! Eles são incríveis e engraçados e super compreensivos... Caramba, é uma família muito legal, sério.

    Outra coisa legal da história é o nome da Lola, Dolores. É, Dolores como a Lolita! Na verdade, Lolita é até mesmo citado no livro, mas acalmem-se, não tem pedofilia no livro de Perkins, podem ficar tranquilos. Sobre os personagens, vejamos o que eu posso dizer... Ponto um: relação de amor e ódio com a Lola. Eu entendo e compreendo várias das atitudes dela, mas algumas... Percebam que eu sempre tenho relações de amor e ódio com os protagonistas...

    O grande destaque do livro, pra mim, é o Cricket, e não tô dizendo isso como uma adolescente que se apaixona por um personagem literário não, é que o cara é bacana mesmo. Sabem aquele típico bom moço porém sem ser sem graça? Então, é o Cricket! Ele é um amorzinho, gente, socorro. Acho que qualquer garota desse livro pode viver mil vidas que nunca vai merecer ele!

    Outra coisa importante e que me fez ficar bem mais à vontade para ler o livro: ele não é aquele tipo de livro que é feito pra você chorar. Geralmente, esses livros de romance adolescente são todos melodramáticos, ou com histórias tristes pra você ficar chorando e tudo o mais, mas o livro de Perkins não. De fato, ele se volta para o humor e isso torna tudo mais agradável, mais leve e você se sente bem melhor lendo o livro. Você sabe não vai se emocionar, você sabe que está lendo por diversão e você alcança exatamente isso, que é o que você deseja! Muito melhor do que ler um livro de mulherzinha que foi escrito pra te fazer chorar.

    Num todo, o livro é legal. Como eu já disse, não é nada espetacular e está longe de ir para o meu top favoritos, mas é um livro legal. É o tipo de livro pra você ler quando você não tem nada pra fazer, ou quando você está lendo dezenas de outras coisas super pesadas para o trabalho ou os estudos. E, apesar de ser um livro adolescente e tudo o mais, ele não é mal escrito não. É simples, sim, mas não de uma forma negativa. Eu diria que soa melhor do que certos livros adolescentes por aí que todo mundo fica endeusando... Resumindo, eu verdadeiramente não achei ruim.

    Portanto, se você gosta desses livros de romance adolescente, com várias reviravoltas, mas um final um tanto previsível, leia Lola e o Garoto da Casa ao Lado, você vai rir e se divertir bastante, eu garanto!