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Resenha: Hyouka


   E as férias chegaram, amiguinhos, vamos comemorar! Okay, okay, as férias chegaram já faz um tempo, elas estão é indo embora agora, não é mesmo? Porém, nessas férias eu resolvi tomar vergonha na cara e assistir alguns animes que eu estava com vontade de assistir já fazia tempos. Um deles era Hyouka, que eu sempre via gifs no tumblr e ficava enlouquecida para saber mais sobre a história. Eu relutei muito sobre resenhar ou não Hyouka, mas decidi dividir a experiência com vocês. 

   Da temporada de abril de 2012, com 22 episódios ao todo, Hyouka é adaptação de quatro, dos cinco volumes da série de light novel Clube de Literatura Clássica (Koten-bu). A light novel é de autoria de Honobu Yonezawa; uma adaptação em mangá foi feita por Task Ohna. A história de Hyouka começa quando Oreki Hotaro se junta ao Clube de Literatura Clássica, a pedido de sua irmã mais velha, para impedi-lo de ser fechado. Junto com Chitanda Eru, Fukube Satoshi e Ibara Mayaka, os demais membros do clube, Oreki começa a investigar um caso que ocorreu a 45 anos envolvendo o tio de Chitanda. As pistas do mistério encontram-se em uma antologia chamada Hyouka criada pelos antigos membros do Clube de Literatura Clássica. A partir de então os quatro membros começam a resolver casos que ocorrem dentro e fora da escola.

   Quando eu vi que Hyouka era um anime de mistério, sem ler a sinopse, eu juro que pensei em uma coisa mais Another. Depois que eu li a sinopse eu pensei: okay, casos a serem resolvidos, okay. Entretanto, depois de assistir, eu só posso dizer que é bem mais do que isso. Existe um outro panorama geral por trás de toda a história e é isso que torna tudo tão interessante. Eu admito que até o episódio três o anime é meio paradinho, mas depois ele vai ficando muito viciante. A evolução da narrativa e dos personagens é algo muito legal de se ver. Hyouka é.... ai, gente, Hyouka é amor!

   Eu preciso falar sobre o quanto Hyouka me fez relembrar Sherlock Holmes, mas para fazer isso eu preciso falar sobre os personagens. Então vamos lá. O Clube de Literatura Clássica é composto por quatro membros: Oreki, Chitanda, Fukube e Ibara. O primeiro deles, Oreki, é um típico preguiçoso. Mas não aqueles preguiçosos vagabundos, aqueles preguiçosos super inteligentes que só não fazem as coisas porque acham que elas dão trabalho. Resumindo: o Oreki é tipo o Shikamaru. A primeira impressão que eu tive do Oreki foi: "Ai meu Desu, Shikamaru é você? Alguém traz o shogi, por favor?!" O lema da vida do Oreki é o seguinte "Só faço o que tenho de fazer, e o que tenho de fazer faço rápido!" Oreki é o típico personagem que não gasta energia desnecessária, se ele pode evitar fazer alguma coisa ele evita, simples. Um preguiçoso de marca maior, sim, mas um preguiçoso genial. Senhoras, senhores, Oreki Hentaro é Sherlock Holmes! Okay, okay, ele não é exatamente Sherlock, mas ele me lembra o Sherlock as vezes. Quando Oreki coloca sua mente para funcionar coisas extraordinárias acontecem. Ele percebe coisas que nenhuma outra pessoa é capaz de perceber, deduz coisas que nenhuma outra pessoa é capaz de deduzir e todos, todos ficam abismados com essa capacidade. Oreki insiste que é só sorte, mas não é sorte não, é talento mesmo. Oreki é investigador nato. E em alguns momentos ele até me lembra o Sherlock, o da série da BBC, sabem? Até que é um pouco semelhante. Bem, existe outra coisa sobre o Oreki, ele é incapaz de ignorar um pedido e, mais precisamente, a curiosidade de Chitanda Eru. Para ele, ela é uma pessoa que não pode ser ignorada, nunca. Sempre que Chitanda fica curiosa sobre algo ele se vê numa quase obrigação de descobrir o mistério.

   E por falar em Chitanda Eru, a presidente do Clube de Literatura Clássica é uma fofa. Herdeira de uma das famílias mais famosas e ricas da cidade, Chitanda é uma das melhores alunas do colégio. Ela se sai muito bem nos exames. Entretanto, quando o assunto são os mistérios ela depende da capacidade de raciocínio de Oreki. Eru é muito curiosa e quando ela fica curiosa os olhos dela ficam maiores e mais brilhantes e ela diz a clássica frase: "Não consigo parar de pensar nisso!" Ao proferir tais palavras Chitanda ganha Oreki fácil, fácil. Ela é uma linda, sério, uma fofa. Dizem que ela é meio irritante, mas eu não acho; a Chitanda é um amor, gente.

   O terceiro membro do Clube de Literatura Clássica é Fukube Satoshi. Inicialmente ele é o primeiro e único amigo de Oreki. Satoshi tem uma memória impressionante e se refere a ela como "Banco de Dados". Ele gosta dos livros de Sherlock Holmes e têm uma certa inveja de Oreki por conta de sua capacidade de raciocínio. Satoshi é o mais engraçado dos quatro, ele verdadeiramente parece ser uma pessoa bem leve, embora, conforme o anime vai se desenrolando se perceba que Satoshi não é tão leve assim. Fukube se obceca com facilidade pelas coisas, pois é. Fukube tem uma admiradora nada secreta, Ibara Mayaka.

   Ibara é o quarto e último membro do Clube de Literatura. Ela é apaixonada por Satoshi desde o fundamental e, inicialmente, não se dá muito bem com Oreki. Entretanto, conforme ambos vão se aproximando de Chitanda o relacionamento entre eles melhora bastante. Ibara gosta de desenhar mangás e por conta disso é membro do Clube de Mangá do colégio.

   Voltando a um panorama mais geral do anime, eu posso dizer que gostei bastante, mesmo. Principalmente nas partes em que citavam as obras do Holmes, sério. É que eu ando lendo Holmes então estou meio in love com ele e tudo o mais. Olhando o anime de uma perspectiva mais "técnica" preciso ressaltar as openings e os endings. As duas openings são muito boas, a segunda é perfeita e exemplifica muito bem a relação do Oreki com a Chitanda e a mudança que se opera nele por conta dessa relação. Quanto aos endings, o primeiro é meio "vamos fazer fanservice" e o segundo é bem "okay, vamos fazer algo engraçadinho e bonitinho". O segundo ending é uma graça, com mais relações a Holmes e aos clássicos livros e filmes de mistério, um amor só.


   Eu gostei muito mais de Hyouka do eu pensei que fosse gostar. O anime me surpreendeu e me surpreendeu para melhor. Eu nunca tinha assistido um anime de mistério com essa pegada; não um anime de mistério e vida escolar. Eu já tinha assistido outros animes de detetives, ou animes de mistério que acabavam se somando a elementos do horror, mas mistério, assim, de Holmes foi a primeira vez. Portanto, se as suas férias ainda estão em voga, deem uma conferidinha em Hyouka, pode ser uma experiência bem interessante. Afinal, quando o assunto é animes de mistério é sempre impossível parar de pensar neles!

4 comentários:

  1. Cara você poderia citar algumas das obras de Holmes e da Agatha Cristine que apareceram durante o anime ?

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    1. Olha, eu assisti faz bastante tempo. Eu não lembro se citam nenhum livro do Holmes em específico. Só consigo sentir uma energia bem forte de Sherlock emanando do Oreki. Quantos aos livros da Agatha acho que eles citam E Não Sobrou Nenhum (O Caso dos Dez Negrinhos), Assassinato no Expresso do Oriente, Os Crimes ABC. Acho que são estes. Não tenho muita certeza porque assisti ano passado.

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  2. Por que tinha que acabar assim????
    ��������
    Trocaria tantos animes infinitos por mais uns ep falando sobre eles um pouco mais... (Até a morte quem sabe..)
    Bom eu amei esse anime porém me sinto agora solitário até minha namorada acha que eu estou depressivo ;-;
    Precisava mais sobre esse conjunto de áudio visual

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    1. Terminou super bonitinho... Eu acho Hyouka uma graça, sério. E o anime é bem bonito mesmo.

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