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Resenha: Memórias de um Sargento de Milícias



   Olá, povo, hoje eu vim falar de um livro um tanto diferente. Geralmente eu sempre venho falar de livros gringos e afins, mas hoje o assunto é Memórias de um Sargento de Milícias, um livro brasileiro e, vejam só, que está na lista dos vestibulares Fuvest e Convest desse ano. 

   O livro é de autoria de Manual Antônio de Almeida e, apesar do título, capa e tema, não muito animadores de início é verdadeiramente tolerável e eu arriscaria dizer prazeroso. Como todos sabem há uma espécie de preconceito com relação a esses livros, todo mundo pensa que só porque é clássico via ser uma baboseira chata e monótona, mas com esse livro não é bem assim.

   O livro conta a vida de Leonardo, desde seu nascimento, passando por sua adolescência e terminando em sua juventude. A narrativa se passa no Rio de Janeiro durante o período que Dom João e a família real encontravam-se no Brasil.

   Leonardo é filho de um meirinho e uma saiola(camponesa), tendo por padrinhos uma parteira e um barbeiro. Logo no início do livro o menino já começa sofrendo. A mãe dele traí o pai e foge de volta para Portugal. O meirinho, por sua vez abandona Leonardo, que acaba ficando aos cuidados do padrinho.

   O garoto é um verdadeiro anti-herói. Quando criança é muito travesso e durante sua juventude acaba se revelando um tremendo vadio e quem nem ao menos um emprego era capaz de arranjar sem a ajuda da madrinha. Como todo romance, há claro uma menina por quem Leonardo se apaixona. Na verdade são duas meninas, primeiro Luísinha, uma garota feinha que vive aos cuidados de Dona Maria, uma senhora rica com manias de processos; e Vidinha, uma mulata que Leonardo conhece mais ou menos na metade do livro.

   A história, obviamente, termina em casamento, afinal o livro precisa de um público e na época que foi escrito ninguém leria um livro sobre um anti-herói que não toma jeito nem ao final da narrativa. No começo o livro é bem parado, chatinho, por assim dizer, mas depois que Luísinha aparece a história fica mais movimentada.

   Não é um dos meus gêneros literários favoritos e eu não teria lido se não tivesse sido obrigado pelo vestibular, entretanto, vale a pena ler. Aumenta sua carga cultural e ler é sempre bom, não importa muito o que. O livro não ganha minhas estrelinhas brilhantes, mas ele ganha meia estrela por sem um clássico que se inicia monótono e se revela algo melhor ao seu fim.

    Pra quem gosta de livros mais arcaicos e do romantismo eu recomendo, quem vai prestar vestibular tem de ler mesmo. Então, eu espero ter dado um incentivo à para lerem o livro. Vale a pena, sério, logo de primeira não parece, mas no fim das contas vale a pena. O fim é bonitinho e tudo o mais, portanto, leiam, mesmo, é sério.

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