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Resenha: Re:Hamatora


   E o anime da vez é Re: Hamatora, e sobre ele uma coisa deve ser registrada: ele me enlouqueceu! O que posso dizer sobre esse anime que me fez entrar em contradição “pakas”? Pra quem não sabe, Re: Hamatora é a segunda temporada de Hamatora, um anime cuja história gira em torno dos minimum holders, pessoas dotadas de habilidades especiais. 

    Quando Re: Hamatora foi anunciado eu fiquei super animada, eu dei até cambalhota no quarto (figurativamente falando). Indo contra tudo e contra todos, eu havia gostado muito de Hamatora, então fiquei ansiosíssima para a segunda temporada; principalmente por conta da forma que a primeira temporada se encerrou. Admito, que o primeiro episódio de Re: Hamatora me deixou com o coração na mão. Por um momento eu achei que uma coisa muito chata tinha mesmo acontecido, mas no fim não aconteceu, então tudo bem.

    Ao longo da temporada, eu oscilei muito entre gostar ou não de Re:Hamatora. No início eu achei legal a ideia de transformar um dos mocinhos num vilão, mas, aos poucos aquilo foi me cansando um pouco. Acontece, que o atual vilão não era tão malsão quanto o anterior; e eu também não conseguia entender porque, logo aquele personagem, foi virar vilão! Eu gostava tanto dele.... Ele era tão legal... Por conta disso, eu achei umas coisas meio chatinhas nessa temporada. Entretanto, mais para o final, as coisas esquentaram. Fui surpreendida! Assumo. As coisas que aconteceram, os flashbacks, o porquê do mocinho ter virado vilão, as coisas que descobrimos sobre a Hajime... Enfim eu entendi o porquê dela ter um ending só dela!

   Basicamente, eu posso dizer que, pra mim, Re:Hamatora tem um começo legal, uns meados chatinhos e um final legal. O final é clichê sem ser realmente clichê e ainda deixa uma coisa te encucando. Não sei se eu recomendaria o anime pra alguém, acho que não. Se você não assistiu Hamatora, eu não mandaria você assistir por conta do Re: Hamatora. Mas, se você assistiu, vale a pena conferir a segunda temporada... O último episódio é bem foda, tenho de admitir!


   Acho que não tenho muito mais a dizer; de todos os animes que eu assisti essa temporada, Re: Hamatora foi o mais capenga e me dói dizer isso, pois eu gostei muito da primeira temporada. Tive de dar o braço a torcer aos meus amigos que criticavam o anime, pois é.... Enfim, não foi o melhor anime da temporada, não foi tudo o que eu esperava, mas no fim ele acabou superando minhas expectativas já murchas. Portanto, se você quiser assistir, é por sua conta e risco, okay? Se você já assistiu, me conta: tu gostou do fulaninho como vilão? Tu achou o final maneiro também? Ou tu achou capenguinha? Diz aí, afinal, quando na nova temporada um amigo vira inimigo tudo pode acontecer.

Resenha: Ao Haru Ride



   E hoje eu vim resenhar um anime que foi/é um amor. Sim, senhoras e senhores, eu estou falando de Ao Haru Ride, o shoujo mais lindo da temporada de Julho, quiçá de 2014! 

   Eu estava muito, muito ansiosa e empolgada para o anime de Ao Haru Ride, afinal, eu leio o mangá. Sim, dessa vez eu estou resenhando a adaptação de um mangá que eu leio, existe coisa mais linda que essa? Então, eu comecei a ler o mangá no início do ano e logo já fiquei sabendo sobre o projeto do anime. Se eu pirei? Claro!

   Também conhecido como Aoharaido, Ao Haru Ride, gira em torno de Yoshioka Futaba, uma garota que por ser muito delicada durante o ensino fundamental, acabou passando o ginásio inteiro sozinha. Agora, no ensino médio, Futaba resolve mudar seu jeito de ser para poder fazer amigas e não ser excluída pelas garotas de seu ano. Tudo estava dando certo até que ela encontra Tanaka Kou, o garoto por quem ela era apaixonada no fundamental. Acontece que Kou não é mais a mesma pessoa; ele trocou de nome, agora atende por Mabuchi, e sua personalidade também está completamente diferente. Frente à isso, Futaba se vê às voltas com esse novo Kou que ela quer e precisa compreender e conhecer, ao mesmo tempo, ela tem de aprender a conhecer e compreender a si mesma.

    Nem preciso dizer que o anime é lindo não é mesmo? Mas vou dizer mesmo assim: O anime é lindo! Talvez, lendo a sinopse você não espere muito da história, mas acredite, vale dar uma chance. Ao Haru Ride é simplesmente lindo e perfeito. O anime foi super fiel ao mangá, pelo menos eu achei tudo muito parecido; os traços foram bem bonitos, bem semelhantes ao mangá mesmo; a opening é incrível e caiu como uma luva para o anime. A tradução da música da OP é tão Futaba e Kou que quase me faz chorar! E o ending também não ficou atrás. Tudo muito condizente com o enredo do anime/mangá.

   Esteticamente falando, as cores foram muito bem utilizadas. A OP é bem “menininha”, mas acho que ficou bom e combinou com um dos lados da Futaba. Futaba tem vários lados e é quase uma contradição às vezes. Amo a Futaba gente, até me identifico em algumas ocasiões.

   Quanto ao Kou, minha relação de amor e ódio com ele é a melhor coisa de Aoharaido pra mim! Ou uma das melhores coisas pelo menos. Eu adoro como ele é grosseiro e finge não se importar, tentando esconder sem parar seu lado gentil... Ele é um fofo, meu Deus! Ai, meus feels vão lá em cima com em shipper conhecido como FutabaxKou!

     Eu esperei muito para fazer essa resenha, então, preciso falar de outros personagens também, além dos protagonistas. Tirando a Futaba e o Kou, existem mais quatro personagens bem importantes na parte que o anime adaptou. A Makita Yuuri, que é super fofa e delicada, tipo a Futaba no fundamental; a Murao, que é muito fechada e vive com uma cara de “as pessoas da minha sala me enojam, me deixem sozinha por favor!”; o Kominato, o cara mais animado e brincalhão da turma toda, deveras barulhento; e o Tanaka-sensei, o melhor professor que aquela escola de ensino médio já viu! As histórias desses personagens se entrelaçam com a de Futaba e Kou, tornando tudo mais divertido, interessante, instigante e, por vezes, complicado e tenso. Amei ver todos esses personagens em movimento; afinal, se no mangá já era super incrível, no anime ficou uma lindeza. A única coisa que me incomodou levemente no começo foi o fato da Makita ter ficado “fofa demais”. Obviamente, ela é uma personagem super delicada, menininha, fofinha, amorzinho e tudo o mais, porém, sei lá, foi estranho ver tudo isso a cores e com som. Levou um tempo pra me acostumar à voz aguda e melosa dela, mas tudo bem, valeu a pena.

   O anime acabou quase que no meio de um arco do mangá; então, pra quem só assistiu o anime, saiba que tem muita água pra rolar embaixo daquela ponte e muitos problemas pro nosso shipp enfrentar. Queria dizer que entendo muito bem a agonia de vocês quando parecia que ia rolar beijo e não rolava, mas calmem, no mangá tem ainda mais momentos assim para sofrermos.

    Eu tô muito cheia de feels por Ao Haru Ride, foi tudo tão bonitinho! O Kou, a Futaba, os demais personagens... Tudo tão nhonho... Ai gente, já tô com saudade das minhas segundas-feiras ao lado deles! O mangá ainda tá rolando, mas é tão legal ver tudo em movimento! E o mangá tá tão crítico que eu tô enlouquecendo e não sei mais o que fazer... O anime tava tão calmo... Ai, ai, viu...

    Enfim, se você gosta de shoujo você têm de assistir Ao Haru Ride, mais que isso, você tem de ler o mangá também! Leia sem medo de sofrer, chorar e ser feliz... Ah, detalhe importante, eu só chorei em um episódio do anime, embora tenha chorando o mangá quase todo, haha. Meu caso de amor com Aoharaido é tão sério, que eu fiz questão de viciar uma amiga no mangá e no anime, agora ela sofre comigo e eu não sinto um pingo de remorso por isso. Portanto, já deu pra perceber que o saldo final foi mais que positivo, certo? Certo! Então, para todos os amantes de shoujos, ou aqueles que tem curiosidade sobre o gênero, assistam Aoharaido. O anime é menininha na medida certa, sem muitos excessos e com uma boa dose de humor! Os personagens são uns lindos, portanto, assistam e façam como a Futaba: tentem entender o Kou!

Resenha: Zankyou no Terror



   E o anime da vez é Zankyou no Terror! Gente, eu ainda to tão cheia de feels por esse anime, meu Deus... Foi o melhor da temporada, pelo menos pra mim, sério. 

    Zankyou no Terror gira em torno de Nine e Twelve, dois jovens com um passado conturbado e misterioso, que se tornam uma dupla de terroristas denominados, Sphinx.

    Quando eu vi a sinopse e o "trailer" de Zankyou no Terror eu resolvi que ia dar uma chance pro anime e não me arrependo nem um pouco disso. Eu assumo, que um dos motivos pra eu ter resolvido assistir foi a arte. Achei o traço super legal, o jeito que os personagens são desenhados me agradou bastante. Parece bobagem, eu sei, mas eu me importo com isso. Outra coisa que me interessou foi o fato de a trilha sonora ser composta pela Yoko Kanno, que também fez a trilha sonora de Sakamichi no Apollon. Eu nunca terminei Sakamichi, por motivos que agora não vêm ao caso, mas eu amava a trilha sonora e fazia força pra assistir só por conta disso.

    Voltando a Zankyou no Terror, um conjunto de coisas me fez assistir o anime e agora eu to aqui cheia de feels. Foi muito bom, sério. Não vou dizer que foi perfeito, até porque nada é perfeito e não tenho um nível de fangirl tão alto por Zankyou no Terror, mas achei muito bom. A história evoluí bastante, os episódios são sempre muito legais, porque sempre acontece alguma coisa inesperada. A maneira como a trama se desdobra é muito boa e o final é bem poético. Eu não usaria outra palavra para expressar meu sentimento com relação ao encerramento de Zankyou. A maneira como tudo acontece é bem poética.

   Falando um pouco sobre os personagens, eu nunca amei tanto dois terroristas como nesse anime. É quase engraçado, porque eu início eu tinha um receio com relação ao enredo; eu ficava me perguntando se não seria uma história sobre psicopatas malucos que explodem pessoas, e não, não é nada disso. Nos primeiro episódios, eu fui me afeiçoando muito rápido ao Nine e ao Twelve e eu queria muito, muito descobrir por qual motivo eles estavam implantando bombas por Tóquio; não parecia o tipo de coisa que eles fariam por maldade ou só porque estavam entediados... E tem um motivo! Um motivo muito grande e muito forte.

   Além dos protagonistas, existem mais dois personagens muito importantes para a trama: o investigador Shibazaki e a Lisa. O Shibazaki é o investigador mais foda do anime todo. Ele compreende os Sphinx, sabe como eles pensam e age com uma calma fantástica. Ele também tem uma cara de tédio genial. Já a Lisa, é a cúmplice; ela conhece o Nine e o Twelve e acaba se aproximando cada vez mais deles, por conta de uma determinada sequência de fatos. A Lisa é meio, assim, inútil... Eu vi algumas pessoas falando que a tarefa dela seria humanizar o Nine e o Twelve, mas com um passado como o deles, tá na cara que eles são mais que humanizados. Logo no primeiro episódio dá pra perceber que aconteceram algumas coisas muito trashs com eles na infância, eles sofreram, então eles não são só dois malucos! Entretanto, apesar da Lisa meio que só atrapalhar o anime todo, no último episódio você meio que entende o porquê da existência dela. A tarefa da Lisa não era humanizar os Sphinx, era outra; talvez olhar pra eles de uma forma que ninguém nunca olhou antes, ou algo assim. Não dá pra explicar muito bem sem dar spoiler, desculpa.

   Com relação a opening e ao ending, ambos são muito bonitos. Eu já disse que um dos motivos pra ter começado a assistir foi a trilha sonora não é? Então...  Ah, uma coisa que me agradou muito no enredo foram as constantes menções a Édipo Rei; elas foram usadas de forma muito inteligente e casaram super bem com a história dos Sphinx e as coisas que estavam acontecendo, genial.

    Em suma, apesar de, aparentemente, Zankyou no Terror ser só mais um anime cujo um dos protagonistas parece um fanart do James Potter (desculpa dizer, mas que parece, parece. O Nine parece um fanart do James, porissomesmoqueleleélindo), ele é muito mais do que isso. É uma narrativa super boa, que evoluí de uma maneira muito interessante e tem um final satisfatório. Se eu olhar para o último episódio somente com meus olhos de fangirl, talvez eu não goste do que aconteceu, mas uma vez que eu o encare criticamente, percebo que foi uma jogada e tanto aquele final. Um pouco triste, mas muito digno.

   Então, se você não tiver nada para fazer com o seu tempo livre, gaste-o assistindo Zankyou no Terror. São onze episódios incríveis e você não vai se arrepender!

Resenha: Tokyo Ghoul


   E o anime da vez é Tokyo Ghoul!!! Um dos animes mais comentados da temporada, Tokyo Ghoul causou rebuliço por onde passou e, assumo, isso é mais do que justo. Quando eu fui fazer minha “lista” de animes da temporada de julho, este foi o primeiro que eu escolhi para ver e não me arrependo nem um pouco da decisão. 

    Tokyo Ghoul se passa em uma realidade onde ghouls habitam a capital japonesa e há um grande conflito entre eles e os humanos. O protagonista da história é Kaneki, um universitário que, graças a um terrível incidente, torna-se meio-ghoul. A partir daí vários “paranaues” acontecem e o enredo vai se desenrolando.

   Para resumir tudo numa palavra só, eu achei o anime muito foda. O segundo melhor dessa temporada, de longe! Entretanto, eu vi umas reclamações por parte das pessoas que leem o mangá; pelo que eu entendi, o anime “correu” muito com a história do mangá, pulando umas partes, resumindo outras... aí teve gente reclamando por conta disso. Como eu não leio o mangá, para mim não fez diferença, embora eu prefira uma adaptação mais fiel à obra original.

   Uma coisa que eu gostei muito e me chamou a atenção foi, como sempre, a opening e o ending. As artes eram muito boas e as músicas também. Desde o primeiro segundo, quando soou a primeira nota da opening e eu vi o Kaneki sentado na cadeira de cabeça baixa eu pensei: “Meu Deus, que anime destruidor! ” Aí, quando o primeiro episódio acabou e começou a tocar o ending eu constatei que o anime era incrível mesmo.

    Eu tinha ouvido falar de Tokyo Ghoul em uma página de No Game No Life, as expectativas eram que ele “abafasse” os demais animes da temporada... Não sei dizer se isso aconteceu de verdade. Eu acho que Zankyou no Terror acabou por roubar mais a cena do Tokyo Ghoul, mas isso é conversa para outra resenha.

   Quando eu fui escolher animes da temporada de julho, eu tinha em mente duas coisas: primeiro, eu queria assistir as novas temporadas dos animes que eu já conhecia; segundo, eu queria assistir uns animes com uma temática mais dark, puxado para o horror, para a aventura.... Acabei não me atendo muito a essa resolução, mas acompanhei Tokyo Ghoul que, ao meu ver, pode ser enquadrado nesses gêneros também.

   Apesar dos pesares, consegui gostar bastante do protagonista. Geralmente, nesses animes, onde o personagem principal é metade alguma coisa, ele tende a ser meio passivo. No caso do Kaneki, ele é metade ghoul, ou seja, ele tem um lado humano e um lado assassino; obviamente, o lado humano do Kaneki é muito passivo e gentil, como era de se esperar. Nesses casos, eu costumo não gostar do protagonista por julgá-lo mole de mais, mas eu gostei do Kaneki. Talvez, porque ele não seja molenga por ser molenga, mas sim porque ele é uma pessoa gentil. Ele era humano e num piscar de olhos se transforma numa criatura que come carne humana; Kaneki precisa aprender a controlar esse novo lado, mudar seus hábitos alimentares, entender a essência e a alma de um ghoul... Ele precisa aprender a ser alguém diferente, alguém que não é normal! Geralmente, espera-se que você seja ou humano ou ghoul, nunca as duas coisas ao mesmo tempo. Kaneki tem de enfrentar essa barra, simpatizei com ele por conta disso.

   O que mais me agradou em Tokyo Ghoul, ao meu ver, foi a exploração do lado “humano” dos ghouls. Conforme a história vai se desenrolando, você vai percebendo que ghouls e humanos não são tão diferentes assim. Eles possuem os mesmos sentimentos, os mesmos medos.... Assim como os humanos, os ghouls só querem o direito à vida, se para isso eles têm de comer carne humana, eles comerão! Eles não têm muita escolha, diga-se de passagem.

   Com relação aos outros personagens, eu preciso destacar a Touka. Ela trabalha num café e é, simplesmente, um amor de personagem. Por incrível que pareça, ela não demonstra ser um amor de pessoa. Ela é pavio curto; séria, mas muito dedicada e tem um lado muito gentil. Já deu para perceber que eu adoro personagens gentis, certo? Haha.

   Quanto a evolução do enredo, embora, segundo alguns comentários, tudo tenha acontecido muito rápido, achei muito bom. É verdade que acontecem várias coisas, talvez até coisas de mais, porém tudo é compensado no último episódio. A evolução do Kaneki é assustadora! Fiquei muito dividida entre gostar, ou não, do que aconteceu no fim. Um lado meu achou tudo super foda e maravilhoso, outro lado vai sentir falta da calmaria e dos cabelos negros de um determinado personagem. Mas, em todo caso, foi muito legal! E também foi muito bonito; a trilha sonora casou perfeitamente bem com as cenas finais do último episódio, eu fiquei de queixo caído, embora já suspeitasse que esse tipo de coisa fosse acontecer. É impossível não receber spoilers através do tumblr, twitter, facebook e afins.


   Saldo final: apesar de ter visto algumas reclamações, achei Tokyo Ghoul um anime muito destruidor. Estou muito curiosa para saber o que aconteceu dali, da parte em que o anime se encerrou, para a frente. Vou tentar tomar coragem e ler o mangá.... Vai ser um anime que eu vou ficar almejando segunda temporada? Vai! Se meu desejo vai se realizar ou se ele plausível já é outra história. Se eu recomendo? Muito! Então, se você se essa resenha fez você se interessar por Tokyo Ghoul, assista e me conte o que achou; se você já assistiu me conte o que achou também, certo? Vamos todos conhecer a história do meio-ghoul de um olho só!

Resenha: Sete Desafios Para Ser Rei



    E hoje eu vim falar de um livro que eu nunca teria lido se não fosse pela minha amiga! Sim, eu saí do meu cronograma de leitura, eu deixei livros pra trás, mas eu li. E posso dizer que não me arrependo. 

    De autoria de Jan Terlouw, Sete Desafios Para Ser Rei gira em torno de Stach e do país Katoren. Stach é um jovem de dezessete anos que nasceu no mesmo dia em que o rei de Katoren morreu. Desde esse dia, o país encontra-se sem um rei, sendo governado por sete ministros. Stach, decide se tornar rei e pede aos sete ministros, sete tarefas para poder ser considerado digno do cargo. A partir daí a história vai se desenrolando.

   Não foi o melhor livro que eu li na vida, mas também não foi ruim. A narrativa é leve, por vezes divertida e pode ser o gancho certo para adaptar um não-leitor ao hábito da leitura. As coisas acontecem muito rápido, o que não me agradou muito em alguns níveis, mas também não é como se o autor corresse com o livro. Sete Desafios Para Ser Rei é um bom livro de aventura para um fim de tarde ou simplesmente para passar um tempo. Por conta disso, eu gostaria de agradecer minha amiga por tê-lo me indicado. Como eu disse, não me arrependo de ter lido, embora ele não vá entrar na minha lista de favoritos. Uma coisa interessante, é que eu teria gostado muito mais dele aos meus nove anos do que agora. Naquela época eu estava bem na vibe de aventura e afins, mas atualmente eu ando meio chata para livros. Triste, eu sei.

    Portanto, apesar de não se tratar de uma história super complexa e filosófica, ou um livro com super reviravoltas, pode ser uma boa pedida. Como eu já disse, é bem legal para se matar o tempo. Um livro perfeito para um dia sem energia elétrica ou sem internet. Então, se um dia você não tiver nada pra fazer, dê uma chance às aventuras do jovem Stach, você pode achá-las instigantes e, quiçá, emocionantes!

Resenha: Kuroshitsuji: Book of Circus



    E está aberta a temporada de resenhas sobre animes no Não Meu Calo! E o anime da vez é Kuroshistuji: Book of Circus. Quem leu minhas resenhas sobre as temporadas anteriores do anime, já deve ter percebido que eu gosto um pouco, talvez muito dele, então vamos lá! 

    Kuroshitsuji: Book of Circus é, por assim dizer, a terceira temporada de Kuroshitsuji; Book of Circus "cobre" o Arco do Circo do mangá. O enredo é basicamente o seguinte: várias crianças têm desaparecido pela Inglaterra. Poderiam ser casos totalmente desconexos, se não fosse pelo seguinte fato: as crianças somem, exatamente, quando um determinado circo chega ás suas cidades. Obviamente, o sumiço das crianças é algo que perturba a Rainha e Ciel, como cão-de-guarda da soberana, se torna responsável pela investigação dos sumiços e, por consequência, do circo também. Então, o Conde e seu fiel mordomo, Sebastian, se infiltram no circo para recolher informações.

    Nem preciso dizer que foi memorável ver o Sebastian fazendo altas "estripulias" no circo! E foi ainda mais legal ouvir, novamente, esse mordomo dizendo seu caraterístico: Yes, my lord! Porém não são esses os focos centrais da resenha, desculpem. Voltado ao que interessa: eu achei tudo tão bonito. Sério, esteticamente, acho que essa foi a melhor das três temporadas. Talvez por conta do circo e dos personagens que trabalham nele, não sei ao certo, mas foi tudo tão bonito!

    Uma coisa que eu gostei muito, muito mesmo, foi que Book of Circus me fez lembrar de coisas das quais eu havia me esquecido, coisas em relação ao Ciel e sua personalidade. E nos últimos três episódios acontecem uns fatos que... Olha... Ciel, não sei se te abraço e te conforto ou se te bato!

    Quanto aos integrantes do circo, devo dizer que não sei muito bem o que pensar deles, mas acho que gostei de todo mundo, ou quase. Entretanto, meu grande amorzinho do circo foi  a Doll, uma garota que anda na corda bamba. Ela é tão fofa e tem tantas coisas mais sobre ela, impossível não amar! Infelizmente, um personagem que eu sou apaixonada acabou por não aparecer muito. Sim, eu estou falando da minha diva, maravilhosa, transformista, travesti: Grell Sutcliff. Senti falta dele, porém, quem decide quem aparece ou não é o mangaká e não eu, então...

    Não sei dizer até que ponto Book of Circus foi fiel ao arco do mangá; eu não leio Kuroshitsuji e não vi muitos comentários sobre isso por parte das pessoas que lêem. Mais uma vez, a trilha sonora foi linda. A opening, o endingi, tudo lindo como sempre. Kuroshitsuji, a meu ver, nunca deixou a desejar nesse aspecto. São sempre openings e endings com ótimas músicas e uma arte muito legal com o Sebastian e o Ciel divando.

    Os servos das Mansão Phantomhive também têm seu momento de "glória" no anime, mas não vou contar quando é pra não estragar a surpresa. Talvez alguém que leia o mangá encontre algo para reclamar, mas eu, na condição de quem assistiu somente o anime, achei tudo muito digno. Assumo, tenho um carinho e um amor especial por Kuroshitsuji. Toda essa história de uma garoto de doze anos sofrer loucamente e fazer um acordo com um demônio é algo que me cativa e interessa bastante. Isso sem contar o fato de que o Sebastian é incrível; sou apaixonada pela relação que ele mantém com o Ciel, acho tudo muito interessante...

    Ah, tem uns toques de humor bem legais protagonizados pelo Sebastian; o momento em que ele se dá conta de que ser um mordomo não refere-se somente a seguir ordens é genial. E sim, isso foi um "spoiler", sorry. Kuroshitsuji: Book of Circus finalizou-se com dez episódios, portanto, ninguém pode dar a desculpa de que não vai assistir porque é um anime grande. Foi o primeiro anime da temporada a se encerrar, então estou um pouco, muito, atrasada com essa resenha. Eu queria muito poder ficar discorrendo sobre como o anime foi legal, mas aí eu daria muitos spoilers e não quero fazer isso. Só gostaria de registrar que o Ciel sabe ser maldosinho quando quer e eu entendo perfeitamente isso!

   Bom, acho que não tenho muito mais a dizer, apenas: se você assistiu as duas primeiras temporadas de Kuroshitsuji, você tem de assistir Book of Circus. Assistam, reclamem, me digam o que acharam (com educação, por favor) e matem as saudades do mordomo demônio mais querido que já existiu!


    

Resenha: A Comissão Chapeleira



    E o livro da vez é: A Comissão Chapeleira! Pra quem não sabe, ele é a "continuação" de A Arma Escarlate, aquele livro que eu resenhei toda animada não faz muito tempo. Por esse motivo, a resenha de hoje é especial, afinal, A Comissão Chapeleira, assim como seu predecessor, é um livro muito especial. 

    De autoria de Renata Ventura, A Comissão Chapeleira, livro 2 de A Arma Escarlate, narra o segundo ano de Hugo, o protagonista, na Korkovado. Em seu segundo ano de estudos mágicos o garoto só quer esquecer os problemas e erros do ano anterior, ansiando por se tornar uma pessoa melhor. Entretanto, em 1998, o país está às voltas com uma eleição e o resultado dela pode e vai influenciar muito na vida dos estudantes da escola de magia do Rio. Uma comissão é mandada ao colégio para "por os alunos na linha", regras são implantadas, tudo tem de estar em ordem, nenhum segredo deve existir... Infelizmente, Hugo tem algumas coisas a esconder. Para agravar ainda mais a situação, o líder da Comissão é um homem ardiloso, inteligente e intocável, capaz de seduzir, coagir e envolver! O panorama geral do início do livro é esse, não posso dizer mais nada se não vou acabar dando spoiler, desculpem.

    Falando do livro como um todo, ele é muito bom. Verdadeiramente muito bom e isso começa com a própria capa. Ela não é só visualmente bonita, é misteriosa e instigante, o tipo de capa que faz você querer ler o livro para poder compreende-la amplamente. Se a "embalagem" já é boa, o conteúdo então... A Arma Escarlate é um livro e tanto, derramei lágrimas só com a dedicatória e se vocês acham que A Comissão Chapeleira deixou a desejar, estão muito enganados. O segundo livro é ainda melhor que o primeiro; embora no começo ele seja um pouco mais "calmo", todos os acontecimentos seguintes são de tirar o folego. Quando eu comecei a ler eu ficava esperando acontecer algo muito grandioso, eu queria chegar logo nas partes com maior ação; então, quando elas chegaram eu entendi o porque de, inicialmente, as coisas estarem levemente controladas. Aquilo era um descanso. Hugo precisava disso, nós precisávamos disso; Renata estava nos dando tempo, tempo para nos recompormos de A Arma Escarlate e nos prepararmos para o que viria em A Comissão Chapeleira... E não foi pouca coisa.

    O segundo livro é um pouco mais "adulto" que o outro. Agora eu entendo o que o Potterish quis dizer com a frase que aparece na contracapa. Essa é mais uma coisa legal de ACC: eu achei que morria e não via uma resenha de um fã-site de Harry Potter ser levada para a capa de um livro. Já posso morrer feliz, gente... Ou quase! Voltando ao que interessa, A Comissão Chapeleira é um livro forte. Em diversas partes você fica com raiva, muita raiva... De muitos, de vários personagens. Outras partes fazem você refletir sobre esta ou aquela questão política nacional. Essas são algumas das partes que eu mais gosto. O fato de Renata mesclar a fantasia com questões tão importantes e visíveis em nosso país e no mundo foi exatamente o que me conquistou em A Arma Escarlate e o que continuou me cativando em A Comissão Chapeleira. Porém, nem só de política e ação vivem os livros de Renata, eles também precisam de humor... E que coisa melhor para se usar como humor e relaxar os leitores do que uma boa e velha menção a Harry Potter? E dessa vez Renata se superou, sério! Na verdade, não foi uma ligação só, claro... Foram várias. Mas teve uma em especial... Ai, meu Merlim, como proceder? Eu não sabia se eu ria ou se eu chorava de emoção. Foi muito incrível! Foi divertida, inteligente, super de bom tom... Eu, como potterhead, fico emocionada só de lembrar... Não vou dizer o que é, nem qual é, vocês vão ter de ler pra descobrir.

    Quanto as partes de mais ação e seriedade do livro, bem, a autora se superou novamente. Renata foi cruel, muito cruel, ela é um monstro! E sim, isso é um elogio. Mortes, tortura, colapsos mentais... E, é claro, por que não atingir o meu personagem favorito, não é mesmo? Por que não fazer uma grande maldade e crueldade com o melhor personagem do livro? A função desses personagens é essa mesmo não é? O personagem perfeito só existe pra uma única finalidade: sofrer. Rowling fazia esse tipo de coisa, Tolkien fazia esse tipo de coisa, Lewis fazia esse tipo de coisa... Renata Ventura não fica atrás, vai lá e faz também. E faz bem feito! Faz o personagem sofrer e o leitor sofrer junto com ele. Ainda estou me perguntando: Por que ele, Renata? Por que? Por que eu amava ele, é isso? Por que ele era legal? Provavelmente, sim. Senhoras, senhores, preparem os lencinhos e os nervos, A Comissão Chapeleira irá divertir, instigar, entreter, torturar e destruir vocês!

    Nossa, mas só  tortura, sofrimento e coisas legais compõem A Comissão Chaleira? Não! Pra coroar, pra fechar com chave de ouro, o final do livro é... Lindo! É maravilhoso. É um final complicado, mas é bom, muito bom. Digamos que ele terminou de um jeito bem digno e eu não imagino uma outra forma pro livro acabar. É uma coisa que eu não pensei que fosse acontecer, mas acontece... Hugo Escarlate se superando também, pois é... Quase chorei, sério.  Na verdade, eu chorei bem pouco com A Comissão Chapeleira, eu estava muito ocupada chocada e querendo cortar em pedacinhos este ou aquele personagem em especial.

    Resumindo tudo: todo mundo deveria ler A Comissão Chapeleira. Todo mundo deveria se permitir a experiência de sofrer com esse livro porque vale a pena. Eu estou completa e totalmente maluca pelo próximo livro. Eu preciso, eu necessito dele agora, nesse instante, eu preciso por minhas mãos nele se não eu vou enlouquecer!!! Porém eu vou ter de esperar, então, se eu não aparecer mais é que eu estou maluca por conta disso e fui internada, okay? Mas eu não vou querer ficar lá no hospício sozinha, eu quero companhia, certo? Portanto, leiam todos A Comissão Chapeleira, assim poderemos matar o tempo comentando sobre o livro enquanto esperamos o próximo. Leia A Comissão Chapeleira, "você vai sofrer, mas vai ficar feliz por isso!"