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Resenha: Subete ga F ni Naru - The Perfect Insider


   Subete ga F ni Naru, com o título alternativo The Perfect Insider, é uma light novel de mistério da autoria de Hiroshi Mori. O romance foi publicado pela editora Kodansha, no Japão, em 1996 e é o primeiro volume da série S&M (Professor Saikawa e sua Estudante Moe). Nove volumes complementares foram publicados entre 1996 e 1998. Subete ga F ni Naru foi adaptado para mangá em 2001, com arte de Tarao Asada. Em 2002 a obra também foi adaptada para visual novel. Entre outubro e dezembro do ano passado foi produzida uma série de drama contendo dez episódios. E este ano, foi exibida a adaptação em anime. 

    A história gira em torno de Saikawa Souhei, que vai para uma ilha junto com o seu grupo de pesquisa e Nishinosono Moe, filha de seu mentor. Lá eles encontram um cadáver e trabalham juntos para resolver o mistério. Olhando assim o enredo parece bem simples, porém, para falar sobre todas as minhas impressões do anime vou ter de revelar algumas coisas sobre a trama.

     Inicialmente, assistir Subete ga F ni Naru me pareceu uma boa ideia. A sinopse me chamou a atenção por ser um mistério. Eu costumo gostar de mistérios. Porém, depois de onze episódios, ainda estou pesando a quão satisfeita estou.

    A série possuí personagens interessantes. O Saiwaka é um personagem interessante, a Nishinosono é alguém importante e Magata é o grande mistério. A Magata não é só parte importante da trama por ser ela o corpo a ser encontrado por Saikawa e Moe. Na verdade, "ser encontrado" não define muito bem o que aconteceu. O corpo de Magata foi meio que exposto. Ele aparece sem os membros, num vestido de noiva, em cima de um carrinho. E, logo em seguida, o tio de Magata que havia acabado de chegar à ilha trazendo a irmã mais nova da cientista, também é assassinado.

   O mistério poderia ter se desenvolvido de uma forma muito boa. A ideia geral é muito interessante. Magata vivia trancada em seu quarto há quinze anos. A porta só abria por dentro. Ninguém havia entrado nem saído do quarto. Nenhum assassino era encontrado. Então, quem tinha matado Magata? Quem tinha matado seu tio? E como essa pessoa tinha conseguido driblar toda a segurança? A ideia é boa. O mistério é bom. Porém ele não se desenvolveu tão bem quanto podia, ou talvez eu só esteja absorvendo tudo o que aconteceu ainda.

  O que aconteceu, é uma coisa que ocorre com várias outras histórias, demoraram demais para desenrolar o mistério. Tudo, bem talvez isso não seja um ponto tão negativo assim. Poder-se-ia alegar que o ritmo é lento porque visa muito mais o desenvolvimento do psicológico dos personagens, do que, de fato, do "mistério central" em si.  Ainda assim, nos primeiros episódios quase nada acontece. Embora, a ambientação seja algo bem positivo. O clima dos episódios é bom. O clima da história em si é bom.  Porém, mesmo durante a resolução do enredo não acontece muita coisa, o ritmo, o desenrolar da história é lento. Embora, como eu disse, isso não seja cem por cento negativo.  Afinal, temos os flashs sobre a vida de Magata antes de se tornar reclusa na ilha e isso sim é algo interessante. A construção da Magata é algo interessante. Ela é, de longe, a personagem mais interessante para mim. Mesmo assim, em alguns momentos, eu senti que um mistério que dava para ser legal, ficou meio chato. Porque você não sentia nada ser resolvido, nada de concreto. Claro, que juntar as peças sobre o passado de Magata era algo interessante, claro que saber mais sobre os motivos que levaram ela a ser quem é e tentar compreende-la era algo legal. Mas essa era a parte que eu mais gostava mesmo. Tudo bem, tudo bem, compreender o passado de Magata era importante para a resolução do mistério todo, mas eu senti um pouco falta de pistas mais concretas ali, na própria cena do crime. Okay, eu também poderia dizer que não deixar rastros é bom, porque isso mostra o quão competente é o assassino. Mas eu não consegui me conectar muito. Na verdade, eu me conectava e desconectava com a resolução do caso central o tempo todo. Aparecia a Magata, então, aquele ar dela, aquela ambientação, a tensão no ar me deixava empolgada. Mas, então, voltávamos para a linha temporal comum da história e eu meio que dava uma desconectada. Eu me sentia burra, o que era bom, num mistério, como eu disse, eu quero me sentir burra mesmo. Eu quero quebrar a cabeça para tentar resolvê-lo. Porém, eu não tinha nada a me apegar. Eu sentia que nem mesmo personagens tinham ao que se apegar. É como se, nas investigações, as coisas não acontecessem muito.  Então, nos últimos três episódios tudo é resolvido, as partes se encaixam todas com uma rapidez e você tem a resolução do caso. É a resolução é boa? Até que é algo plausível e talvez criativo. Acho que eu gostei. É, eu gostei. Me pareceu meio surreal no começo, foi quase difícil de aceitar. Mas eu acho que gostei do desfecho das coisas.  É inesperada? Pode-se dizer que sim, porque eu não pensaria naquilo. Sério, eu não pensaria mesmo naquilo. Eu podia pensar em qualquer coisa, até num espírito assassino. Naquilo não.  É emocionante? Não, muito. Até porque no episódio dez, que é onde as pontas se encaixam mais corretamente, as coisas são bem enrolativas. Para ser sincera, apesar do fato ocorrido ser algo interessante e uma resolução criativa, fica um pouco um sentimento de pontas soltas. Fica um pouco o sentimento de que, em alguns momentos, nada aconteceu. O desfecho é meio WHA THE FUCK! Mesmo.

    Entretanto, apesar desse meu sentimento de dualidade, eu não diria que o negócio é de todo ruim. Eu não diria que ele é, exatamente, ruim. Não de verdade.  Mas eu fiquei chateada com o andar das coisas, porque era uma série para qual eu tinha boas expectativas, embora eu tenha oscilado entre o andar de um episódio e outro.  Era uma série da qual eu gostava do visual dos personagens, uma série com uma trilha sonora boa, uma série cujo título de todos os capítulos têm relação com cores. Era para ser um quadro pintado aos pouquinhos. Mas eu não senti muito isso acontecer.

    Os personagens também não são nada ruins, sério. A Magata é uma personagem meio louca, com uns pensamentos meio doidos, ela é um gênio e têm suas próprias concepções de vida. Na verdade, ela é uma personagem incrível ao meu ver. Ela é meio insana, yandere, enlouquecida, psicopata.... Acho que eu poderia fazer um post falando só dela. E outro falando só da oposição entre ela e a Moe. Porém, apesar disso, eu não me senti tão empolgada para resolver o mistério com Saikawa e Nishinosono, embora, eu ficasse inegavelmente curiosa. Afinal, o quarto estava trancado, ele só abria por dentro, não tinha como alguém entrar lá. Pelo menos a premissa inicial é inegavelmente interessante. No começo, eu fiquei bem animada, mas depois eu comecei a oscilar as vezes, mais para o final isso meio que tinha se esvaído. Não por completo, claro, mas um pouco sim. 

  Como eu disse, eu não diria que o anime é ruim, gosto do visual dos personagens, gosto da trilha sonora, gosto da Magata. Só que essas coisas não foram suficientes para salvar totalmente a série para mim. Depois de tudo ainda sinto como se faltasse algo. Mesmo com aquele desfecho que me deixou bem descrente no início. Eu poderia mesmo classificá-lo como original, surpreendente e criativo, mas o desenvolvimento anterior conseguiu tirar um pouco do brilho da série para mim.

    Em suma, se alguém me perguntasse se Subete ga F ni Naru é legal eu diria sim é legal. Dá para assistir ele e curtir, sim. Tem uma premissa interessante, um clima de mistério gostoso, uma personagem muito chamativa, uma trilha sonora boa, um encerramento e uma abertura que eu considero muito bons. Enfim, é uma série legal. O lance é que eu sinto que não podia dizer muito mais que isso.  Não foi espetacular, não foi incrível, não alcançou as expectativas, faltou alguma coisa, creio.  Entretanto, pra quem gosta de mistério talvez seja interessante dar uma conferida só pela Magata e a resolução final mesmo. Que são de fato interessantes. Algumas pessoas disseram que o título do anime devia dizer Subete ga N ni Naru, porque tudo se torna NADA. Olhando pelo lado do ritmo lento de desenvolvimento de algumas coisas, eu concordo. Vendo de outra forma, poderíamos dizer que tudo se torna WHAT THE FUCK, MAGATA?! Enfim, resumindo. A série foi legal, ao mesmo tempo que um lado meu gostou de certas coisas, outro ficou meio insatisfeito com outras. Acho que esse é o saldo final mesmo, para mim, tudo se tornou esse sentimento de dualidade. 

   

   

    

6 comentários:

  1. Depois que li sua resenha, fui correndo (literalmente) ver Subete Ga F ni Naru, e não me arrependi de ter visto. Ele tem uma pitada gostosa de mistério e te prende a história.
    Agradeço a você, estava tão entediada em casa até ler sua resenha e assistir o anime ♥
    Abs! *-*

    http://reticencias-infinitas.blogspot.com.br/

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    1. Hey, hã, é... Obrigada (?). Nunca pensei que alguém fosse assistir Subete por causa de uma resenha minha, já que eu acho que falei meio mal dele. Mas, enfim, obrigada.

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  2. Resenha detestante, deveria assistir novamente o anime e usar isso que você chama de massa encefálica para entender de fato o contexto filosófico do anime e todo o processo no decorrer.

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    1. Mano na boa ela não tem culpa se tu assistiu ergo proxy varias vezes e veio ler oq ela disse..... KKKKKKK

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