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Resenha: A Comissão Chapeleira



    E o livro da vez é: A Comissão Chapeleira! Pra quem não sabe, ele é a "continuação" de A Arma Escarlate, aquele livro que eu resenhei toda animada não faz muito tempo. Por esse motivo, a resenha de hoje é especial, afinal, A Comissão Chapeleira, assim como seu predecessor, é um livro muito especial. 

    De autoria de Renata Ventura, A Comissão Chapeleira, livro 2 de A Arma Escarlate, narra o segundo ano de Hugo, o protagonista, na Korkovado. Em seu segundo ano de estudos mágicos o garoto só quer esquecer os problemas e erros do ano anterior, ansiando por se tornar uma pessoa melhor. Entretanto, em 1998, o país está às voltas com uma eleição e o resultado dela pode e vai influenciar muito na vida dos estudantes da escola de magia do Rio. Uma comissão é mandada ao colégio para "por os alunos na linha", regras são implantadas, tudo tem de estar em ordem, nenhum segredo deve existir... Infelizmente, Hugo tem algumas coisas a esconder. Para agravar ainda mais a situação, o líder da Comissão é um homem ardiloso, inteligente e intocável, capaz de seduzir, coagir e envolver! O panorama geral do início do livro é esse, não posso dizer mais nada se não vou acabar dando spoiler, desculpem.

    Falando do livro como um todo, ele é muito bom. Verdadeiramente muito bom e isso começa com a própria capa. Ela não é só visualmente bonita, é misteriosa e instigante, o tipo de capa que faz você querer ler o livro para poder compreende-la amplamente. Se a "embalagem" já é boa, o conteúdo então... A Arma Escarlate é um livro e tanto, derramei lágrimas só com a dedicatória e se vocês acham que A Comissão Chapeleira deixou a desejar, estão muito enganados. O segundo livro é ainda melhor que o primeiro; embora no começo ele seja um pouco mais "calmo", todos os acontecimentos seguintes são de tirar o folego. Quando eu comecei a ler eu ficava esperando acontecer algo muito grandioso, eu queria chegar logo nas partes com maior ação; então, quando elas chegaram eu entendi o porque de, inicialmente, as coisas estarem levemente controladas. Aquilo era um descanso. Hugo precisava disso, nós precisávamos disso; Renata estava nos dando tempo, tempo para nos recompormos de A Arma Escarlate e nos prepararmos para o que viria em A Comissão Chapeleira... E não foi pouca coisa.

    O segundo livro é um pouco mais "adulto" que o outro. Agora eu entendo o que o Potterish quis dizer com a frase que aparece na contracapa. Essa é mais uma coisa legal de ACC: eu achei que morria e não via uma resenha de um fã-site de Harry Potter ser levada para a capa de um livro. Já posso morrer feliz, gente... Ou quase! Voltando ao que interessa, A Comissão Chapeleira é um livro forte. Em diversas partes você fica com raiva, muita raiva... De muitos, de vários personagens. Outras partes fazem você refletir sobre esta ou aquela questão política nacional. Essas são algumas das partes que eu mais gosto. O fato de Renata mesclar a fantasia com questões tão importantes e visíveis em nosso país e no mundo foi exatamente o que me conquistou em A Arma Escarlate e o que continuou me cativando em A Comissão Chapeleira. Porém, nem só de política e ação vivem os livros de Renata, eles também precisam de humor... E que coisa melhor para se usar como humor e relaxar os leitores do que uma boa e velha menção a Harry Potter? E dessa vez Renata se superou, sério! Na verdade, não foi uma ligação só, claro... Foram várias. Mas teve uma em especial... Ai, meu Merlim, como proceder? Eu não sabia se eu ria ou se eu chorava de emoção. Foi muito incrível! Foi divertida, inteligente, super de bom tom... Eu, como potterhead, fico emocionada só de lembrar... Não vou dizer o que é, nem qual é, vocês vão ter de ler pra descobrir.

    Quanto as partes de mais ação e seriedade do livro, bem, a autora se superou novamente. Renata foi cruel, muito cruel, ela é um monstro! E sim, isso é um elogio. Mortes, tortura, colapsos mentais... E, é claro, por que não atingir o meu personagem favorito, não é mesmo? Por que não fazer uma grande maldade e crueldade com o melhor personagem do livro? A função desses personagens é essa mesmo não é? O personagem perfeito só existe pra uma única finalidade: sofrer. Rowling fazia esse tipo de coisa, Tolkien fazia esse tipo de coisa, Lewis fazia esse tipo de coisa... Renata Ventura não fica atrás, vai lá e faz também. E faz bem feito! Faz o personagem sofrer e o leitor sofrer junto com ele. Ainda estou me perguntando: Por que ele, Renata? Por que? Por que eu amava ele, é isso? Por que ele era legal? Provavelmente, sim. Senhoras, senhores, preparem os lencinhos e os nervos, A Comissão Chapeleira irá divertir, instigar, entreter, torturar e destruir vocês!

    Nossa, mas só  tortura, sofrimento e coisas legais compõem A Comissão Chaleira? Não! Pra coroar, pra fechar com chave de ouro, o final do livro é... Lindo! É maravilhoso. É um final complicado, mas é bom, muito bom. Digamos que ele terminou de um jeito bem digno e eu não imagino uma outra forma pro livro acabar. É uma coisa que eu não pensei que fosse acontecer, mas acontece... Hugo Escarlate se superando também, pois é... Quase chorei, sério.  Na verdade, eu chorei bem pouco com A Comissão Chapeleira, eu estava muito ocupada chocada e querendo cortar em pedacinhos este ou aquele personagem em especial.

    Resumindo tudo: todo mundo deveria ler A Comissão Chapeleira. Todo mundo deveria se permitir a experiência de sofrer com esse livro porque vale a pena. Eu estou completa e totalmente maluca pelo próximo livro. Eu preciso, eu necessito dele agora, nesse instante, eu preciso por minhas mãos nele se não eu vou enlouquecer!!! Porém eu vou ter de esperar, então, se eu não aparecer mais é que eu estou maluca por conta disso e fui internada, okay? Mas eu não vou querer ficar lá no hospício sozinha, eu quero companhia, certo? Portanto, leiam todos A Comissão Chapeleira, assim poderemos matar o tempo comentando sobre o livro enquanto esperamos o próximo. Leia A Comissão Chapeleira, "você vai sofrer, mas vai ficar feliz por isso!"

   

    

10 comentários:

  1. Gostei do texto. Admiro o auto controle em não liberar spoiler, kkkk. Vc escreve de forma humorada, o que é sempre legal. Ah, amei a referência a Rony no final do texto. Para citar uma frase icônica de The VAMPIRE DIARIES aplicada à Harry Potter e Hugo Escarlate é um entrenimento que tenho em grande estima "Always and 4Ever" Pra sempre e sempre! s2

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    1. Eu sou completamente apaixonada pela história da Renata Ventura e isso quer dizer alguma coisa porque sou uma potterhead muito chata e sou muito chata com literatura nessa pegada mais jovens adultos. Mas admiro muito a maneira da Re Ventura conduzir sua narrativa. Tô até hoje ansiosa pelo Dono do Tempo. Fé que em breve sai.

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  2. Não poderia ter dito de uma forma melhor o que é este livro 😍💙! Sério, ameei sua resenha 💙💙

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    1. Obrigada. Hoje eu escreveria de forma diferente acho, em estilo e tal. Mas amo o fato que a autora leu esse texto e divulgou na época.

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    1. Obrigada. Esse texto é bem importante pra mim, marca bem uma época que minha escrita de resenhas começou a melhorar.

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  4. Melhor resenha que já fiz de ACC. Arrasou.

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    1. UAU, obrigada. Isso me deixa até encabulada porque tem muito texto bom por aí haha.

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  5. que falsidade, a comissão chapeleira é a coisa mais braga e mal escrita que eu já vi, esse texto foi comprado porque não é possível que alguém goste de um livro interminável cheio de referências bregas do brasil!!!

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    1. Olha, eu adoraria que a Renata tivesse me pago algo... De preferência com um exemplar, mas eu gastei dinheiro pra adquirir o meu igual todo mundo no dia do lançamento.

      Você tem todo direito de achar brega e não gostar, afinal, é sua opinião e eu não posso dizer que você está errado. Entretanto, acho que deixei bem claro meu ponto de vista no meu texto.

      Olha, mal escrito eu tenho que discordar. A Renata manda super bem em elocução, principalmente nesse ramo mais "jovem adulto". E achar brega referência ao Brasil é meio sei lá, né? A história se passa no Brasil, não faria muito sentido não ter referências brasileiras já que eles são bruxos, bem... Brasileiros.

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