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Resenha: Extraordinário


“Todo mundo devia ser aplaudido de pé pelo menos uma vez na vida, pois todos nós vencemos o mundo.”

   E o livro da vez é Extraordinário. Livro de estreia da escritora R.J. Palacio, Extraordinário conta a história de August, um garoto de dez anos que possuí uma anomalia facial. Na loteria da genética, August ganhou uma síndrome genética que causa deformação facial, o que o obrigou a passar por várias cirurgias plásticas durante toda a sua vida. O garoto nunca tinha frequentado a escola, até agora. Nesse ano, August vai frequentar a escola pela primeira vez e tem a missão de mostrar aos seus colegas que, apesar do rosto incomum, é um garoto como qualquer outro. 

   Extraordinário é, sem dúvidas, um livro bonitinho. Não é o melhor livro que eu já li na vida, não é nada absurdamente inovador, mas é, à sua maneira, emocionante e um bom livro. Extraordinário é uma lição sobre gentileza e preconceito. No que ele se propõe a fazer, faz bem. Como eu disse, não é uma história super complexa com várias reviravoltas, não é uma história de uma super superação, mas é uma história legal. É tipo um slice of life, sabe? É a vida cotidiana do August que, por ser como é, não consegue ter uma vida completamente normal. Não por conta dele mesmo, mas por conta dos outros. Porque os outros não são capazes de compreender e perceber que ele, por mais incomum que pareça, é só mais um garotinho de dez anos.

   A história inteira gira em torno do August e de como as pessoas ao seu redor lidam, interagem e convivem com ele. A maneira como seus pais o veem, como sua irmã o vê, como seus colegas o veem... E também, como o próprio August se vê e como ele amadurece ao longo do livro. Porque ele amadurece, o August cresce! Existem passagens bem bonitinhas, outras bem emocionantes. Eu não cheguei a chorar, o livro não te faz chorar, esse não é o intuito do livro. A questão central é pensar como você vê, lida e trata as diferenças em geral. Como seria a sua reação ao ver o August? Você desviaria o olhar? O trataria diferente? Sentiria pena? Nojo? Medo? É uma questão a se pensar.

   Quando eu comecei a ler Extraordinário eu fiquei com medo. Fiquei com medo de ele ser um livro super dramático, no sentido ruim da coisa, de ir por um caminho super apelativo... Mas, graças a Deus, ele não é assim. Livro que trata de doença ou anomalia é sempre uma coisa perigosa; um passinho em falso e ele se torna um dramalhão tão apelativo e oportunista que pode colocar tudo a perder. Mas, Extraordinário não é um dramalhão oportunista.

   O livro é muito fácil de ler. Como eu disse, ele é um livro bonitinho. Ele não foi escrito e nem nasceu para revolucionar a história da literatura americana ou mundial. Ele foi escrito para tratar sobre a questão da gentileza e da aceitação de alguém diferente, é sobre isso que ele trata. Não é muito longo, e por ter uma linguagem simples você acaba lendo muito depressa. É um bom passatempo e ele te faz pensar em algumas questões interessantes.


   Extraordinário não é um livro que exala grandeza de maneira alguma. Ao contrário do nome, ele não é extraordinário. Ele é bonitinho, tocante, simples, singelo.... Exatamente como o próprio August!

5 comentários:

  1. Curti muito sua resenha e penso em ler o livro. Parabéns pelo trabalho e continue assim!

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  2. Ah, Andreza, você bem que poderia fazer uma resenha dos Mirai Nikki's: 1ª; 2ª, Paradox; Mosaic; Redial. Tem o Paradox, Mosaic e Redial no http://pokemonredetv.blogspot.com.br/ da uma procurada lá. Grato.

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  3. Eu lia o Redial, mas como ele é meio que só um epílogo do Mirai Nikki eu acabei não falando nada sobre ele aqui. O Paradox e o Mosaic eu nunca li, mas acho que vou dar uma conferida. Só não garanto que falarei sobre aqui porque minha opinião com relação a Mirai Nikki deu uma mudada e não sei se quero expô-la por aí haha.

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